Crônica do elefante



Dizem que os elefantes tem boa memória; imaginem só então se no Brasil tivesse elefantes! Ia ser um verdadeiro massacre, os índices de homicídio com certeza aumentariam, mas em compensação, o nível de justiça também. Será que se os elefantes fossem cidadãos do Brasil, a Jaqueline Roriz seria absorvida? Acho pouco provável. Certamente ela seria pisoteada na primeira oportundidade pela manada de elefantes mais próxima, que, talvez, povoasse o planalto central.

Ouvi dizer certa feita, que os elefantes são extremamente inteligentes e educados; eles não se zangam com quem os trata bem, muito pelo contrário, são amigos, vivem em harmonia e zelam pela ordem; o mal deles é realmente a memória, são extremamente vingativos. Mas não acho que essa característica de vingança presente neles seja tão negativa assim, tudo tem sua utilidade pública, por isso iniciei essa profunda reflexão.

Uma vez, em um programa de televisão, vi Cristovam Buarque falar sobre a educação de maneira redundante, mas uma redundância gostosa de ser ouvida (se o ouvinte gostar da educação). Mas me desanimei com a conclusão do nosso amigo Buarque: ele disse que já sabe que sua proposta não dará resultado nas urnas, mas a faz mesmo assim. Então pensei: se os elefantes fizessem parte da nossa sociedade e pudessem votar, acho que aumentariam as chances de Cristovam, pois tratam-se de animais altamente inteligentes, com memória muito avançada. Os elefantes se lembrariam, com certeza, das agressões ao povo, sofridas através de sistemas políticos repetidos há anos. Tenho certeza que eles tomariam a liderança e não deixariam que o sistema se repetisse, afinal, se tratam de animais muito inteligentes.

Mas, enfim, essa é uma possibilidade utópica, não existem elefantes no Brasil, existem muitas raposas, lobos guarás, onças, muitos amigos da onça e uma diversidade de fauna muito grande. Mas... acabei de lembrar de uma coisa: a infestação de ratos está cada vez maior no País, o que faz cair por terra a minha utopia sobre os elefantes, pois ouvi uma vez, não me lembro de quem, que os elefantes morrem de medo dos ratos. Sendo assim, realmente, nem se nós quiséssemos, os elefantes poderiam colaborar conosco com sua magistral inteligência; os ratos estão no comando, e, onde há ratos, não podem haver elefantes.


Autor: Darkhom Reis Dias


Artigos Relacionados


Aprendendo Com O Elefante

Para Treinar Elefantes

Gols De Letras

Aprendendo Com O Elefante

O Início Da Ocupação Humana No Arquipélago Japonês

Conto "questão De Família" De Dalton Trevisan: Uma Subtração Aditiva

Diversão - Festa De Fogos