Vitória magra do "Campeão Moral"





Edson Silva

Para a crônica de hoje, escolhemos um jogo de 11 de junho de 1978 em que o Brasil fez magro 1x0 na Áustria. Era o 48º jogo do Brasil em Copas e pra dizer a verdade, a partida nada teria de especial, não fosse o fato de ser o terceiro jogo de nossa Seleção naquele mundial e os outros dois tinham sido empates, 1x1 com a Suécia e 0x0 com a Espanha. A disputa foi na Argentina, sob frio intenso, o técnico brasileiro era o falecido capitão Cláudio Coutinho, cheio de teorias e invenções e que acabaria aquele mundial em terceiro lugar, sem perder um jogo sequer, mas empatando tantos e fazendo poucos gols.

O Brasil ficaria com o inusitado e não oficial título de "Campeão Moral", ainda mais depois de não ter ido para o jogo final, pois houve uma arrumação para que nossa Seleção jogasse antes da Argentina, que fez sua partida sabendo quantos gols precisaria fazer para ter saldo necessário e jogar a decisão. A partir daí todos conhecem a história, o adversário dos "hermanos" era o Peru, que tinha o goleiro Quiroga (argentino naturalizado), que levou 6 gols da Argentina e fez sua parte pela pátria, que acreditava-se, renegada.

Mas voltando ao jogo tema da crônica, embora 1x0, vitória é vitória, ainda mais sendo a primeira em mais uma edição de Copas. O gol foi marcado pelo artilheiro Roberto Dinamite, aos 40 minutos, jogador que fez sucesso no Vasco da Gama (RJ). A partida contra a Áustria foi em Mar Del Plata, com 35.211 expectadores e o juiz foi o francês Robert Wurtz.

O Brasil jogou com Leão, Toninho, Oscar, Amaral, Rodrigues Neto, Batista, Cerezo (Chicão 71?), Jorge Mendonça (Zico 84?), Gil, Roberto Dinamite e Dirceu. A Áustria tinha Koncilla, Obermayer, Sara, Pezzey, Breitenberger, Hickersberger (Weber 61?), Prohaska, Jara, Krieger (Happich 84?), Kreuz e Kranki, o técnico era Senekowitsch.

O ano era 1978 e a nossa Seleção Brasileira tricampeã do mundo de 70 buscava o tetra, mas ele só viria mesmo muito tempo depois, em 1994, nos Estados Unidos, na história feita pela categoria do baixinho Romário, talento do Bebeto e a raça do então volante Dunga. E aí tem história de Copas ? Conta prá gente que a gente divide com toda apaixonada torcida brasileira.

Edson Silva, 49 anos, é jornalista em Sumaré

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Autor: Edson Terto Da Silva


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