JUSTIÇA DIVINA



JUSTIÇA DIVINA

Ana Beatriz uma jovem trabalhadora filha mais velha entre onze filhos o pai um bêbado que morreu de cirrose quando ainda era muito jovem sua mãe domestica lutou para criá-los em uma favela de são Paulo, onde o barraco com três cômodos apertados mal cabia todos os membros dessa família.
Com o passar do tempo um de seus irmãos o Rogério se envolveu com drogas e morreu; sua irmã Lucélia de 13 anos engravidou falecendo de complicações no parto levando com o bebê.
Sua mãe Maria de Jesus definhava com a dor de perder dois filhos e um neto no intervalo de um ano. Continuava sua vida sem folga contando com a ajuda sempre presente de Ana Beatriz que para continuar o legado trabalha de domestica em uma casa do Morumbi, dois de seus irmãos o Paulo e o Manoel trabalham de ajudantes em uma pequena empresa e mesmo juntando os salários a vida continua difícil trabalhando somente para suprir as necessidades básicas.
Para continuar com este triste relato vou apresentar o caçula da família o José uma criança peralta que fugia de casa empinar pipa em um campo de futebol perto da sua morada com muita ingenuidade não se assustou com os tiros que ouvira continuando sua brincadeira era policia e bandido atirando a esmo sem se preocupar com os moradores dos barracos e uma bala perdida acertou o peito desse pobre menino em lápide constando. "Morreu uma criança de 10 anos"
Dona Maria de Jesus perdeu mais um ente querido e não suportou o sofrimento falecendo três meses depois.
Ana pobre Ana com 30 anos e a aparência de 40. Dor! Dor! Dor!
Família pobre sem instrução nenhum deles se importa com a situação do país sua maior diversão é assistir os programas de televisão.
Cadê a esperança? Cadê o futuro?
Paulo, Marina e Manoel casaram e saíram de casa, mas não para uma vida melhor. Paulo mora com sua esposa dois barracos depois de sua antiga morada, Manoel no barraco ao lado com os pais de sua esposa, quanto a Marina foi para uma favela em outro bairro.
Aquele barraco apertado outrora, agora parece grande para Ana, João, Joana e Lucas, só Ana Beatriz trabalhando enquanto os outros desempregados e sossegados; ficando nessa situação por dois anos.
João e Lucas conseguiram um emprego, o João de ajudante de pedreiro sem registro, o Lucas de operário em fabrica da cidade. Joana não queria trabalhar sonhava em casar com um homem rico, mas a alegria foi de Ana Beatriz que conheceu um senhor no seu trabalho um amigo de seus patrões que de imediato se encantou pela bela mulata de cabelos encaracolados e começaram a namorar.
Após um ano João casou-se e trouxe sua esposa para morar com eles e ela já estava grávida de três meses, Joana ainda em devaneios sem nenhuma responsabilidade e Lucas namorando bem alegre e animado.
Ana Beatriz sentia-se no céu Deus afinal olhou por eles na Terra toda família feliz e bem ajustada conforme sua classe social. Finalmente foi pedida em casamento pelo nobre banqueiro Pedro Alberto de Albuquerque.
Santa ingenuidade levou Pedro Alberto para conhecer parte de sua família, infeliz menina, apresentou sua irmã na flor da idade com apenas 20 anos, sem nenhuma marca de sofrimento uma mulata lindíssima que depois dessa visita fugiu com Pedro Alberto para Brasília, onde vivem ate hoje.
Ana pobre Ana teve de herança a dor e o sofrimento jovem solteira morreu dois anos depois desse acontecimento. Sua família aumentando dia-a-dia espalhados nas favelas de São Paulo. O barraco velho e remendado servindo de abrigo para os futuros afortunados.

Autor: Adriana De Barros Silva


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