Considerações Sobre o Boicote Planejado Pelos Parlamentares Alemães ao Discurso do Papa Bento XVI.



Considerações Sobre o Boicote Planejado Pelos Parlamentares Alemães ao Discurso do Papa Bento XVI.

Prof. Dr. Odalberto Domingos Casonatto

Este boicote dos parlamentares alemães se apresenta como arma de dois gumes. Os deputados que apóiam o boicote afirmam que o Parlamento alemão é neutro e o Papa não poderia falar diante dos representantes do povo. O papa não teria nada a dizer. Penso que as conseqüências de tal atitude a rejeição do recebimento do Papa, para realizar um pronunciamento no Parlamento Alemão na visita a Alemanha e em Berlim será mais danosa do que benéfica. Tal atitude que alguns parlamentares de esquerda e outros partidos estão articulando é de extremo mau gosto e antipática. Rejeitam um filho ilustre da Alemanha, O Papa Bento XVI na sua própria casa.

Magoas do passado são lembradas.

Penso que por trás desta decisão que estão articulando os partidos de esquerda e outros avivam as mágoas e ressentimentos do passado, contrarias ao Papa. A Alemanha sempre foi uma nação que muitos de seus cidadãos rejeitam a figura do Papa. A rejeição maior vem dos estados alemães no norte onde o protestantismo e mais acentuado. O sul com grande número de católicos receberá com entusiasmo o Papa Bento XVI, mesmo porque exerceu o trabalho pastoral, nos seminários, Universidades e Dioceses do sul da Alemanha.
Talvez esta decisão de apatia e rejeição a presença e a visita do Papa tenha uma influência marcada pela história e a posição de seus lideres. Este acontecimento não passará em brancas nuvens, mas marcará a Mídia e o incidente terá uma repercussão mundial.

A rejeição sofrida pela Alemanha

A Alemanha amargou um após guerra de muita rejeição, sofrimento na reconstrução e descriminação da grande parte dos atingidos pela guerra. Muitas pessoas guardam ressentimentos e atitudes dos alemães e o passado histórico deveria ser levado em consideração.
O fato de terem na figura do Papa, um filho da sua gente, o receberem ao menos educadamente o Papa que representa o mundo católico, e a metade da população da Alemanha, poderia ser visto pela humanidade com um sinal altamente positivo.
Poderemos ter uma certeza à rejeição destes parlamentares de não ouvir o Papa não será elogiada pelo mundo católico.
Outro fato que poderia ser visto como interessante, e não como um sentimento arrogante, é que vivemos em uma época de crise econômica mundial e a Alemanha depende da venda de seus produtos pelo mundo. As empresas Alemães estão espalhadas em todo o território brasileiro e seus produtos estão sendo vendidos pelo mundo. O mercado da compra e venda da população católica ainda é expressivo. Penso que tal atitude não escapará de uma resposta do mundo católico aos parlamentares.

Autor: Odalberto Domingos Casonatto


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