Eles estão de volta...



Para delírio das pessoas que hoje têm, como diria Fábio Jr., "20 e poucos anos" ou mais, a cultura pop dos anos 80 está de volta. De repente, uma saudade do Playmobil, do chocolate Lollo e dos Minichiclets bateu à porta de milhares de pessoas que viveram aquela década tão divertida, descompromissada, que tinha um frescor e uma inocência que, provavelmente, nunca mais serão experimentadas pelas novas "gerações digitais".
É claro que esse "revival cultural" veio encabeçado pela mais popular das formas de arte: a música. O que foi por muitos e muitos anos considerado piegas voltou à tona como, pasmem vocês que sempre acharam Sidney Magal o "rei da breguice", cult. Isso mesmo: CULT. Atualmente, Rosana (aquela que cantava "... como uma deusaaaaaaa...", lembra?), Gilliard e até o Ovelha ? isso só pra citar alguns nomes ? são considerados "fillet mignon ao invés de carne de terceira".
Musicalmente falando, essa ascensão de "plebeus para nobres" que os cantores e grupos musicais da década de 80 tiveram é, em grande parte dos casos, absurda, já que a maioria deles teve pequena ou nenhuma melhoria em termos de qualidade harmônica, rítmica e/ou melódica. A questão é que, ao que parece, é justamente a simplicidade da música que se produziu naquele período que vem chamando a atenção e trazendo nostalgia a quem vive no século XXI.
Atualmente, grande parte da música que é produzida não só no Brasil mas em todo o planeta tem elementos eletrônicos agregados aos instrumentos tradicionais, o que "desumanizou" e acabou padronizando um pouco as canções. É tudo muito mecânico, as batidas são sempre parecidas graças às baterias eletrônicas e aos DJs, e acredito que isso acabou cansando os ouvidos das pessoas. Voltar a ouvir aquelas melodias simples que nos eram apresentadas todos os sábados à tarde no "Programa do Chacrinha" nos trouxe um alívio sonoro inegável.
O fato é que é uma delícia poder novamente ir a uma festa e ouvir a Blitz, o Lobão e todos aqueles artistas que compuseram grande parte da trilha sonora de nossas vidas. Se é "brega ou chique" (lembra da novela homônima da mesma década? Rs!) cabe a cada um analisar... ou simplesmente esquecer as convenções e aproveitar.

Autor: Livia Ferreira Dos Santos


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