Concepção de deus altera níveis de preocupação e estresse



Concepção de Deus altera

níveis de preocupação e estresse 

           O jornalista, radialista e escritor José de Paiva Netto, presidente mundial das Instituições da Boa Vontade, introduziu no Brasil desde o final do século XX, um amplo debate internacional sobre os fatores de convergência existentes entre religião a ciência.

           Desse interessante debate, em que personalidades renomadas, especialistas desses dois campos do saber humano expuseram fatos convergentes e divergentes, nasceu o Fórum Mundial Espírito e Ciência que teve como palco principal o ParlaMundi da LBV – Parlamento Mundial da Fraternidade Ecumênica – um dos anexos do Conjunto Arquitetônico Templo da Boa Vontade, na Asa Sul 915, lotes 75,76, de Brasília-DF.

           O sucesso da iniciativa já aquela altura foi de tal modo que de convidados, os palestrantes se tornaram postulantes de reiterados encontros do tipo. O público tem sido o maior beneficiário com o debate e a interação que o Fórum Mundial Espírito e Ciência incentiva.

           Questionado sobre o porquê da idéia e de sua realização, Paiva Netto, conhecido campeão de venda de livros em bienais internacionais no Brasil, assim explicou:

           “O que a Religião intui, a ciência um dia comprovará em laboratório. Ciência sem Religião pode tornar-se secura de alma. Religião sem Ciência pode descambar para o fanatismo. Por isso, no dia ideal que todos desejamos ver surgir no horizonte da História, a Ciência, cérebro, mente, iluminada pelo Amor (Religião, coração fraterno), elevará o Ser Humano à conquista da verdade”.

           Percorrendo o mundo em busca de comprovação dessa convergência ciência-religião, espiritualidade-ciência, encontramos na Fé estímulo interessante para o alívio de enfermidades. 

Pessoas religiosas são mais felizes em situações ruins. 

           "Pessoas religiosas são mais felizes e superam melhor as situações difíceis do que as pessoas não religiosas", afirmaram pesquisadores norte-americanos.

            Realizado na Universidade de Illinois, o estudo analisou dados do Gallup World Poll 2005-2009 coletado em mais de 150 países. Publicado no Journal of Personality and Social Psychology, a pesquisa mostra que 68% dos entrevistados afirmam que "a religião é parte importante de suas vidas".

            "Circunstâncias difíceis levam as pessoas a serem mais religiosas, o que as torna mais felizes do que aquelas que não se ligam a nenhuma religião”, diz Ed Diener, autor da pesquisa. 

Crença num Deus amoroso e justo ajuda as pessoas no enfrentamento dos desafios cotidianos

            De acordo com pesquisadores da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, pessoas que acreditam em um Deus benevolente, tendem a se preocupar menos e serem mais tolerantes do que as pessoas que acreditam em um deus punitivo ou indiferente.

            Para David Rosmarin, um dos autores da pesquisa, essa constatação indica que os profissionais da saúde mental devem passar a integrar as crenças espirituais de seus pacientes na formulação dos tratamentos.

           "As implicações desta pesquisa para o campo da psiquiatria é que nós temos que levar mais à sério a espiritualidade dos pacientes do que nós fazemos hoje," afirma Rosmarin.

           "A maioria dos psiquiatras está despreparada para conceitualizar como as crenças espirituais podem contribuir para o estado afetivo e, assim, muitos teimam em não integrar esse tema no tratamento de uma forma que seja espiritualmente sensível," completa o médico.

           A pesquisa incluiu inicialmente entrevistas com cristãos e judeus. 

Harvard cria curso de graduação sobre religião 

           A produção científica sobre aspectos psicológicos da crença religiosa aumentou tanto nos últimos anos que médicos da Universidade Harvard, a mais prestigiada dos EUA, criaram uma disciplina de graduação permanente só para tratar do assunto.

           Desde o ano passado, o curso vem sendo ministrado no campus de Cambridge, em Massachusetts, pelo psicólogo Omar Sultan Haque, que investiga diversas questões sobre o assunto.

           Por que a religião existe em todas as culturas? A religião torna as pessoas mais cooperativas? A religião foi um comportamento moldado pela seleção natural durante a evolução humana?

           Essas e outras questões -- para as quais a ciência ainda não tem uma resposta definitiva -- estão no currículo da disciplina, que tem atraído cada vez mais alunos.

           O programa do curso, porém, traz um aviso logo na primeira página:  

           "Nós não estamos estudando se a religião tem premissas verdadeiras ou falsas, se devemos acreditar nela ou praticá-la".

           Segundo o dr. Haque, diversos alunos acabam procurando o curso primeiro como forma de conforto espiritual e depois como instrumento para produzir ciência.

           "Muitos deles são estudantes inteligentes, mas são jovens inexperientes e são humanos", diz o psicólogo. "Para muitas pessoas, as diferenças entre psicologia da religião e filosofia da religião não são tão obvias."

           Durante o curso, o professor explica aos alunos que as questões da psicologia sobre religião não têm a ver com a existência ou inexistência de Deus.

           "Um ateu pode ler algo sobre psicologia da religião e pensar: 'Então é por isso que aqueles religiosos burros acreditam nisso'. Uma pessoa teísta pode pensar: 'Então Deus nos projetou desta maneira para que possamos perceber sua presença'", exemplifica Haque. "A psicologia da religião, porém, não tem resposta para isso."

           Segundo o cientista, muitas pessoas interessadas em teologia ou filosofia da religião têm curiosidade também em aspectos psicológicos ligados ao tema, mas o diálogo entre esses campos do conhecimento não tem sido tão intenso quanto poderia.

           Harvard, por exemplo, abriga uma faculdade de Teologia, a Divinity School, onde alunos têm contato com uma infinidade de temas ligados à religião. Os estudantes que se matriculam nas aulas do dr. Haque, estão cientes de que não podem aproveitar os créditos em seus currículos.


Autor: Gelson Dos Santos


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