LIMITES VERSUS LIBERDADE




Quisera eu jamais ter que conviver com as amarras sociais
ditando regras e rotulando comportamentos.
Apenas ser, integralmente!
A primeira coisa que eu faria diante de tal liberdade
seria por os cotovelos sobre a mesa, enquanto comesse, falar alto e não precisar pedir desculpas e nem me preocupar com gafes.
Poder andar de maneira descontraída pelas ruas, sem nenhum temor,
vestir-me sem preocupar com os ditames da moda
e dizer eu Te Amo para todas as pessoas
mas, amar de verdade, sem esperar Feedback.
Também, não me sujeitar às regras gramaticais
nem ao volume e nem à tonalidade da voz.
Fosse como sou, estivesse onde estivesse.
Enfim, atirar os calçados num canto qualquer...
atropelar as conversas dos outros...
gritar com alguém que me magoasse
e apontar os defeitos alheios,
sem me lembrar de nenhum dos meus.
Quisera eu poder fazer tudo isso, mas infringiria a ética, a moral
E, pior! Ninguém falaria bem de mim.
Chamaria a atenção, pois seria um espécime raro, exótico
desses que, quando vistos, viram comentários.
Ah! Sabe de uma coisa?
Talvez seja melhor assim.
Se fosse diferente, tudo seria sem graça...
sem charme...
sem suspenses...
sem novidades...
sem paradigmas a serem quebrados.
É melhor que seja assim.
É...quem sabe! Talvez seja bem melhor assim.

Autor: Helena Rodrigues


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