Desenvolvimento da personalidade - psicologia multifocal



Platão, numa metáfora, compara o ser humano a uma carruagem, em que os cavalos são os instintos. Puxam a carruagem, mas cada um deles quer a própria realização. O cocheiro (a razão) vê para onde os cavalos devem ir, e, com as rédeas (a vontade), os conduz à direção desejada.

Entendendo-se livre arbítrio como a vontade consciente do EU, considere a seguinte questão:

O EU consciente, por intermédio do livre arbítrio, é capaz de interferir na trajetória da nossa vida e alterar o nosso futuro? Comente sua resposta.

 O desenvolvimento da personalidade é algo incrivelmente complexo e sujeito a influências extremamente variadas, restando ao ser humano uma estreita faixa de manobra e possibilidades de decisão, diante das potentes forças moldadoras de seu caráter. Todavia, essa limitada capacidade é suficiente para determinar se alguém quer ser algo diferente do que é, principalmente se não estiver satisfeito consigo mesmo.

 

 

 Na adolescência o EU deveria estar razoavelmente alicerçado. Na vida adulta, ele deveria estar estruturado a tal ponto que deveria assumir plenamente a capacidade de liderança do próprio ser. O grande problema é que a maioria das pessoas não desenvolve um EU crítico, lúcido, coerente, capaz de tomar decisões certas na hora certa. Se o EU continuar fugindo de suas responsabilidades e não se fortalecer a ponto de aceitar sobre as próprias costas o peso que lhe cabe carregar, jamais se tornará o autor de sua própria história (CURY, 2004).

 

De acordo com a Teoria da Inteligência Multifocal, o EU representa nossa consciência crítica, nossa capacidade de decidir, constituindo, portanto nossa identidade. O EU é a nossa capacidade de analisar as situações, duvidar, criticar, fazer escolhas, exercer o livre arbítrio, corrigir rotas, estabelecer metas, administrar as emoções e governar os pensamentos. Um EU fraco, sem estrutura e maturidade, é indeciso, inseguro, instável, impulsivo, ansioso, escravo dos pensamentos e das emoções destrutivas.

 

A grande descoberta da vida é perceber que somente você controla sua vida. Se quiser mudar sua situação, você terá que mudar. Tudo o que vier a acontecer ou não com você dependerá de você mesmo e de suas decisões. Você é quem dá a última palavra sobre você mesmo. Você está onde está por causa do que fez ou deixou de fazer.

 

A função do livre-arbítrio é fazer do homem, não o fantoche do destino, mas o condutor da vida construtiva pessoal onde os caminhos percorridos se agregam a experiências e pontos de ensinamentos.

 

Portanto, o EU consciente, por intermédio do livre arbítrio, é capaz de interferir na nossa vida e alterar o nosso futuro.

 

Download do artigo
Autor: Clecilene Gomes Carvalho


Artigos Relacionados


A Arte Da Duvida E Da Critica - Psicologia Multifocal

Sanguessuga

Forever

Fundamentação Teórica

Filosofia De Bar

A Psicologia Ou As Psicologias

Autoconhecimento: Valores Pessoais