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É a cara do pai...

Para começarmos nossa conversa, vamos considerar que a personalidade do filho é reflexa de toda uma cultura da qual nasceu, de pessoas que se fizeram próximas, na maioria das vezes os pais. Para deixar bem claro aonde se quer chegar, irei partir do desenvolvimento do filho, esse será Joãozinho.

Joãozinho cresceu num lar onde poucas vezes viu seus pais juntos em união, como se espera de um casal, seu pai chegava tarde e não tinha tempo de brincar com ele, pois já estava cansado, sua mãe era muito triste, porque seu marido não lhe dava muita atenção. Seus pais não davam nenhuma instrução moral, sexual, afetiva, muito menos religiosa, para que tivesse uma boa formação. Como muita criança, aprendeu tudo na manha, com os colegas na escola, em rodinhas de conversas fúteis. Quando cresce um pouco, nele há o cume da libido, percebe que os caras da turma mais velha, todos tem uma namorada, e nele nasce o desejo de experimentar o mesmo. Com seu parceiro, roda a escola inteira procurando a mais bonita, porque pretende “catar” uma, consegue. Seu amigo arruma esquema, e eles ficam. Nessa idade eles não querem que a coisa pareça seria, por isso tudo acaba ali. Jow, assim que é chamado agora, conquistou status, é o maior pegador do bairro. Cresce mais um pouco e sua fama ainda continua. Um dia passa dos limites e engravida uma menina. Sua mãe o obriga a cuidar da menina e se casar. Ela não terminou os estudos. Mais tarde Jow, passa a ser apenas João, trabalha numa fábrica, a menina vira costureira. O seu filho também se chama Joãozinho, tem 5 anos, coitado vê o pai chegando muito tarde e não brinca com ele, a mãe vive chorando porque o pai casou-se com ela à força, logo não a ama.

Já sabemos como vai parar essa história, mas agora voltando a nossa realidade é isso mesmo que acontece hoje com as famílias, são desestruturadas devido à má formação dada na jovialidade. Será que compensa obrigar o filho a namorar, só por orgulho do pai, pois assim ele seria mais homem? Ou nessa idade deveria ter formação moral para que pudesse ser um bom pai futuramente?

O importante é não fazer da outra pessoa um objeto para o seu próprio prazer, o namoro deve ser sério, lembrando que ele serve como prévia ao casamento, não se namora sem motivos. Para tudo haverá uma hora. E nessa hora será o momento de ter seu filho após casado e economicamente estruturado, pois casamento é amor, namoro é amor e nisso não existe egoísmo.

 


Autor: Juliano Feitoza Da Silva


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