Editorial



Assembleia de Deus - Às portas dos seus cem anos em solo brasileiro, vejo o cumprimento incontestável, embora inaceitável, do que já era predito. De uma velha e amassada página de uma revista latina, trago à lembrança o que se afirmava em tão poucas linhas há mais de cinquenta anos: a igreja da Europa será legalista e da América capitalista. Não tenho como negar essa afirmação, e nem mesmo Karl Marx poderia prever esse magnífico poderio americano. Entretanto, em seu "O Capital", não foi capaz de calcular a valiosa demanda de um produto tão intangível para compra e venda: a fé.
São inumeráveis os pregadores que vivem da fragilidade dos que não tem conhecimento da verdadeira fé ensinada pelo Cristo, a qual não se compra muito menos se vende. Pregadores que fizeram opção por suas autoconsagrações, como "ungidos" e "intocáveis". Então me pergunto sob a penumbra de Spener: Por que exercer esse poder de coação espiritual sobre os filhos de Deus com a pompa teológica de serem "anjos da Igreja"?. Não me vejo como discernidor da mente de Deus, mas posso afirmar com toda a certeza a sua reprovação disso tudo, e não posso negar que Ele tentou. Esperava que eu e você, homens, pudessemos enterrar o ego que nos alimenta: O pseudo-poder. Entretanto, não nos esqueçamos: O aprisco pode até ser uma instituição humana, mas o rebanho pertence a Deus. Tudo isso me faz lembrar o sermão de Charles H. Spurgeon: "Apascentando ovelhas ou entretendo bodes?" Será que ele estava prevendo esses dias?


Autor: Bivar Santos, Jr.


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