FILHOS MEUS OU FILHOS DO MUNDO?



Filhos meus ou filhos do mundo?

Há algum tempo atrás pessoas mais velhas eram chamadas de senhor e senhora, não se perguntava "porquês" aos pais quando se recebia uma ordem, criança não podia ver novelas e nem escolhia as roupas ou os presentes que ganharia.
Hoje muitas coisas mudaram, por vezes chamo alguém de senhor ou senhora e ouço como resposta: "Senhor está no céu....", o medo de parecer velho demais faz com que todos esqueçam do respeito demonstrado com esse chamamento.
As crianças de hoje não sabem o que é isso, meninas querem brincar de luta como os meninos, se agridem física e verbalmente, e não tem a mínima idéia do que significa a palavra RESPEITO.
Muitos pais hoje apresentam o que eu chamo de "preguiça coletiva", ninguém quer a responsabilidade de educar, de passar valores, de brincar, de mostrar a importância da leitura, de ensinar a pensar. Alguns exigem da escola a educação, outros delegam aos avós da criança essa responsabilidade pois trabalham demais e não tem tempo. A diversão e brincadeira estão por conta da televisão, computadores, vídeo games e brinquedos que brincam sozinhos (eletrônicos) onde a criança não passa de um espectador.
Eis a questão: são esses os filhos que queremos deixar para o mundo?
Hoje eles gritam com os pais, colegas e professores. E amanhã? Teremos uma legião de tiranos, com quem eles gritarão? Com seus chefes e superiores? Certamente não, afinal qual empresa ou instituição quer pessoas desequilibradas ou sem estrutura emocional?
Os pais ou pessoas envolvidas na educação das crianças esquecem que um dia a conta vai chegar e talvez quem pagará o preço mais alto serão os próprios, que filho vai querer cuidar da velhice de um pai ou de uma mãe que só o desprezou, que nunca tinha tempo para ele?
Temos que pensar melhor, rever conceitos, dar informação a quem precisa e tentar chamar atenção daqueles que não notam o erro que estão cometendo. A escola tem papel importante na formação de cidadãos conscientes de seus direitos e deveres, mas é a família quem é responsável pela educação das crianças, futuros cidadãos.
Numa sociedade cada vez mais exigente não podemos deixar que nossos filhos sejam engolidos pelas futilidades apresentadas pela televisão, pelo apelo ao consumismo, pela chegada cada vez mais cedo da adolescência, em cabecinhas ainda despreparadas para tais assuntos.
Já diz o velho ditado: " A união faz a força!" Se os pais se unirem com a escola e a escola puder contar com a ajuda dos pais, o resultado será positivo para ambos os lados e no meio teremos crianças seguras, com auto estima elevada, conscientes de seu valor e prontas a buscar seus objetivos com garra e confiança.


Camilla Torres




Autor: Camilla Francisca Torres


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