Sociedade feliz na visão aristotélica



Para Aristóteles a virtude é a força que o indivíduo adquire através da prática do bem, resultando na felicidade, aonde se alcança os bens materiais, após ter alcançado os bens humanos. A prática das virtudes leva aos bens materiais, que o homem virtuoso terá em segundo plano, caso modere-se em seus desejos, ao contrário daqueles que preferem a vida no prazer, como uma fase feita para ser aproveitada, com isso acabam se tornando vítimas dos vícios. O início de uma vida virtuosa no homem é o conhecimento do que o levará a felicidade, porém uma felicidade perecível que não o leve à dependência de meios mundanos, pois corre o perigo de entrar na frustração, com o término desses meios que acreditou inicialmente dar felicidade. O homem que se preocupa no acúmulo de virtudes, conseqüentemente tem certas atitudes vindas de seus princípios, que por acidente levará ao ganho dos bens materiais que precisa, exemplo disso está nas pessoas conceituadas na sociedade. A virtude antes de qualquer coisa deve ser construída por meio das práticas do bem, considerando que o que torna o homem virtuoso são as felicidades vindas do esforço do acúmulo de princípios. Se for bem analisado, nesse contexto de homem, que alcança a felicidade por meio das virtudes, o homem que não exerce poder na sociedade e não tem nenhuma autoridade, é mais feliz que aquele que é cheio de responsabilidades e cargos, pois, um chefe não se torna virtuoso apenas pelo fato de mandar um empregado fazer o que logicamente teria que fazer, já que é um empregado com uma determinada função, além de apreciar as honras e as dignidades. Assim encontra o homem a sua felicidade através das ações que pratica em sua vida, sem que sejam daquelas mais dignas; o importante é a ação com vista na prática do bem, com isso o digno vem logo após. Querer conquistar os bens materiais, ou tornar-se uma autoridade, nem sempre significará um caminho errado, pois existem indivíduos que têm os desejos, porque através dos recursos que a vida lhe oferecer poderá praticar as boas ações que a virtude pede, pois nem tudo é possível sem a contribuição do estado, é como querer cobrar a educação do filho do outro sem dar as condições de uma educação. Considerando a vida virtuosa de pais que souberam e levaram a sério o seu matrimônio, suas responsabilidades sociais, inicia-se a formação dos filhos, uma nova etapa, aonde os valores aprendidos serão passados, e a virtude será testada. Como obrigação de todo pai, é dever manter a alimentação da criança e sua saúde para que cresçam e virem homens fortes, prevendo futuras complicações que podem ocorrer devidas as faltas de substâncias não dadas na infância. É muito importante uma maturidade dos pais antes de terem seus filhos, pois na vida da criança serão absorvidos reflexos mal resolvidos na vida dos pais, complicando também a saúde mental da criança, reflexos esses que crescerão na adolescência. A vida da criança se modifica aos poucos, quando começa a fase de curiosidade, é importante manter a criança longe dessas grosserias e imagens indecentes apresentadas no mundo, pois fere a pureza da criança e aos poucos começa a adquirir vícios em hábitos, gestos e palavras, também parte dos pais essa educação primeira, o pai não virtuoso não se importaria com que seus filhos escutam, julgando-os incapazes de entender certas coisas, porém o grave não é o entendimento do que é dito, mas a criança grava o que foi falado, e começa a repetir. A boa educação dada as crianças, resultará também em uma boa juventude, pois as crianças que desde cedo perdem a pureza e adquirem vícios, em sua juventude começam a vida desenfreada, o que atrapalha o desenvolvimento de uma cidade que procura a melhor educação e governo.


Autor: Juliano Feitoza Da Silva


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