INDEPENDÊNCIA NO GRITO
É justo comemorar a independência e lembrar heróis que buscaram essa conquista. É maravilhoso assistir as forças de segurança da nação desfilando com suas fardas de gala, contudo, nem por isso podemos esquecer a dependência da cultura das vantagens e do jeitinho. Da dependência dos jovens cidadãos desse país, no consumo de drogas lícitas e ilícitas. Da dependência suja da política individualista e rentável. São grades que aprisionam o valor moral do sentido da palavra liberdade. A dependência doentia de formação de grupos separatistas que condenam e aniquilam os grupos em minoria social. Gestos dos que rotulam os diferentes dessa classe que se autodenomina normal. A dependência globalizada de uma economia que se ajusta em função de outras economias que também são dependentes. De certa forma, todas as nações são interdependentes e nenhuma delas é livre por inteiro. A independência pátria comemorada no sete de setembro é uma forma gloriosa de lembrar soberania nacional, como um troféu invisível que se divide em fronteiras e se consuma em tratados. Semelhante ao lar do cidadão brasileiro, que mostra que ele é o dono, mas que os ladrões que não respeitam limites entram para roubar dentro da propriedade alheia. Não podemos fechar os olhos para as conquistas do nosso povo, porém não podemos aceitar que sempre tente ganhar o povo no grito, mesmo que seja o grito da independência. Parece que até a nossa independência quiseram ganhar no grito.
Autor: Cesar Gonçalves
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