Artigo: A presidente Dilma, a corrupção, o novo imposto para a área da saúde, e o crescimento econômico



Artigo: A presidente Dilma, a corrupção, o novo imposto para a área da saúde, e o crescimento econômico

Roberto Ramalho é advogado, jornalista, relações públicas, articulista, pesquisador e blogueiro

Em entrevista concedida ao programa Fantástico, da Rede Globo de Televisão, a presidente Dilma Rousseff afirmou que não faz política de "toma lá dá cá" e negou veementemente ter sido forçada a atender exigências de aliados.

Disse ela ao Fantástico: "Nunca dei nada a ninguém que eu não quisesse." "Você me dá um exemplo do "dá cá" que eu te explico o "toma lá"", respondeu Dilma à jornalista Patrícia Poeta, quando questionada sobre pressões dos partidos de sustentação do governo. Em seguida, amenizou: "Tô brincando contigo." Dilma disse que não se sente refém das bancadas aliadas no Congresso.

A entrevista, que teve duração de pouco mais de 20 minutos, foi exibida em dois blocos, na noite de domingo, 11.09.11. A primeira parte da entrevista foi gravada no Palácio da Alvorada e a segunda, no Planalto.

A presidente também falou sobre um tema delicado que vem causando polêmica no seu governo, que é a prática de corrupção e afirmou que o combate a esse tipo de prática "jamais se encerra" e que não gostaria de trocar mais ministros, depois da saída de quatro deles em apenas três meses. Também rejeitou o termo faxina para as ações contra desvio de dinheiro público durante o seu governo. "Faxina começa às seis da manhã e, as oito, ela já acabou", comparou.

Dilma condenou a criação de mais um tributo para a área da saúde, mas defende mais recursos para o setor.

Ao comentar a possível volta de um tributo para a área da Saúde, a presidente Dilma Rousseff definiu a CPMF, criada justamente com este propósito e extinta em 2007, com uma maciça votação do PSDB como um "engodo". Dilma denominou a CPMF de "um engodo" e se disse contra o imposto. No entanto, reiterou que o País terá de encontrar uma nova fonte para suprir o "inexorável" aumento de gastos na saúde.

Questionada pela jornalista Patrícia Poeta sobre a possibilidade de um novo imposto para financiar o setor, ela foi clara: "Sou contra a CPMF, hein". Em seguida, disse que "a população é contra" porque "a CPMF foi feita para ser uma coisa e virou outra". Disse ela: "Acho que a CPMF foi um engodo nesse sentido de usar o dinheiro da saúde não para a saúde.

Embora a presidente Dilma Rousseff afirme que, para oferecer saúde de qualidade, será preciso mais dinheiro, ela declarou, em entrevista ao "Fantástico", ser contra a contribuição.

Mais uma vez disse ela sobre o assunto: "Sabe por que a população é contra a CPMF? Porque a CPMF foi feita para ser uma coisa e virou outra. Acho que a CPMF foi um engodo nesse sentido de usar o dinheiro da Saúde não para a Saúde, disse".

Perguntada se acreditava que o dinheiro do tributo foi desviado, não pestanejou e afirmou dizendo: "Foi. O dinheiro não foi usado onde devia. (...) Para dar Saúde de qualidade, nós vamos precisar de dinheiro, sim. Não tem jeito, tem de tirar de algum lugar. O Brasil precisará aumentar o seu gasto com Saúde. Inexoravelmente".

A presidente recebeu a apresentadora do programa Fantástico, Patrícia Poeta, no Palácio da Alvorada e no Palácio do Planalto, na última quinta-feira, 09 de setembro de 2011.

A presidente Dilma Rousseff ainda defendeu que o Brasil combaterá a crise econômica mundial com a ajuda do "mercado interno crescente" e não se mostrou preocupada com a queda na produção industrial. Disse ela na ocasião: "A indústria deu uma diminuída em relação ao ano passado, que nós crescemos 7,5 %. Estamos esperando este ano crescer em torno de 4 %. Até julho, geramos um milhão e 500 mil empregos. Se fosse nos EUA ou na zona do euro, estavam soltando foguete, né?" declarou.

Concluindo este artigo, creio que a presidente Dilma está a par de toda a situação sobre a atividade de seus ministros, bem como está também atenta a situação da inflação, do crescimento econômico e sobre a possível adoção de um novo tributo destinado à área da saúde pública em nosso país. Excelente entrevista a dela: muito segura, falando pausadamente e com tranqüilidade, mostrou também ter amplo conhecimento de gestão pública. Pra quem não sabe a presidente Dilma Rousseff já exerceu um cargo na Prefeitura de Porto Alegre, na gestão de Alceu Collares, quando ela militava pelo PDT, e recentemente foi ministra das Minas e Energia, além de ter sido ministra da Casa Civil na gestão Lula.


Autor: Roberto Jorge Ramalho Cavalcanti


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