NEM TUDO QUE PARECE É..... SERÁ?
O dia estava radiante e ao longe eu podia ouvir as pessoas cantarolando na roça, e esse som se misturando ao lindo som de pássaros, o cheiro dos deliciosos quitutes se embriagavam no ar, nem acredito, demorou mas as férias chegaram e eu estou na casa da vovó Kate, que felicidade!!!!!!!
Desci as escadas correndo e como não podia ser diferente escutei:
_ Cuidado Fredinho, vc pode cair e se machucar.
Dizia minha vóvozinha em tom sério, mas nunca deixando de transparecer seu carinho.
Corri para cozinha e vi a mesa repleta de gostosuras, Oba!!!!!!!
Após me deliciar, e matar um pouco da saudade, minha vovozinha disse que teria de visitar minha titia Gininha, pois se passará dias e não tinha noticías.
Tia Gininha era uma velhinha que parecia ter sido tirada de um conto de fadas. E sempre tinha tantas histórias pra contar. Ah eu não podia deixar de ir. Prontamente, me posicionei juntinho da vóvo, e ela já advinhando com lindo sorriso contendo o mais puro dos amores falou:
_Com certeza te levarei. Não posso deixar de aproveitar um só minuto ao seu lado, e por outro lado sua tia ficará muito feliz em vê-lo.
Falando isso me deu um abração e eu senti seu perfume, perfume esse que várias vezes quando estava longe, fechava meus olhinhos pensava e sentia como se ela estivesse perto de mim.
Pelo caminho meus olhinhos não deixavam de deslumbrar as mais lindas paisagens. Tudo me trazia uma calma junto com uma ternura imensa.
Ao entrarmos na fazenda que mais parecia estarmos entrando em um mundo mágico. Pude perceber que havia mais pessoas.
Tia Gininha veio correndo nos receber, com seus lindos olhos amarelos brilhando de felicidade foi logo dizendo:
_ Oi Kate que saudade, Fredinho que bom te ver meu menino.
Titia explicou que não pode ir na nossa fazenda pois estava com hóspedes( titia recebia hóspedes ás vezes, isso ajudava suas finanças).
Olhando mais uma vez com seus olhinhos de gato falou bem próximo ao meu ouvido:
_Hoje eu tenho uma nova história para te contar.
_conta...conta...conta....(implorei)
Ela com um lindo sorriso falou para nós nos achegar, conhecer as visitas, e a noite após o jantar, teria o maior prazer de satisfazer minha curiosidade...com um sorrisinho de canto de boca. Ah!!! eu sabia o que isso significava, a história seria de arrepiar...
O dia transcorreu maravilhoso, os hóspedes estavam encantados com tudo, principalmente com minhas duas velhinhas favoritas.
A noite desceu e após nos fartamos de uma refeição digna dos Deuses,( como dizia minha biza) tia Gininha nos convidou a tomar o licor (claro que eu tomei sorvete) na sala de estar.
Oba vai começar!!!!!!
Minha vóvozinha já sabendo o que ia acontecer, me aconchegou ao seu lado numa confortável poltrona.
Titia muito, muito misteriosa começou a contar que esteve dias antes na fazenda da tia Zezé, e como o tempo não estava bom resolveu pernoitar por lá.
Tia Zezé era ainda mais velhinha, morava bem afastada só com seus bichinhos e empregados. Confesso que ás vezes que estive lá, senti grande medo. A casa parecia que andava e falava. Cruz credo!!!!!!
¨Bem, mais vamos escutar o que aconteceu¨
Após colocar a conversa em dia, tia Zezé me acompanhou aos meus aposentos para que pudesse descansar e tomar um banho antes da refeição, já que a viajem fora um pouco longa. Como se aproximava uma tempestade resolvi fechar a janela. Coloquei minhas roupas na cama e me dirigi para o banheiro. Me deliciei com aquela maravilha de banheira, sua água quente foi me descansando, e quando eu estava a me entregar a um belo cochilo escuto gritos??? Susurros??? Que isso???
Procurei afastar de mim esses pensamentos e achar que era impressão. Mas que era muito estranho, a isso era...
Até pela minha idade não me dou o direito de sentir medo. Mas fiquei pelo menos muito curiosa.
O som voltou a acontecer, e eu imediatamente saí da banheira, e a passos pequenos me dirigi ao quarto, minhas roupas estavam reviradas e a janela aberta.
Atribui o ocorrido ao vento. Tratei de fechar a janela, dei uma olhada no relógio e percebi que ainda tinha um tempo para um bom cochilo.
Qual não foi meu espanto e susto ao me deitar. Um grito horripilante suou pelo quarto, a janela se abriu, e várias luzes vieram em minha direção. Nessa hora gritei, Meu Deus!!!!!!!!! Me senti paralizada, algo pulou sobre mim e após um outro grito de horror
Vejo tia Zezé parada na porta.
_ Calma sobrinha, estou aqui.
Não consegui falar direito, mas antes que eu continuasse meu relato tia Zezé começou a rir. Nesse momento vi quando ela se abaixa e pega seu gatinho no colo.
_ Bichano feio assustou a tia Gininha.
_ O que é isso? Falei
Bem titia explicou que seu gatinho costuma dormir no quarto, e que ele gosta muito de brincar. Ele fica rosnando e pulando na gente.
Ah tá, mas e a janela abrindo sozinha e as luzes entrando?
_Ora a janela está com a tranca ruim e as luzes não passaram de vagalumes. Disse titia rindo muito.
Após rimos muito da situação eu entendi que nem tudo que parece é.
Os hóspedes se deliciaram com a história, eu claro não tenho nem palavras para dizer o que senti.
Foi aí que vóvo Kate se lembrou de um ocorrido, mas como já era tarde, ficou para o outro dia.... Boa noite meu netinho.
Autor: Rita De Cassia Silva Alves
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