Interpretação do texto: o novo rural brasileiro



INTRODUÇÃO.

  • Novas formas de valorização do espaço rural brasileiro
  • O avanço da modernização das atividades agropecuárias associando à integração da unidade produtiva às redes de produção, cada vez mais especializadas, visando atender "nichos" ou segmentos de mercados.
  •        Nos países mais desenvolvidos observa-se a emergência de um novo paradigma técnico produtivo como preparo do solo, colheita, pulverizações, inseminações, entre tantas outras tarefas.
  • Surgem novas relações de trabalho no campo, tanto no que se refere á agricultura de médio porte quanto à agricultura familiar (dita de subsistência), pois, Essas famílias, que combinam atividades agrícolas com atividades não agrícolas, vieram a ser conhecidas como pluriativas, já que exerciam mais de uma atividade econômica.
  • As diversas modalidades de pluriatividade antepõem questões de várias ordens, pois muitas vezes associam o estatuto de conta-própria com o de empregado numa mesma pessoa, resultando num tipo difícil de classificar, tanto do ponto de vista profissional como social.

AS DINÂMICAS ECONOMICAS.

  • ·          O         Texto coloca que é oportuno contrapor os resultados das ocupações rurais não agrícolas com essas dinâmicas, embora não seja possível fazer uma identificação nítida entre setor de atividade com as dinâmicas acima, visto que um setor pode estar presente em uma ou várias dinâmicas.
  • Convivem grandes fazendas assentadas no trabalho assalariado e pequenas propriedades de base familiar, com mercados de trabalho rurais e urbanos bastante diferenciados como pesque-pague, das fazendas de caça, da criação de animais para fins ornamentais, produção de mudas ornamentais, piscicultura, horticultura, floricultura, fruticultura de mesa, criação de pequenos animais, etc. Muitas destas atividades, antes pouco valorizadas e dispersas, passaram a integrar verdadeiras cadeias produtivas, envolvendo, na maioria dos casos, não apenas transformações agroindustriais, mas também serviços pessoais e produtivos relativamente complexos e sofisticados nos ramos da distribuição, comunicações e embalagens.

O NOVO RURAL

  • Muitas dessas formas de organização do espaço rural são consideradas pelo autor como "novas" entre aspas porque muitas dessas atividades, na verdade, são seculares no país, mas não tinham até recentemente importância econômica. Pois vem acontecendo há certo tempo segundo o autor uma grande urbanização do espaço rural, considerando que a urbanização no Brasil não um fato tão recente também muitas dessas atividades não nasceram de um dia para o outro, o que mudou na verdade foi a forma de se ver e se pensar o espaço rural brasileiro que se tornou um espaço rural penetrado pelo mundo urbano com velhos e novos personagens, como os "neorurais" (profissionais liberais e outros ex-habitantes da cidade que passaram, a residir no campo) ao lado dos assentados (ex-sem terra) e daqueles que temos denominados "sem-sem" (sem terra e sem emprego e quase sempre também sem casa, sem saúde, sem educação, e principalmente sem organização, coisa que os sem-terra indiscutivelmente já conseguiram).
  • Esquema que demostra como se dão as novas relações e atividades no mundo rural:   
  • CONCLUSÃO.

Ao pensar o processo de industrialização pelo qual passou todo o espaço brasileiro, deixamos muitas vezes de considerar que os espaços são vários, onde cada um destes absorveu de forma diferenciada os efeitos da industrialização. É preciso compreender que a globalização que atingiu as grandes cidades também chegou às propriedades rurais por menores que fossem. Se no espaço urbano essas mudanças de organização não se deram de uma maneira homogênea mais distinta ainda foram às mudanças ocorridas nos diferentes espaços rurais. Precisamos então buscar novas formas de se compreender o rural, onde seja possível enquadrar a partir das diferentes formas de analises cada um dos diferentes espaços rurais brasileiros. Quando vamos á uma tribo indígena e deparamos com um espaço fortemente urbanizado, índios usando celulares às vezes pensamos: “índio coisa nenhuma, eles perderam as raízes”. Eis que surge uma questão: porque pensarmos que o processo de globalização que atinge todo o espaço terrestre não chegaria ao espaço rural? Cabe então como resposta a fala de um cacique da tribo Xacriabá: “Eu posso ser o que você é, mas sem deixar de ser o que eu sou”. Tal afirmativa serve como reflexão sobre o espaço rural brasileiro, que não deixou de ser rural, contudo também não ficou fora dos processos e das atividades que aconteceram no espaço urbano.

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Autor: Thamyres Sabrina Gonçalves


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