MAIS UM FERIADÃO!



PARE E PENSE!

MAIS UM FERIADÃO!


Mais um Feriadão! Às vezes, nem me lembro por que é feriado no dia sete de setembro. Aliás, aqui na sucursal do Inferno, em Manaus, também temos folga no dia cinco (menos do calor). E para quem fez concurso público, ou é engatado no rabo de algum titular do Poder Público, também tem folga no dia seis. Esse dia, coitado!, é enforcado todo ano. Então, vejamos: sete é o dia da Independência do Brasil; cinco é o dia da Elevação do Amazonas à categoria de Província, e seis, como vimos, é um lascado mesmo.

Fanfarras e desfile militar! São as lembranças da minha infância. Era tudo tão bonito, e a gente nem sabia por que fazia aquilo. Afinal, bom mesmo era a folga. Cinco dias! Ouviram? Cinco dias! Sem aula. Só diversão! Ainda não sabia que, quanto menos aula se tem na juventude, menos folga se terá mais tarde. Nossa pátria mãe gentil não tem sido muito generosa com a melhor idade. No Brasil, quando alguém se aposenta, não pode nem comemorar sua independência, não será reconhecido como nenhum herói, na verdade, se torna um fardo vagabundo e oneroso para a nossa grande nação.

Mas eu adoro feriado, é o que importa! É bom para fugir da rotina, e nos faz ver como somos felizes ao retornar para ela. Eu aconselho que nesse feriadão nós paremos para pensar na vida. Em que ponto você está? Para onde você que ir? O que você tem feito? Já recicla o lixo? Já aprendeu a votar? Já respeita a fila? Já usa a seta na hora de dobrar tanto à direita quanto à esquerda? No trânsito, o negócio é sério, direita e esquerda não se confundem, não é como na política. Já aprendeu a difícil arte de perdoar os imbecis que te cercam todos os dias? O atendente despreparado, o gerente conivente, a autoridade abusiva, o estelionatário de quem você teve a infelicidade de comprar seu primeiro carro. Como eu disse, é uma arte difícil.

Mas comemoremos assim mesmo, porque o aniversário não é só deles. Nós também fazemos parte de tudo isso. Já somos independentes, lutemos, então, pela carta de alforria que nos libertará dos grilhões da máfia engomada, do Ali Babá e de seus 594 ladrões. Não precisamos só de festa, podemos ler um livro, dar o troco. Gritar: sou pobre, mas não sou burro! Quero crescer, posso melhorar, salvar o planeta! O planeta talvez não, mas pelo menos posso não fazer mal ao próximo, já seria um começo auspicioso. Hoje, peço desculpa pelo tom acre, é que essa semana esbarrei em alguns atendentes despreparados e gerentes coniventes, e ainda não consegui perdoá-los, mas estou tentando, juro que estou tentando. Depois do feriadão, a gente se vê. Valeu!


Autor: R. L. Galiza


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