Absolvição
ABSOLVIÇÃO
Durante muito tempo me recriminei por erros e destemperos que fiz desde que nasci, mas nessa semana, Martha Medeiros, me absolveu de todos.
Em seu livro “Feliz por nada”, tem uma crônica dizendo que devemos viver aos 12 anos como uma criança de 12, aos 18, como uma de 18 e aos 60 como tal.
Então não dá para cobrar maturidade de uma criança de 12 anos, pois nessa idade o normal é ser imatura, irresponsável, infantil. Aos 18, normalmente vivemos os excessos de festa, de álcool, de palavrões, de relacionamentos, de inconseqüências, até que aos 30, começamos vislumbrar no horizonte, a poeira da maturidade que se aproxima.
Fácil, não é mesmo?
Talvez para você, mas não foi para mim.
Aos 12, tinha a responsabilidade de 20, aos 18, a calmaria dos 60, aos 25, os destemperos de não sei quando. Achava que devia ter nascido perfeita, sábia, e nunca ter dito algo que pudesse ter magoado alguém.
Mas, - Rufem os tambores!! Soem os clarins!!
Aos 45, eu estou plena, completa, e com sabedoria suficiente para entender tudo isso.
Só me arrependo de tudo que “NÃO” fiz, aos 12, aos 18, aos 25, por ficar levando em conta o que a tia dizia, o que o padre falava e a mãe havia ensinado.
Portanto vivam até o ÊXTASE, pois a maturidade um dia vai chegar, os problemas de próstata e menopausa também.
Nessa trajetória, só contam os últimos capítulos, mas aí, a obrigação é que tenhamos um “FINAL FELIZ”.
Autor: Aida Susete Pietzarka
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