A eficiência energética na arquitetura



 

A eficiência energética na arquitetura

No cotidiano são muito abordados os temas voltados à sustentabilidade e a eficiência energética, porém eles são transmitidos de maneira sucinta, faz-se necessário um estudo que complemente toda essa temática. Para entender a importância da eficiência energética na “atual arquitetura” é demasiadamente válido conhecer um pouco sobre sua evolução.

A preocupação do homem por abrigo diante das intempéries remonta a antiguidade (pré-história), através das cavernas e mais adiante cabanas rústicas. Posteriormente vem a Idade Média onde a arquitetura era concebida tendo como base Deus e a igreja, por isso as construções eram longilíneas visando sempre o céu/luz. A Idade Moderna foi marcada por mudanças totais, novas concepções e técnicas. O período do Renascimento (oposto a Idade Média) eleva o homem como o centro de tudo, culto a beleza e as esculturas. O Barroco pode ser taxado como o excesso e a ostentação, os detalhes são carregados e minuciosos, muitas cores douradas (ouro) e o vermelho. Seguidamente tem o Neoclássico (o novo clássico), mesmas ideias, contudo é introduzido o concreto. Na Idade Contemporânea questões arquitetônicas abaladas, permeadas pelo crescimento exacerbado das cidades. Século XIX o ecletismo, neogótico, art noveau, trabalho de artesãos e a natureza anexada às construções, por fim o século XX, formas puras, limpas, geométricas e ortogonais. Com o resumo simplificado desses momentos fica mais claro assimilar as mudanças sofridas na arquitetura e observar que em cada período exigiu e definiu um tipo arquitetônico.

O que realmente está em jogo na atual arquitetura é o meio ambiente, a chamada sustentabilidade, compreendida como uso de "artifícios" que utilizem as fontes naturais. Pode-se caracterizar uma edificação como eficiente quando ela atende ao conforto térmico sem agredir o meio ambiente, por exemplo, seu consumo de energia elétrica é o mínimo possível. As comodidades oferecidas pela variedade de aparelhos que reproduzem climatização artificial contribuem com o acomodamento no que se refere ao planejamento dos projetos, sendo válida uma ponderação no uso.

Para dar apoio as questões sustentáveis, eis que surge o processo de etiquetagem de edificações, para uma melhor compreensão é a mesma intenção do selo encontrado nos eletrodomésticos, que permite ao consumidor o conhecimento do que em média o aparelho consume de energia elétrica. O mesmo vale para as edificações, que possibilitará a avaliação das construções, garantindo credibilidade.

Explicando melhor a etiquetagem, consiste em dois modos, o primeiro baseado em extensos cálculos, fórmulas e tabelas juntamente de pré-requisitos, o segundo alia a simulação, ou seja, programas computacionais onde pode ser feita modelagem da edificação, aplicações dos materiais e os resultados referentes. Acredita-se que essa ideia só tende a crescer e disseminar, pois é uma das vertentes da nova arquitetura.

Sendo assim, a eficiência energética procura nada além do que o bem estar e a qualidade de vida das pessoas. É um tema que deve ser expandido a todos, desde o profissional que trabalha na área até as pessoas que usufruem de seu trabalho, para assim exigir e garantir uma arquitetura verdadeiramente consciente de sua época e preocupada com o futuro.

 

 


Autor: Roberta M. Doleys Soares


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