Se eu tivesse 18 anos novamente?



Eu olharia no espelho e me acharia linda!Teria certeza que eu não era tão gorda quanto eu pensava, que meu nariz não era tão grande quanto eu imaginava e saberia que eu nunca pareceria com aquelas meninas das capas de revista, então não me preocuparia com isso.
Não elegeria o dia em que meu gato morreu como o pior dia da minha vida e nem choraria o dia inteiro por causa disso, pois saberia que dias mais tristes que esse existiriam. E descobriria que aprender a lidar com as frustrações podem ser a primeira grande diferença entre quem faz sucesso e quem não faz.
Iria para a academia e faria dieta, pois saberia que aquilo que dizem, que a partir dos 30 o metabolismo muda e é mais difícil emagrecer, é a mais pura verdade.
Não gastaria um tostão com balada, bebida, muito menos cigarro. Não compraria roupas de marca, nem colecionaria sapatos.
Também não economizaria. Não aos 18 anos?
Eu gastaria "meu" dinheiro com viagens para onde tivesse as mais incríveis montanhas russas. Voaria de balão, helicóptero, paraglider. Andaria de trem. Iria mergulhar.
Torraria tudo da mesma forma, mas com um tipo de diversão que me ensinaria alguma coisa útil para quando eu fizesse 37 anos. Diversões que me ensinassem a lidar com meus limites e com o meu medo. E saber lidar com o medo é a segunda grande diferença entre quem tem sucesso e quem não tem.
Escolheria um namorado, não pela beleza, nem pela popularidade. O eleito seria aquele que jogasse Imagem & Ação comigo, que cantasse no videokê (Sim, eu sou do tempo do videokê!), que me fizesse rir.
O escolhido seria aquele que me desse permissão para não mudar nada, que gostasse de mim exatamente do jeito que eu sou. Escolheria aquele com quem eu conseguisse passar horas apenas conversando, pois em 20 anos eu saberia que essa seria a coisa mais importante.
Ficaria mais um ano fazendo cursinho pré-vestibular. Foram quase 3 anos, entre idas e vindas de uma faculdade a outra e minha mãe dizia que logo eu seria "Formada em Cursinho". Hoje, reconheço que aprendi mais sobre minha profissão de palestrante com os professores do cursinho, do que em 7 anos que passei pulando de faculdade em faculdade.
Aprendi com eles sobre como dar tudo de si mesmo em uma profissão que não é valorizada em nosso país, a de professor. Aprendi que dá pra fazer diferente, de uma forma mais divertida e ter melhores resultados com isso.
Aprendi o significado da palavra memorável, por coisas que lembro até hoje, depois de quase 20 anos de matérias para o vestibular. (Ah, e vocês, por acaso, sabem por que quem tem miopia não pode ir ao zoológico? Porque eles usam lente divergente!)
Eles me ensinaram que dá sim, para ser inesquecível, quando estamos 100% presentes naquilo que fazemos.
Por fim, se eu tivesse 18 anos hoje, eu dançaria uma valsa com o meu pai, pois saberia que não teria essa oportunidade por muito tempo. Ao menos, eu aprendi que saber lidar com a saudade do que ficou para trás é o fator que nos permite ir em frente.
Tudo o que vivemos, as decisões que tomamos, nossos acertos e arrependimentos, é o que permite sermos exatamente quem somos hoje.
E isso é tudo que temos para continuar!
Autor: Assessora De Imprensa De Branca Barão


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