Promessas, Ora Bolas!



Este ano quero paz no meu coração conforme a letra da música marcas do que se foi (The Fevers) e não precisar acordar cedo e não ter preocupações como dívidas, impostos e trabalho. Quero sim caminhar sem parar e que nossos passos fiquem pelo chão. Quero as marcas do que se foi já que é impossível apagá-las e ter o direito de sonhar como todo o dia que nasce em um ser novo em cada amanhecer.

Quero que o tempo passe sem precisar lembrar dele; quero olhar para o lado sem se preocupar de olhar para frente ou para trás. Quero sim viver com paz, com tranqüilidade e que as promessas, ora bolas, que sejam eliminadas, não sendo necessário fazê-las, quanto mais cumpri-las.

 

Todo final de ano é sempre a mesma coisa. Poderia usar uma palavra mais cheia, mas ao usar a coisa defino como uma obrigação que nos foi imposta, de prometer e isto eu não quero mais. Chega de promessa que eu vou vender tal cota, abrir tal número de clientes, conquistar tal mercado. Não quero mais promessas, pois se eu não cumpri-las, o castigo vem ao passo que, se as prometidas pelas pessoas que tentam governar minha vida e minha atividade, não forem realizadas, nada acontece.

 

Por que será que as pessoas necessitam de promessas? Por que não trocam por objetivos e metas que podem ser alcançadas? E por que os empresários enfiam cotas absurdas nas vidas dos vendedores e quando estamos cumprindo, a retaguarda não está preparada para o aumento do volume das vendas?

 

Promessas, ora bolas! Deveria haver leis que penalizassem àqueles que prometem e nem chegam a pensar em cumprir, quanto mais em cumprir as mesmas; deveria haver um castigo àqueles que exigem que sejam feitas promessas e indicam como elas devem ser (percentual e volume).

 

A palavra promessa deveria ser abolida da nossa vida e no lugar, qual palavra você indicaria para ocupar o lugar desta famosa utopia?

 

A própria música nos dá uma idéia do que poderia ser colocado no lugar: este ano eu quero paz no meu coração; quem quiser ter um amigo que me dê a mão! Dou este exemplo porque sem ter amigos não podemos viver e jamais conseguiremos cumprir qualquer promessa e não mais existindo promessa, certamente as realizações serão mais humanas e amigas, mais amplas e condizentes com a realidade do mercado que oferta e que compra. Não basta exigir; tem que haver condições para cumprir.

 

Atitudes são necessárias para que a paz seja encontrada em nossos corações; de idéias o mundo está cheio e também de faltas de mecanismos de como colocá-las em prática.

 

Quero acordar em 2007 e quem sabe, passar de ano velho a novo ano sem dormir, na continuidade e com a certeza da mudança e da inexistência da promessa; quero sim viver melhor e não estou pedindo aumento de salário, mas de condições para poder produzir mais. Quero que o mundo pare enquanto há tempo; que o rio corra sem entulhos jogados pelo homem e que o ar seja puro como é puro o amor de Jesus.

 

Tem uma única promessa que ouso prometer: não vou prometer nada a ninguém; quero ter a certeza de não errar pelo erro de prometer já que promessas são apêndices dos desejos daqueles que sonham sem ter o pé no chão, exigindo o sangue e suor de muitos, os quais, cansados, prometem para agradar e não serem penalizados, mesmo sabendo que jamais poderão cumprir.

 

Quero paz no meu coração e condições para poder espalhar aos quatro cantos do mundo que este mundo é novo mundo, um mundo sem promessas! Promessas, ora bolas.

 

Desejo sim tanta coisa, mas não desejo promessas de quem quer que seja. Desejo desejos enormes e desejo desejos pequenos, mas todos os meus desejos podem ser alcançados desde que você me de mão.

 

Feliz 2007, o ano sem promessas, sem exigências absurdas. Um ano sem roubo de colarinho branco e com condições para podermos viver sem ter que viver para pagar estes absurdos havidos na nossa política, bem como os absurdos dos impostos e taxas que nos enfiam goela abaixo, com a promessa de vida melhor (posso rir?).

 

Oscar Schild, vendedor, gerente de vendas e escritor.


http://www.grandesvendedores.com.br (espere novo site)


Autor: Oscar Marques Schild


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