Integração do aluno na prática educativa, através da utilização do instrumento - dramatização, na aula inaugural do curso de técnico de nível médio em uma escola do sus



Ana Lúcia da Silva Ribeiro

Enfermeira no Hospital Estadual de Presidente Prudente.

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Resumo

Este trabalho trás uma proposta de inserir através da aula inaugural, uma metodologia de ensino baseada na utilização de um instrumento, ou seja, a “dramatização”, com a utilização de três situações hipotéticas, com a intenção de direcionar o aluno para a prática educativa da problematização. Prática essa adotada pela Escola CEFOR/Assis, através do Curso Técnico de Nível Médio de Enfermagem-TECSAÚDE, Classe Descentralizada de Presidente Prudente, no ano de 2009/2010. Onde ainda através de uma avaliação diagnóstica, poderá constatar se os alunos apresentam ou não pré-requisitos e habilidades necessários para a utilização da metodologia definida pelo Projeto Político Pedagógico.

 Palavra chave: Dramatização. Aula inaugural. Avaliação diagnóstica. Prática educativa.

 Integration of the student in educational practice, through the use of the instrument - drama, the inaugural class of the course of Middle Level Technical School in a SUS.

This paper brings a proposal to insert through the opening class, a teaching methodology based on the use of an instrument, namely the ' drama ', using three hypothetical situations, with the intention of directing the student to the educational practice of school choice CEFOR / Assisi, through the Middle Level Technical Course Nursing - TECSAÚDE in the year 2009/2010. Where does through a diagnostic evaluation, you will see whether or not students have the prerequisites and skills needed to use the methodology of the Political Pedagogical Project .

Keyword: Drama. Inaugural lecture. Diagnostic evaluation. Educational practice.

 La integración del alumno en la práctica educativa , a través de la utilización del instrumento - el teatro, conferencia inaugural en el Curso de Nivel Medio Escuela Técnica en una SUS.

Este documento recoge una propuesta de insertar a través de la clase de apertura, una metodología de enseñanza basada en el uso de un instrumento, a saber, el "drama", con tres situaciones hipotéticas, con el propósito de orientar al estudiante a la práctica educativa la elección de escuela CEFOR / Asís, a través del Nivel Medio Curso Técnico de Enfermería - TECSAÚDE en el año 2009/2010. ¿De dónde a través de una evaluación diagnóstica, podrás ver si los estudiantes tienen los prerrequisitos y conocimientos necesarios para utilizar la metodología definida por el Proyecto Político Pedagógico .

Palabra clave: Drama . Conferencia inaugural . Evaluación diagnóstica. La práctica educativa .

 1 Introdução

Todo início de curso envolve grandes expectativas tanto para alunos como para os próprios professores. Mediante o conhecimento científico sobre o conjugado de avaliações existentes e integradas entre si, é de extrema importância e grande relevância que se inicie o curso com uma avaliação diagnóstica.A avaliação diagnóstica tem como definição segundo UNIVERSIDADE...2005, p.1 :

É aquela realizada no início de um curso, período letivo ou unidade de ensino, com a intenção de constatar se os alunos apresentam ou não o domínio dos pré-requisitos necessários, isto é, se possuem os conhecimentos e habilidades imprescindíveis para as novas aprendizagens.

 Portanto a finalidade deste trabalho é o de apresentar um método diferente do habitual, mas dentro das perspectivas de uma avaliação diagnóstica, onde os próprios alunos teriam a oportunidade de escolha a partir de três hipóteses, utilizadas através do instrumento de dramatização pelo professor, a metodologia pedagógica a ser utilizada pela Escola.Seria uma forma de construir e cultivar desde o inicio do curso a importância da construção conjunta e democrática de conhecimentos e de um espaço aberto de diálogo entre professor e aluno. Onde a aula inaugural através da técnica de dramatização das três hipóteses, surge como objeto desse estudo.Quanto a manifestações na prática escolar, através das teorias de Libâneo, 1990, p.34, temos que ao propor novos modelos de ensino voltados para a interação conteúdos - realidades sociais, alcançamos ou avançamos em termos de uma articulação do político e do pedagógico, nas transformações das relações de produção do conhecimento.

 Ainda vale citar um trecho desse escritor, onde ele faz uma citação sobre como iniciar uma aula propriamente dita:

  Tal ruptura apenas é possível com a introdução explícita, pelo professor dos elementos novos de análise a serem aplicados criticamente à prática do aluno. Em outras palavras, uma aula começa pela constatação da prática real, havendo, em seguida, a consciência dessa prática no sentido de referi-la aos termos do conteúdo proposto, na forma de um confronto entre a experiência e a explicação do professor. Vale dizer: vai-se da ação à compreensão e da compreensão à ação, até a síntese, o que não é outra coisa senão a unidade entre a teoria e a prática(LIBÂNEO,1990,  p.32).

2 Objetivos

2.1 Objetivo geral

Utilizar uma forma de trabalhar com soluções novas para questões conhecidas, como a apresentação da filosofia da Escola CEFOR/Assis, através da dramatização pelos alunos na aula inaugural do Curso de Técnico de Nível Médio de Enfermagem-TECSAÚDE, no ano de 2009/2010.

2.2 Objetivos específicos

Integrar o aluno na pratica educativa, responsabilizando-o pela própria aprendizagem através da participação efetiva em sala de aula.

Facilitar a integração do ensino e aprendizado, posteriormente baseado na avaliação formativa.

 3 Material e método

Este estudo apresenta através de uma aula inaugural, a aplicabilidade de um dos métodos de avaliação, aqui no caso, a avaliação diagnóstica.Esta avaliação diagnóstica foi realizada no primeiro dia de aula, onde a população alvo foi um grupo de alunos matriculados em um Curso Técnico de Nível Médio de Enfermagem-TECSAÚDE, no ano de 2009/2010, com características sociopolíticas, que através da Classe Descentralizada instalada em Presidente Prudente, que esta diretamente vinculada a Escola de Auxiliar de Enfermagem de Assis, sito à Rua Quintino Bocaiúva, 289. CEP 19806-150. Autorizada a funcionar como CEFOR pelo parecer CEE – SP no 1297/87 de 02/09/87. Reconhecida como Escola Técnica do SUS, pelo Governo do Estado de São Paulo, através do Decreto no 51.767 de 19 de abril de 2007.  Ainda pelo Parecer no 229/2000 da Câmara do Ensino do Segundo Grau, que autoriza a instalar Classes Descentralizadas no Centro Formador de Assis.

Os procedimentos realizados foram baseados em orientações recebidas do grupo de coordenadores da Escola, quanto a apresentações do Plano de Curso, Regimentos, e conseqüentemente Métodos Avaliativos e a forma de Registro dos resultados esperados. Mas além dessa apresentação formal, faltava apresentar a filosofia da escola, ou seja, o Projeto Político Pedagógico.

Esse início de curso ou aula inaugural deve ser bem elaborado e trabalhado, principalmente se os alunos estão acostumados com métodos de avaliação tradicionais. Por ser uma escola do SUS, possui um projeto pedagógico voltado para uma metodologia crítica e sistematizada, buscando a transformação dos conteúdos abordados pelas disciplinas em ações de saúde, e não meramente procedimentos técnicos. O currículo apresenta características de integração no ensino-serviço, e que constitui, portanto, um comprometimento com a realidade social e uma visão estreita da relação teoria-prática. Esta metodologia envolve completamente o aluno, fazendo com que ocorram trocas de experiências vividas no dia a dia de cada aluno-trabalhador, em sala de aula.

Sendo assim os alunos precisavam conhecer essa filosofia. E a forma que se optou foi à utilização de técnicas de dramatização, com utilização de três situações hipotéticas (apresentadas em Resultados), extraídas da  UNIDADE V – EDUCAÇÃO EM SAÚDE, Texto 9 - “Educação e Saúde na Prática do Técnico de Enfermagem”, do guia curricular do aluno (RODRIGUES,  coord. 2009, p.63),

 3 Resultados

Quanto às evidencias à este estudo a intenção seria a de que os próprios alunos escolhessem a metodologia mais lógica, referendando situações inerentes ao dia a dia de um aluno-trabalhador, pois cada texto, ou situação hipotética, possuía um pressuposto de uma proposta pedagógica teórico-metodológica, mas, de uma forma não explícita, seria uma situação de atividade desenvolvida comumente no dia a dia do técnico de enfermagem, que implicitamente mostraria a técnica da pedagogia tradicional (situação hipotética A), da pedagogia tecnicista (situação hipotética B), e da pedagogia problematizadora e/ou da autonomia (situação hipotética C).

 3.1 Situações hipotéticas:

3.1.1Situação hipotética A

Cliente é admitido na unidade de internação com um quadro de hipertensão arterial sistêmica, e seu primeiro contato é com o técnico de enfermagem que o recebe e verifica os sinais vitais. O técnico questiona como ele, cliente, deixou que a sua situação de saúde chegasse a esse ponto. Discorre então sobre todos os cuidados a serem tomados para a manutenção da pressão arterial em níveis pressóricos normais. Em nenhum momento busca saber sobre as condições que fizeram com que a pressão arterial atingisse esses níveis.

OBS.: Nessa situação, reportando-se à educação, podemos dizer que o profissional utilizou a pedagogia tradicional.

 3.1.2 Situação hipotética B

O técnico de enfermagem recebe um paciente diabético que procura a Unidade Básica de Saúde para realizar curativo de uma lesão em seu pé. Para o técnico é visível que

a lesão está em precárias condições pela falta de cuidado. Recebe o cliente e faz uma orientação extremamente cuidadosa e detalhada sobre a maneira adequada de cuidar da lesão. Indica soluções necessárias à assepsia, especifica os materiais necessários para a realização correta do curativo e o que deve ser observado no processo de cicatrização.

OBS.: Essa opção pedagógica, chamada tecnicista ou do condicionamento.

 3.1.3 Situação hipotética C

O técnico de enfermagem trabalha na Unidade de Saúde e faz parte de um grupo de orientação sobre o aleitamento materno. O início do trabalho educativo se dá com relato das mães para o grupo, sobre a experiência de amamentar. A equipe que desempenha o papel de facilitadores estimula a participação para que surjam as situações problema. O grupo passa a discutir os problemas encontrados, analisando criticamente cada situação e suas várias possibilidades. Os facilitadores trocam com o grupo as informações mais técnicas que podem subsidiar o entendimento de situações específicas. Em seguida passam a discutir as prováveis maneiras de se solucionar os problemas apresentados, agendando novo encontro para a avaliação da aplicabilidade dessas soluções em sua realidade de vida.

OBS.: Prática pedagógica utilizada a problematizadora, da autonomia.(RODRIGUES,Coord. 2009, p.63 a 65).

 4 Discussão/Conclusão

Como a finalidade deste trabalho seria o de apresentar uma forma diferente dentro de uma avaliação diagnóstica quanto à apresentação da filosofia da Escola, partiu-se para a opção da dramatização de três hipóteses, onde os próprios alunos teriam a liberdade de escolha quanto à metodologia a ser seguida pelos professores durante o período letivo proposto pela Escola.

Normalmente essa aula inaugural seguiria padrões pré- estabelecidos, como em uma aula tradicional, sem envolvimento e participação dos alunos, e esse método e/ou forma diferente de trabalhar à filosofia da Escola, também atende às características curriculares que a escola segue que seria a abordagem de estratégias pedagógicas que façam com que os alunos trabalhem com ações de saúde, pois são trabalhadores do SUS, e criem uma aprendizagem significativa dentro de um saber ser critico e transformador.

A experiência da dramatização demonstrou uma forma de elaboração conseguida pelo próprio aluno, de um conteúdo programado através das três hipóteses, onde o “[...] aluno, com sua experiência imediata num contexto cultural, participa na busca da verdade, ao confrontá-la com os conteúdos e modelos expressos pelo professor”.(LIBÂNEO, 1990, p.32)

Essa experiência revelou ao final, a necessidade da utilização da pratica pedagógica da problematização, pois os alunos entenderam que a melhor forma de aprender é através de uma educação transformadora e participativa, pois através dessa forma de trabalhar possibilitará o acesso aos conhecimentos necessários à formação de uma consciência crítica, que os liberte da fragilidade e impotência da educação tradicional. (LOPES et al, 1990, p.136).

Com relação a efetivação da educação, seguindo os pensamentos de Mitre et al (2008, p.5), temos a necessidade da junção dos dois sujeitos envolvidos, o professor e o aluno, porque não há docência sem discência, e a partir dessa interação, temos a construção do saber através desse modelo de competências proposto por uma abordagem pedagógica progressiva de ensino-aprendizagem criada pela metodologia da autonomia problematizadora.

 Referências

ABNT. NBR6023: Informação e documentação: elaboração: referências. Rio de Janeiro, 2002. 24p.

ABNT. NBR6024:Informação e documentação: numeração progressiva das sessões de um documento. Rio de Janeiro, 2003. 3p.

 ABNT. NBR6028: Resumos. Rio de Janeiro, 2003. 2p.

ABNT. NBR10520:Informação e documentação: citação em documentos. Rio de Janeiro, 2002. 7p.

 ABNT. NBR14724: Informação e documentação: trabalhos acadêmicos: apresentação. Rio de Janeiro, 2002. 9p.

 CEFOR – EAEA/Assis. Projeto Político Pedagógico.

 LIBÂNEO, J. C. Democratização da Escola Pública. A pedagogia crítico-social dos conteúdos. Coleção Educar 1. 190 edição. Edições Loyola. 1990. Disponível em:http://www.scribd.com/doc/6641625/Libaneo-Democratizacao-Da-Escola-Publica-a-Pedagogia-Critico-Social-Dos-Conteudos. Acesso em 16/07/2010.

LOPES, A. O. et al. Repensando a Didática. 4. Ed. Campinas, SP: Papirus, 1990.

MITRE, S. M. et al. Metodologias ativas de ensino-aprendizagem  na formação profissional em saúde: debates atuais. Ciênc. saúde coletiva. v.13 supl. 2. Rio de Janeiro, dez. 2008. LILACS ID: 497185. Acesso em 16/07/2010.

RODRIGUES, S. H.Programa de Formação de Profissionais de Nível Técnico para a Saúde no Estado de São Paulo: Curso Técnico de Nível Médio em Enfermagem – Modulo Habilitação. FUNDAP, 2009.

 UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA. Metodologia de Avaliação da Aprendizagem. 2005. Disponível em:. Acesso em 30/06/2010.


Autor: Ana Lucia Silva Ribeiro


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