Projeto de intervenção: Aprendizagem e desenvolvimento por meio do lúdico





UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA
CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTES
ECD 493- ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM EDUCAÇÃO INFANTIL I


Projeto de intervenção: Aprendizagem e desenvolvimento por meio do lúdico

Nayara C. Batista: 55890
Natali Faria Silva. 55878

1- INTRODUÇÃO

O presente trabalho trata-se de um relatório final referente ao estágio supervisionado em educação infantil, uma exigência da disciplina ECD 493 ? ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM EDUCAÇÃO INFANTIL I do curso de Licenciatura em Educação Infantil da Universidade Federal de Viçosa, sendo o mesmo desenvolvido de maio a junho de 2009.
Neste trabalho será apresentado um diagnóstico e caracterização da instituição Centro Educacional Rebusca, atividades planejadas para crianças de cinco anos de idade, atividade junto à família e sugestões e considerações sobre o que foi vivenciado durante o estágio.
Este estágio é de significativa importância para nossa formação, pois é uma oportunidade de experimentar uma possível realidade como educadora infantil. Permite relacionar a prática à teoria e aplicá-los em benefício da criança. É uma oportunidade de aprimorar e praticar meus conhecimentos sobre o desenvolvimento infantil.
Ao longo do estágio percebemos que com relação ao projeto político pedagógico ele trazia algumas questões que não respeitavam algumas leis. Isso ficou evidente no que diz respeito a finalidade da instituição que de acordo com o PPP é contribuir para o bem estar social de famílias carentes, promovendo condições favoráveis ao desenvolvimento e a auto melhoria de suas condições de vida, proclamando o amor condicional a Deus criador, provocado na pessoa de Jesus Cristo. Mas de acordo com a LDB 9394/96 Art-2° A educação, dever da família e do estado, inspirada nos princípios de liberdade e nos idéias de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. Portando as escolas não devem ter vinculo religioso e sim respeito à liberdade de crenças e idéias, mas no Centro educacional Rebusca as crianças precisam fazer orações antes das refeições, além de momentos de culto e das atividades relacionadas com os ensinamentos da bíblia.
A maioria dos itens contidos no Projeto político pedagógico respeitava as leis, mas, no entanto não eram cumpridas na prática da instituição. No PPP consta que a instituição Rebusca Concebe a criança de uma forma integrada, onde seus aspectos cognitivos não se dissociam dos afetivos, expressivos emotivos e simbólicos. Ela age, pensa, sente e representa suas experiências e a si mesma, estabelecendo relações com o meio físico e humano. Porém percebemos que as atividades desenvolvidas com as crianças não davam possibilidades a elas, tendo como um dos principais objetivos, trabalhar a coordenação motora fina e principalmente a promoção ao ensino fundamental.
Observamos ao longo do estagio que as contações de histórias se davam de forma inadequada e sendo usado somente o livro como recurso não dando assim outras possibilidades as crianças. as atividades de artes eram trabalhadas, no entanto usando somente atividades mimeografadas onde as crianças tinhas que colorir ou colar bolinhas de papeis em um espaço já demarcado. Atividade como Ciências Naturais e sociais simplesmente não foi trabalhada pela professora durante todo período de estagio, o que nos levou a perceber que a instituição não estava visando o desenvolvimento integral para a criança, uma vez que não eram trabalhadas as diferentes áreas do conhecimento. E diante dos fatos supracitados procuramos elaborar o projeto intervenção pensando nos aspectos lúdicos da aprendizagem, buscando atender a essa defasagem de atividades e enquadrando as mesmas nos temas que já estavam sendo desenvolvidos na escola. E com isso buscamos desenvolver com as crianças atividades de contação de história, artes, ciências sociais e naturais e atividades com ás famílias. Ao término do desenvolvimento das atividades, procuramos analisá-las observando os pontos positivos e negativos, a nossa interação com as crianças e com a educadora.
Com relação à contação de história, sua importância na educação infantil é dada por ser uma atividade que leva a criança a imaginar a criar, desperta emoções , desenvolve diversas formas de linguagem. Porém, para que isso aconteça é necessário que o professor sinta prazer em contar a história, que ele utilize entonação de voz diferente para cada personagem, além de utilizar diferentes recursos pra contar as mesmas (teatro, ficha, flanelógrafo ...).
A arte também é outra atividade fundamental para o desenvolvimento e aprendizagem da criança, uma vez que auxilia no processo de criação, possibilita o prazer, a sensibilidade, a percepção. É uma forma de comunicação, além de possibilitar o contato com diferentes matérias e culturais.
A importância de se desenvolver atividades de ciências naturais e sociais se da pelo fato deste tipo de conhecimento desenvolver a reflexão crítica sobre o cotidiano. É também objetivo do trabalho na área de Ciências Naturais e Sociais, estimular e ajudar a criança a pensar e a desenvolver atitudes de observação, de estudo e de comparação. Além da possibilidade de construir hipóteses de aguçar sua percepção e curiosidade.
A função da família e da escola se complementa na construção se um ser humano mais participativo e mais consciente. Assim, torna-se necessário uma articulação entre a família e a instituição, visando o mutuo conhecimento dos processos de educação, valores e expectativas para que ambas se complementem.


1.1- OBJETIVO GERAL:
? Oportunizar as estudantes da disciplina ECD 493 - Estágio Supervisionado em Educação Infantil I, integrar todos os trabalhos desenvolvidos na mesma, relacionando teoria e prática.
Objetivos específicos:
? Caracterizar e diagnosticar uma instituição de educação infantil;
? Oportunizar ao aluno aplicar habilidades desenvolvidas durante o curso;
? Elaborar e desenvolver um projeto de intervenção para a instituição de educação infantil (onde foi realizado o estágio) que promova o desenvolvimento integral das crianças em complementação da família e da sociedade.
? Analisar o resultado das atividades desenvolvidas e suas considerações.


1.2- FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Desde que a educação infantil é integrada como primeira etapa da Educação Básica, torna-se alvo de discussões antes nem pensadas ou pouco discutidas. Questões sobre como se dá o desenvolvimento da criança; a relação entre cuidar e educar; planejamento de atividades; horários; rotinas; propostas pedagógicas e currículo são apenas algumas delas. A criança agora vista como sujeito de direito, passa a ser tratada não mais apenas como um ser em crescimento, mas como alguém que passa por fases de desenvolvimento, com suas especificidades e com potencialidades que precisam ser estimuladas, considerando todos os aspectos do desenvolvimento.
O documento mais importante que rege uma instituição escolar é o Projeto Político Pedagógico e as mesmas precisam elaborá-lo para que possa ser autorizado o seu funcionamento, uma vez que o PPP é um documento que apresenta a instituição para qualquer pessoa que queira conhecê-la. Este documento segue normas e possui um formato definido que pode variar de acordo com as definições das instituições, porém há alguns itens que devem constar e ser respeitados. Podemos definir projeto político pedagógico, usando os termos de Faria e Dias (2007) como sendo

a busca de construção da identidade, da organização e da gestão do trabalho da instituição educativa. O projeto reconhece e legitima a instituição educativa como histórica e socialmente situada, constituída por sujeitos culturais, que se propõem a desenvolver uma ação educativa a partir de uma unidade de propósitos. Assim, são compartilhados desejos, crenças, valores, concepções, que definem os princípios da ação pedagógica e vão delineando, em um processo de avaliação contínua e marcado pela provisoriedade, suas metas, seus objetivos, suas formas de organização e suas ações (FARIA e, DIAS, 2007, p. 20).

Betine (2005) vem dizer que o Projeto Político Pedagógico mostra a visão macro do que a instituição escola pretende ou idealiza fazer, seus objetivos, metas e estratégias permanentes, tanto no que se refere às suas atividades pedagógicas, como às funções administrativas. Portanto, o PPP faz parte do planejamento e da gestão escolar. A questão principal do planejamento é expressar a capacidade de se transferir o planejado para a ação. Assim sendo, compete ao projeto político-pedagógico a operacionalização do planejamento escolar, em um movimento constante de reflexão -ação - reflexão.
Ao se construir o projeto político-pedagógico, é fundamental que se tenha em mente a realidade que circunda a instituição escolar, que se expressa no contexto maior da sociedade: econômico, político e social. Essa realidade da sociedade, certamente, afeta a vida da escola, assim como também afeta a sua realidade interna específica, o seu funcionamento, possibilidades e limites. Não levar em consideração os aspectos sociais que envolvem a instituição no planejamento educacional, pode fazer com que o planejamento falhe em seus resultados.
Com tudo dito até aqui fica evidente que, construir o projeto político-pedagógico da escola é fundamental, porém se não administrado adequadamente não leva a lugar algum. Fatalmente, a escola não atingirá os seus objetivos e em especial a qualidade que dela esperam os seus alunos, pais, comunidade e sociedade de forma geral.
Com relação a importância do estagio autores como Francisco e Pereira (2004) afirmam que o estágio surge como um processo fundamental na formação do aluno estagiário, pois é a forma de fazer a transição de aluno para professor "aluno de tantos anos descobre-se no lugar de professor". Este é um momento da formação em que o graduando pode vivenciar experiências, conhecendo melhor sua área de atuação. "O Estágio Supervisionado consiste em teoria e prática tendo em vista uma busca constante da realidade para uma elaboração conjunta do programa de trabalho na formação do educador (GUERRA, 1995)".
O estágio, na maioria das vezes, é o primeiro contato do futuro educador com a realidade escolar, oportunizando compartilhar construções de aprendizagem, bem como a aplicação do aprendizado teórico na prática da profissão escolhida.
O primeiro momento na escola para a preparação do estágio deve ser aproveitado para observar o funcionamento da escola, tanto na parte administrativa quanto na sala de aula, dos alunos da comunidade e de todos os envolvidos com o cotidiano escolar. Essa observação permite a coleta de informações extremamente importantes, para que o acadêmico possa elaborar seu projeto de intervenção pedagógico em sala de aula que será a segunda etapa do estágio. (GUERRA, 1995).
Segundo Abreu e Masetto (1990), na elaboração do planejamento, o professor tem a necessidade de tomar uma série de decisões. Ele precisa decidir, por exemplo, o que é importante que os alunos saibam; que conteúdo vai abordar que parte vai deixar de lado, por não serem essenciais; que recursos vai usar para facilitar o desenvolvimento e aprendizagem dos alunos tornando-os mais significativos; e assim por diante. Para que o professor oriente suas decisões a serem tomadas é necessário que ele tenha um conceito de educação, a concepção sobre aprendizagem, bem como o seu conhecimento do processo de aprendizagem e sobre as formas mais eficientes de estabelecê-la; influi, também, sua habilidade em lidar com tais formas.
Outro item relevante que o professor deve estar atento é a relação teoria e prática. A atividade teórica por si só não leva à transformação da realidade; não se objetiva e não se materializa, não sendo, pois práxis. Por outro lado a prática também não fala por si mesma, ou seja, teoria e prática são indissociáveis como práxis (PIMENTA, citado por MEDEIROS e CABRAL 2005).
Neste sentido, Freire citado por Medeiros e Cabral (2005) complementa este pensamento, elegendo uma categoria fundamental para a efetiva realização da práxis ou de uma nova práxis. Segundo este autor, a reflexão crítica sobre a prática se torna uma exigência da relação teoria-prática, sem a qual, a teoria pode tornar-se "blábláblá" e a prática "ativismo". o desenvolvimento de uma consciência crítica sobre a relação necessária entre teoria e prática, seria o diferencial que conduziria dialeticamente tal relação rumo de uma nova práxis. Portanto, o exercício da docência, enquanto ação transformadora que se renova tanto na teoria quanto na prática, requer necessariamente o desenvolvimento dessa consciência crítica.
E deste modo antes de desenvolvermos a atividade procuramos planejá-las detalhadamente, além de consultar referências sobre o assunto. Assim sendo segue abaixo algumas das principais referências encontradas e que embasaram a nossa reflexão para as atividades de contação de história, de artes e ciências naturais e sociais.
A contação de histórias é um grande instrumento para despertar o senso critico e reflexivo nas crianças, afinal, um mesmo texto pode ser interpretado de diferentes formas. Ela transporta a criança para outros mundos e dá vida aos seus sonhos, além de contribuir pra o desenvolvimento infantil por despertar emoções e valorizar sentimentos através da magia e da atração das histórias. Por meio delas também podemos enriquecer as experiências infantis, desenvolvendo diversas formas de linguagem, ampliando o vocabulário, proporcionando a ela viver o imaginário. (SILVA, 2002)
Consideramos que arte se apresenta no cotidiano infantil na forma de expressão da sua visão de mundo, sua representação da realidade surge quando a criança rabisca ou desenha no papel, na areia, na terra, na água; neste momento, ela está utilizando a linguagem da arte para expressar-se. Esses trabalhos de expressão não são apenas impressões que a criança deixa sobre o suporte, mas explicitam o seu desenvolvimento intelectual, emocional e perceptivo. Para Lowenfeld (1970), "este período da vida é extremamente importante para o desenvolvimento de atitudes sobre o próprio eu e para o estabelecimento da noção de que o mundo é um ligar empolgante e aprazível para se viver."
A Arte na Educação Infantil apresenta como uma linguagem que tem estrutura e características próprias que possibilita à criança, no processo de criação, reformular suas idéias e construir novos conhecimentos em situações onde a imaginação, a ação, a sensibilidade, a percepção, o pensamento e a cognição são reativados.
Com relação aos desenhos infantis, estes são considerados signos e esquemas concretos onde a criança procura dar significado. Deste modo, a expressão artística da criança, de modo consciente ou inconsciente é uma forma de comunicação, visto que por vezes, transmite a mensagem da criança, ou seja, aquilo que está a pensar e que quer dizer.
Para Piaget (1973) o desenho é uma das formas de manifestações semióticas, isto é, uma das formas através das quais a função de atribuição da significação se expressa e se constrói. Desenvolvem-se concomitantemente as outras manifestações, entre as quais o brinquedo e a linguagem verbal.
Com relação à ciência social e natural, Herr (2003) afirma que ciência é o estudo de processos naturais e seus produtos. É o caminho para encarar o universo. Para as crianças entenderem seu mundo, elas precisam explorá-lo e questioná-lo. Estudos também demonstram que as atividades de ciência promovem o desenvolvimento da curiosidade das crianças, as auxiliam a comparar similaridades e as diferenças, o vocabulário aumenta e as linguagens oral e escrita se aprimoram. Além disso, melhoram a coordenação motora e viso motora, medindo coisas, colecionando amostras e pegando objetos.
De acordo com Santos (2007, p.5), o melhor é que a criança encare a atividade como uma situação-problema, mas que a desenvolva de forma prazerosa e até desprazerosa, mas como um desafio, que seja interessante e a envolva. Assim, segundo Macedo citado pela mesma a ciência poderá se caracterizar como uma atividade lúdica, à medida que proporciona à criança desafios, o desenvolvimento da dimensão funcional, simbólica, abrindo um campo de possibilidades, na perspectiva da criança, de forma que se tornem necessárias, afetiva e cognitivamente e possíveis por meio de seus recursos internos (habilidades e competências) e os externos a ela propostos, como os objetos, o espaço, o tempo etc, estabelecendo com a materialidade uma relação construtiva e relacional.
Segundo Delval (2002) afirma que a criança deve está constantemente fazendo experiências com novos materiais, explorando possibilidades. Deve-se fazer com que as crianças vão aprofundando os conhecimentos que possui e tentando encontrar explicações para os mesmos. Os sujeitos devem aprender a fazer ciências em situações comuns.
E com relação a importância da interação entre família e escola de acordo com a Unesco (2003), "é crucial que a Instituição de Educação Infantil respeite e valorize a cultura das diferentes famílias envolvidas no processo educativo", devendo estimular a participação destas no cotidiano escolar. Esta, não é tarefa fácil, pois muitos pais trabalham fora de casa o dia todo, não dispondo de tempo para acompanhar seus filhos na escola, outros mesmo que tenham tempo, consideram que sua participação não é importante, creditando ao professor a tarefa de educar sozinho seu filho. É claro que escola e família são instituições diferentes, que se contextualizam em vários moldes culturais, merecendo respeito mútuo, devendo-se assim, encontrar o ponto de convergência entre ambas. Cabe ressaltar ainda, que tanto a escola quanto a família, têm passado por transformações importantes.













2-PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

? Caracterização da instituição:
Nome: Centro Educacional Rebusca
Categoria: Filantrópica
Localização: Rua Doutor Brito, 348. Centro- Igreja Assembléia de Deus
População atendida: No Centro Educacional Rebusca é atendida 52 crianças com idade entre 2 e 5 anos e 46 famílias.
Amostra: A amostra deste trabalho é composta por 16 crianças que freqüentam o jardim 2 do Centro Educacional Rebusca (crianças de cinco anos) e por suas respectivas famílias( 16 famílias)

Etapas das atividades desenvolvidas:

Atividade: História infantil de ficha: "Mafalda a bruxa peralta"
Autor: Cláudia Aleixo Alves
1ª Etapa: A história foi primeiramente selecionada por nós ( História de fichas, emprestada pelo laboratório de Desenvolvimento Humano). Os critérios da seleção da história foram por já termos presenciado sua contação em um outro momento e ela ter chamado muita atenção das crianças e por ser um recurso diferente dos já utilizados na instituição.
2ª Etapa: Ao entrarmos na sala as crianças encontravam-se sentadas em seus respectivos lugares e as mesas estavam unidas. Explicamos para elas que iríamos contar uma história de ficha e as convidamos para sentar em um canto da sala (obs.: a sala é composta por mesas e cadeiras). Perguntamos para as crianças se elas sabiam o que era uma história de fichas elas disseram que não, então explicamos para elas que era uma das formas de se contar uma história assim como o livro só que cada sena é desenhada em uma ficha (mostramos uma ficha da história para elas e dissemos que no final da mesma elas poderiam pegar as fichas pata conhecer melhor).
3ª Etapa: A primeira ficha que contém o nome da história e a imagem de uma bruxa foi apresentada às crianças e perguntamos a elas qual o nome que achavam que a história tem. Algumas responderam: a bruxa má, a bruxa que voa etc.
Após esta primeira conversa a história foi lida, sendo que o narrador (Nayara) buscou modificar a entonação da voz na medida em que se mudava o personagem, e as crianças deram muitas gargalhadas e faziam muitos comentários ("que bruxa bonita!", "olha a roupa dela", "ela voa" etc.). Além disso, no decorrer da história as crianças eram estimuladas a criarem hipóteses do que aconteceria com a bruxa, e algumas das respostas foram: "vai virar sapo para sempre", "vai voar na vassoura", "ela vai morrer", "vai ficar boa".
4ª Etapa: No final da história perguntamos as crianças o que acontecia na história e elas responderam que a bruxa não era má ela era boa, outras crianças disseram: "ainda bem que ela não virou sapo". "Eu adorei a história dá bruxa, porque dessa eu não tive medo."
Depois desta conversa disponibilizamos as fichas para as crianças manuseassem e perguntamos a elas se gostariam de cantar alguma música e elas cantaram a que já era de costume quando chegavam à escola ( Bom dia oh professora de novo aqui estamos, deixei a mamãe em casa contigo agora estou...). Dissemos para elas que havíamos trago outra música e se gostariam de conhecer. As crianças responderam que sim e a música foi apresentada:
Todo dia seis a bruxinha vem
Todo dia as sete seu vestido veste
Todo dia as oito vai comer biscoito
Todo dia as nove vai ver se não chove
Todo dia as dez vai comer pasteis
E acender fogueira pra fazer docinho
E mexe, mexe, mexe ... Tibum....
Cantamos novamente com as crianças e a música despertou muito interesse sendo necessário repeti-la várias vezes.

4ª Etapa: Para finalizar disponibilizamos nas mesas canetinhas, lápis de cor, lápis nº 2 e folhas A4 para que as crianças fizessem o desenho que elas quisessem (desenho livre)

Atividade: Mural de fotos "nossas famílias " e "Objetos dos meus familiares"

1ª Etapa: Ao chegarmos à sala, as crianças estavam sentadas e como o tema família já estava sendo trabalhado por outras estagiárias e pela professora, explicamos para elas que também iríamos desenvolver uma atividade sobre o tema família e que construiríamos um mural de fotos das nossas famílias. Pedimos a elas que levassem no outro dia (sexta-feira) fotos de suas famílias para que construíssemos o mural, deixamos também um bilhete em seus cadernos de recado. Nesse bilhete estava escrito as seguintes palavras:
Senhores pais ou responsáveis,
Estaremos desenvolvendo com as crianças atividades relacionadas com o tema família. Portanto, pedimos a colaboração de vocês para que enviem fotos da família de modo que possa ser construído juntamente com as crianças um mural de fotos. Pedimos também que anotem os nomes de alguns membros da família como pais, avós e irmãos.

Nomes:
Nome do avô da criança:
Nome da avó da criança:
Nome do pai da criança:
Nome da mãe:
Nome dos irmãos:
Demais integrantes (tios, tias etc..)

FOTOS (favor escrever o nome das pessoas que estão na foto)

2ª Etapa: No dia seguinte ao chegarmos na sala as crianças também se encontravam em seus respectivos lugares, perguntamos a elas quem havia trazido as fotos e algumas delas responderam que sim (num total de 13). Dissemos que se as crianças que não levaram a foto poderiam escrever juntamente conosco o nome dos seus familiares no rural. Então perguntamos a elas em qual lugar da sala achavam que deveríamos colar o papel pardo onde seria montado o mural. Algumas disseram perto do quadro negro, outras disseram perto da porta, na entrada. Nesse momento a professora interveio e nos disse que não poderíamos colar perto do quadro, que era para colarmos ao lado da porta (perto da entrada da sala). Então assim fizemos.
Algumas crianças levaram muitas fotos, então pedimos que escolhessem duas, pois não daria para colar todas por falta de espaço no cartaz, elas concordaram e assim foi feito.
Cada criança foi colando as fotos no cartaz e com nossa ajuda escreram o nome de todas as pessoas que estavam na foto. As crianças que já sabiam escrever o seu nome assim o faziam. Além disso, perguntamos para as crianças que não trouxeram as fotos se gostariam de escrever o nome de algumas pessoas da sua família no cartaz e que se depois elas trouxessem as fotos poderiam colar, algumas aceitaram e nós perguntávamos a ela o nome de quem da sua família ela gostaria que escrevêssemos e o que a pessoa era dela (mãe, pai, irmão etc.)
Quando as crianças terminaram pedimos que se sentassem de frente para o cartaz e que cada criança nos apresentasse cada pessoa que estava na foto. Durante a atividade elas demonstraram muita satisfação em estar ali apresentando seus familiares aos seus colegas. "Alguns faziam comentários como: "olha como eu só igual meu pai" "nessa foto eu tava sendo batizado." "este foi meu aniversário."
3ª Etapa: Ao chegarmos à sala, as crianças já estavam sentadas em seus lugares, cuja três carteiras estavam unidas uma ao lado da outra.
Perguntamos às crianças se elas lembravam da atividade da família que tínhamos realizados. Elas disseram que sim e nesse momento uma criança se levantou, foi até o cartaz contendo fotos de suas famílias e disse que era aquela atividade que tínhamos feito. Nesse momento dissemos a elas que iríamos dar continuidade àquela atividade, mas que para isso necessitaríamos da ajuda delas.
Pedimos que trouxessem no dia seguinte (sexta-feira) além dos brinquedos de casa que normalmente levavam na sexta-feira, algum objeto do pai, mãe, avó, avó, enfim, de alguém da família para que brincassem com os mesmos. Explicamos a elas que iriamos escrever um bilhete em seus cadernos (agenda que elas utilizam para recados) e que deveriam mostrar para os pais ao chegarem em casa. No bilhete estava escrito as seguintes palavras:

Senhores pais,
Estaremos dando continuidade às atividades relacionadas ao tema família, para isso pedimos que enviem alguns objetos seus (como cintos, bolsas, blusa, sapato, vestido etc...) para que as crianças possam utilizar durante as brincadeiras realizadas em sala.

4ª Etapa: Ao chegarmos à sala as crianças já estavam sentadas em seus respectivos lugares. Perguntamos a elas se haviam mostrado o bilhete aos pais, elas disseram que sim. Perguntamos se haviam trazido os objetos. Uma criança respondeu: "eu trouxe um corrião e um boné do meu pai". Outra criança disse: "eu trouxe uma bolsa da minha mãe". Outra respondeu que havia levado uma blusa da mãe, e assim cada criança foi respondendo o que havia levado. Nesse momento uma criança disse: "minha mãe não deixou trazer nem meus brinquedos e nem nada dela e do meu pai, eu tô muito triste". Então dissemos a ela que não tinha problema que ela poderia pedir emprestados alguns brinquedos para outros colegas e ela concordou.
Então depois do lanche e da higienização bucal as crianças retiraram os brinquedos das mochilas e foram brincar. A criança que havia levado um boné e um cinto do pai colocou-os e disse: "agora eu me chamo José". Perguntamos por que e ela respondeu: "porque meu pai chama José, uai!".
As crianças que levaram os objetos usaram os mesmos durante toda a brincadeira e trocavam os mesmos uns com os outros. Elas escolhiam os seus papeis sociais de acordo com as roupas que estavam vestindo e utensílios que estavam usando.
Quando chegou a hora de irmos embora, nos despedimos das crianças, dizendo a elas que teríamos que ir embora, mas que poderiam continuar brincando com os objetos e na hora de guardar que colocassem dentro da mochila para levarem novamente para casa.

Atividade: "Bola de papel"

1ª Etapa: Como na instituição a cozinha é industrial e não possibilita o acesso das crianças, e por não termos conseguido algum fogareiro para levar até a mesma, bem como o objetivo da atividade ser voltado para a arte e o lúdico e não com o de ciências naturais( pois outra atividade já seria realizada com esse objetivo). Preparamos em casa o grude. Recortamos as tiras de jornal e compramos os balões para que já chegássemos com estes materiais na instituição uma vez que a mesma não poderia disponibilizá-los.
2ª Etapa: Ao entramos na sala as crianças encontravam-se em seus respectivos lugares e explicamos para elas que iríamos desenvolver uma atividade de artes que se chama "bola de papel" e que para isso usaríamos bexigas, grude e tiras de jornal. Como as crianças não sabiam o que era o grude explicamos a elas que era uma cola feita com polvilho e água que era levada ao fogo até ficar naquela consistência.
Colocamos os materiais sobre a mesa e explicamos para as crianças que para começar a atividade elas deveriam encher e amarrar os balões, depois ir passando o grude e ir colando as tiras até que elas cobrissem toda a bexiga, depois precisaríamos deixar as bexigas cobertas com papel secarem para que na próxima quinta pudéssemos pintá-las colocar um barbante, depois de enfeitadas as bolas poderiam ser levadas para casa para brincar. (Obs.: a bola de papel após seca fica resistente e pode ser utilizada para brincadeiras)
4ª Etapa: As crianças encheram o balão e algumas pediram para que nós amarrássemos. Elas começaram a passar o grude, e sempre perguntavam se era assim mesmo que fazia, e nós respondíamos que cada um poderia fazer do seu jeito. Depois de algum tempo as crianças foram se soltando na atividade e se divertiam passando o grude e colando as tiras, sorriam e faziam comentários como: "nossa olha como minha mão ta grudenta... " "Que legal o papel grudou." Além de ajudarem os colegas que tinham mais dificuldades.
Depois de cerca de 30 minutos recolhemos as bexigas e colamos uma fita com o nome da criança em cada uma delas. Colocamos as bexigas sobre um armário que fica na área externa da escola.
5ª Etapa: Na sexta-feira (um dia depois do inicio da atividade) recolhemos e levamos para a sala (obs.: antes de colocar na sala as bexigas foram colocadas em uma sacola de lixo)
6ª Etapa: Na quinta-feira as crianças já estavam ansiosas para continuar a atividade, então pegamos os sacos com as bexigas e quando o abrimos as bolas estavam mofadas. Retiramos uma bola e perguntamos para as crianças se alguém sabia o que aconteceu com a bola? Uma criança respondeu que tinha mofado. Outra disse que estava com cheiro forte. E nós perguntamos o porquê que elas tinham mofado? As crianças disseram que não sabiam. Nós dissemos que as bexigas foram colocadas em um saco todo fechado e que elas não estavam totalmente secas e por isso elas mofaram. Além disso, como o saco era fechado elas não receberam ar o que também contribuiu para que isso acontecesse. Perguntamos se com as bexigas assim nós poderíamos as pintar e as crianças disseram que não, e novamente intervimos perguntado o que nós podemos fazer e algumas crianças responderam: "vamos passar o grude e colar as tiras de novo." Então nós respondemos que não tínhamos preparado o grude nem levado as tiras mais que em outro dia nós poderíamos repetir a atividade. Perguntamos a elas o que poderíamos fazer de diferente para que elas não mofassem novamente e algumas responderam que não poderíamos colocar as bexigas no saco.
Então falamos com as crianças que elas poderiam pintar a bexiga mesmo ela não estando coberta com papel, entregando para elas bexigas, canetinhas e colas coloridas (as canetinhas e algumas colas foram cedidas pela escola, sendo necessário a comprar de outros matérias, pois a quantidade não era suficiente para todas as crianças). As crianças fizeram vários desenhos nas bexigas e pediram se podiam levar para casa. Nós explicamos que primeiro elas precisariam secar, e para isso pedimos que elas colocassem os balões em cima do armário que fica no canto da sala (e é da altura delas), avisando que elas poderiam recolhê-lo no final do dia para levar. As bexigas foram dispostas sobre um papel A4 (reutilizado) para secagem. Neste estava escrito o nome de cada criança.

Atividade: Experiência com as rosas

1ª Etapa: Inicialmente compramos os materiais a serem utilizados, uma vez que a instituição não disponibilizaria os mesmos. A rosa ao ser adquirida já não possuía espinhos.
2ª Etapa: Chegando à sala as crianças estavam sentadas em seus lugares, e as três mesas que compõem a sala estavam unidas formando uma única mesa. Explicamos para as crianças que iríamos desenvolver uma atividade de ciências naturais cujo nome é experiência com as rosas, anotamos em um cartaz juntamente com elas os materiais que seriam utilizados: 2 rosas brancas, água, anilina e 2 garrafas pet cortadas ao meio ( e lixadas). Perguntamos também quais são as características da rosa (como ela é) e as crianças responderam que era branca com folhas verdes, tem cheiro bom, espeta (as crianças tiveram oportunidade de pegar a rosa e manuseá-la). Fez-se necessário explicar para as crianças o que era a anilina, pois elas não conheciam. Para isso usamos um papel e pingamos uma gota mostrando a cor e a textura da mesma, explicando que é muito utilizada para colorir bolos, doces, mas que nós usaríamos para colorir outra coisa.
Perguntamos para elas o que achavam que iríamos fazer com aqueles materiais e uma respondeu que iríamos pintar a rosa passando anilina nela. Explicamos que a atividade seria um pouco diferente, outra respondeu que iríamos pintar água e nos intervimos dizendo: e as rosas? E uma disse que era para colocar na água. Perguntamos a elas: se colocarmos a rosa na água com anilina será que ira acontecer alguma coisa? E as crianças começaram a responder: "vai crescer", "vai abrir", "vai morrer", "vai ficar verde e a outra laranja", "vai ficar bonita", "vai ficar boa" ( todas essas hipóteses foram anotadas no cartaz).
Então convidamos as crianças para pintar a água e que todas poderiam participar. Uma criança se ofereceu para colocar a água nos potes e as demais aceitaram e como todas queriam colocar a anilina propusemos que cada uma poderia pingar algumas gotas e passar para o colega (deixamos a critério das crianças o nº de gotas a ser colocada, sendo que elas colocaram toda anilina verde e usaram ¾ da anilina laranja). Após o termino as crianças colocaram as rosas (uma em cada pote) e dissemos a elas que poderiam colocar sobre o armário (este armário é baixo e possibilita o manuseio e visão das crianças da experiência) onde já estava fixado o cartaz com as anotações.
As crianças observaram por algum tempo e a professora as chamou para fazer a atividade. Depois de cerca de meia hora uma criança gritou: olha gente uma rosa tá ficando verde e outra criança disse a outra tá ficando laranja, mais bem pouquinho. Então nós intervimos dizendo que era para elas continuarem observando e que no outro dia poderiam dizer para nós aquilo que perceberam pois teríamos que ir embora.
3ª Etapa:No segundo dia perguntamos as crianças se elas se lembravam da atividade que tínhamos desenvolvido na quinta-feira (25/05/2009). Elas disseram que sim, que era a atividade com as rosas. Nesse momento colocamos as rosas na mesa, e perguntamos se elas lembravam quais materiais precisamos para desenvolver as atividades. Elas disseram que foram as rosas. Nesse momento perguntei a cor e elas disseram, brancas. Disseram que precisamos de tinta, perguntamos qual era o nome da tinta, elas não lembravam então falamos a primeira e a segunda silaba ( A ? Ni) e elas completaram: "anilina". Disseram também que precisamos de água.
Perguntamos se havia acontecido alguma coisa com as rosas, e elas deram as seguintes respostas: " As rosas abriram", "uma ficou verde e a outra laranja", "a rosa cresceu", "ficou bonita". Nesse momento uma criança disse que a rosa verde estava mais colorida. Perguntamos por que e ela respondeu: "a tinta foi muito e fez ela ficar verde" , e outra disse: " ficou muita água verde".
Perguntamos por que a rosa ficou verde e a outra laranja. Uma criança disse: porque a água subiu no canudo da rosa. Perguntamos se todas concordavam com a Criança e todas disseram sim. Perguntei se elas sabiam como chamava esse canudo elas disseram que não. Então eu disse: "esse canudo se chama caule". Perguntamos por que uma rosa ficou verde, a outra ficou laranja, mas as folhas e o caule não mudaram de cor. Elas disseram que a folha não ficou verde porque já é verde, outra disse porque a folha é muito escura.
Depois uma criança propôs que misturássemos a água de coloração verde juntamente com a água de coloração laranja. Perguntamos se fizéssemos isso que cor elas achariam que a água iria ficar. Surgiram diversas respostas como: verde, rosa, preto, laranja, etc. E assim foi feito pedimos que uma criança fosse lá fora jogar um pouco de água laranja fora e depois pedimos que outra criança misturasse uma pouco da água verde na laranja e assim foi feito. Perguntamos a elas que cor a água havia ficado. Umas disseram verde, outras amarelo e outras preto. Colocamos a rosa de cor laranja nessa água, pois a mesma estava com uma cor mais fraca e deixamos ela lá sobre uma estante, cujo tamanho era na altura das crianças para que elas observassem. Perguntamos para cada criança que cor que elas achavam que a rosa ia ficar, e as respostas foram a seguinte:
Lucas- vermelho
Nathammy ? rosa
Julia ? amarelo
Viviane- azul
Misael- vermelho
Kellen ? preto
Pedro ? vermelho
Laíssa ? rosa
Teylon ? azul
Rian ? preto
Rayssa ? pretro
Thiago ? vermelho
Vinivius ? verde
Deixamos as rosas sobre o armário, colamos os papeis que estavam com as respostas que as crianças haviam dado em relação as experiências, juntamente com os papeis escrito o nome de cada criança com suas hipóteses. E pedimos que a professora auxiliasse as crianças nesta observação e anotasse o acontecido, pois só voltaríamos na quinta-feira.





















3- DISCUSSÃO E ANÁLISE DOS DADOS
Durante as atividades desenvolvidas, utilizamos o registro corrido para que pudéssemos posteriormente analisar e discutir os dados contidos no mesmo. Para que isso ocorresse, foi necessário que uma de nós desenvolvesse e outra registrasse a atividade. Mesmo a pessoa que fazia o registro em alguns momentos auxiliava na atividade, fazendo questionamentos, dando suporte a outra estagiária e às crianças.
Para a análise dos dados, procuramos nos remeter aos objetivos das atividades, bem como as teorias estudadas durante o curso e as bibliografias utilizadas nesse trabalho.
Com relação à primeira atividade (história da bruxa mafalda) percebemos que ela foi muito atrativa para as crianças, despertou a curiosidade e interesse das mesmas, uma vez que todas demonstraram interesse e quiseram participar, cantar e desenhar (mesmo aquelas que a professora fazia comentários de que não participava de nenhuma atividade).
Além disso, acreditamos que os objetivos foram alcançados e que a conversa e explicação da atividade foi feita de maneira que despertou o interesse da criança e facilitou sua compreensão. Algo que poderia ser feito de maneira diferente é que poderíamos ter confeccionando a história para deixa - lá na instituição, mas como tempo para o desenvolvimento da atividade e para que pudéssemos confeccionar era pouco, preferimos levar uma história emprestada para que pudéssemos utilizar uma historia feita com mais detalhes.
No que se refere ao envolvimento da professora, enquanto contávamos a história ela assistiu, mas não interveio. No momento do desenho ela disse que iria colar o dever de casa no caderno das crianças e se direcionou até sua mesa (não participando desta atividade).
Consideramos que nossa intervenção se deu na medida certa, pois não ficamos questionando tudo a ponto da criança perder o interesse pela atividade, mais buscamos fazer os questionamentos a partir do interesse delas de modo que pudessem expressar seus pontos de vista e relatar aquilo que lhe chamou atenção e que havia expressado no desenho.
Na segunda atividade, mural de fotos "nossas famílias e " Objetos dos meus familiares", acreditamos que nossos objetivos foram alcançados uma vez que as crianças puderam construir o mural de fotos com o nosso auxilio, conheceram as famílias uma das outras, os pais também foram convidados para ver o mural e também conheceram a família das crianças que estudam com seu filho ( a professora da sala, a nosso pedido, convidou os pais para ver o mural. Isso aconteceu no final da tarde quando os pais buscaram seus filhos. Pois nosso estágio e a construção do mural se deu na parte da manhã).
Mesmo sendo necessário modificar a segunda parte da atividade (pois em um primeiro momento planejamos que os pais fossem falar de sua profissão pra as crianças, mas como aconteceria a festa da família no dia seguinte a coordenadora pediu que modificássemos a atividade para que os pais não faltassem na festa) percebemos que as crianças estavam muito felizes em brincar com os objetos de seus familiares e trocavam uma com as outras.
Além disso, as crianças puderam se expressar por meio da linguagem oral e escrita e por meio da representação de papéis buscando destacar características dos seus pais e apresentar sua família para todos.
Já para terceira atividade (bola de papel) durante a 2ª etapa todas as crianças participaram e nós a auxiliamos durante a mesma (a colar as tiras, passar o grude) e a professora também auxiliou durante um Tempo dizendo que gostaria de aprender a atividade para desenvolver com as crianças em outra ocasião.
Apesar de em partes a atividade não ter dado muito certo, as crianças expressaram sua criatividade, tiveram prazer e entenderam outros conhecimentos a partir desta atividade (como se guardarmos objetos sem que eles estejam totalmente secos em um lugar fechado eles poderão mofar), o que de modo geral nos leva a acreditar que ela superou os objetivos propostos.
Lamentamos que a professora tivesse fechado o saco e o fato de acharmos que as bexigas aparentavam estar totalmente secas quando as guardamos (embora não estivessem) o que de certa forma contribuiu para que as bexigas mofassem. Percebemos que as crianças não ficaram frustradas com o acontecido, e com nossos questionamentos puderam entender o por que as bexigas mofaram. Poderíamos ter convidado um biólogo para levar um microscópio e analisar o mofo com as crianças, (mis só pensamos nesta possibilidade quando já tínhamos encerrado o projeto de intervenção, por sugestão da professora da disciplina).
E com relação a ultima atividade (experiência com as rosas) após testarmos a atividade antes de desenvolvê-la com as crianças percebemos que dentre as flores testadas (rosa, margarida e copo de leite) a rosa possibilitaria um resultado mais visível e rápido sendo que durante os testes, cerca de 50 minutos após a rosa ser colocada na água com anilina ela já começava a mudar sua coloração.
Percebemos que com essa atividade as crianças puderam formular hipóteses sobre o que elas achavam que aconteceria com a rosa ("vai morrer", "uma vai ficar verde e outra laranja"...), ficaram curiosas e observavam a rosa para ver se estava acontecendo alguma modificação com a mesma. Ampliaram o seu vocabulário oral e escrito (ao falarem o que aconteceria com a rosa e perceberem a anotação no cartaz, bem como saberem que o que elas chamavam de canudo da flor tinha o nome de caule etc...). Conheceram alguns componentes das plantas como caule, folha e flor. Foram estimuladas a aguçar sua percepção das transformações.

































4- CONSIDERAÇÕES FINAIS

Ao longo do período de estágio no Centro Educacional Rebusca, percebemos a importância de se conhecer o projeto político pedagógico e a realidade da instituição para que conseguíssemos analisarmos os déficits presentes na instituição, desde o cumprimento do PPP à prática educacional. Outro fator relevante é com relação à formação do professor, pois acreditamos que a forma muitas vezes inadequado do trabalho realizado em sala de aula, se deu pelo fato do pouco conhecimento da mesma a respeito do trabalho com crianças de 0 a 6 anos de idade.
Com relação aos objetivos, acreditamos que os mesmos foram alcançados, algumas indo além do esperado. Acreditamos também que as atividades planejadas e desenvolvidas foram adequadas ao nível de desenvolvimento da criança e despertaram o interesse e o prazer, proporcionando uma aprendizagem por meio do lúdico, que era o objetivo maior do nosso trabalho de intervenção. As atividade foram desenvolvidas buscando estimular a criança a ser crítica, criativa, um sujeito ativo na construção de seus conhecimentos.
No que se refere a relevância do projeto de intervenção para às crianças, pode-se destacar que elas tiveram um contato com diferentes áreas do conhecimento. Foram trabalhadas atividades que antes não faziam parte do planejamento de aula da professora. Elas puderam criar, formular hipóteses, expressar-se, interagir com seus colegas e conosco, além de terem autonomia durante as atividades.
Percebemos que nosso estagio na instituição Rebusca, teve impactos não somente na sala onde estagiamos, mas também em toda a instituição. Isso foi percebido quando as professoras da instituição mostravam interessadas em desenvolver nossas atividades em suas salas, bem como nos faziam questionamentos sobre dúvidas em relação ao desenvolvimento infantil e de atividades que elas iriam desenvolver.
A coordenadora da instituição também mostrou interesse no nosso trabalho, nos convidando a estender o período de estágio e que contribuíssemos para o desenvolvimento de outras atividades.
Para nós o presente trabalho, assim como os demais trabalhos realizados nessa disciplina, nós auxiliaram a por em prática as teorias estudadas durante todo o curso. Tivemos a possibilidade de conhecendo outras realidades e a desenvolver atividades com crianças, refletindo sobre as mesmas. Além de conhecer e analisar o PPP, percebendo a importância do mesmo, como ele deve ser estruturado, as normas que deve seguir e a importância da sua efetivação na prática. Percebemos também que o espaço físico e da organização da sala influi no trabalho com a criança. E da importância da família no ambiente escolar (e isto inclui a troca de informações entre pais e escola e a participação da família nas atividades etc.).
Dentre algumas dificuldades encontradas no decorrer desse trabalho destacamos o fato das crianças estarem acostumadas com o professor dirigir toda a atividade de forma rígida exigindo sempre que estivessem quietas e sentadas e quando demos autonomia para tomarem decisões e expressar seu ponto de vista elas demonstravam insegurança. Outro ponto foi a pouca quantidade de materiais da instituição, e do tempo para a elaboração e efetivação do projeto de intervenção. Além dos roteiros terem sido entregues com pouca antecedência e a falta de aula para explicação dos mesmos.
Sendo assim, apresentamos como sugestões para os outros trabalhos, que todos os roteiros sejam integres nas primeiras aulas, além de que sejam marcadas aulas para explicação destes, bem como acompanhamento da professora de algumas atividades realizadas por nós.






















5- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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Autor: Nayara Carmem Batista


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