Escolhendo a árvore de natal mais ecológica



Uma prática que assinala definitivamente a chegada da quadra natalícia é a montagem da famosa e adorada árvore de natal. Este é um cenário que, para a esmagadora maioria das famílias, se desenrola num ambiente de plena tranquilidade, sendo irrelevantes quaisquer tipos de discussões externas ao mero acto de celebrar o natal. No entanto, existe uma polêmica que se repete ano após ano e que envolve vários organismos da comunidade científica, bem como várias associações de carácter não-governamental: o debate em torno do impacto ambiental que a árvore de natal envolve. No cerne da discussão está a já antiga questão de decidir que gênero de pinheiro de natal, se artificial ou se natural, é a solução mais ecológica.

Há alguns anos atrás, a lição que se ensinava nas escolas era clara e direta: a opção artificial é a mais sustentável. Os argumentos que nos apresentavam, aliás, eram plenamente convincentes. O risco de desflorestação causado por um massivo corte de árvores justificava plenamente a opção artificial. No entanto, o passar do tempo trouxe novas ideias e realidades, e atualmente o uso do pinheiro artificial já não é tão consensual. Ora, tendo em consideração que a maior parte de nós foi desde sempre ensinada a optar pelo artificial, será interessante observarmos o que terá mudado entretanto.

O principal problema dos pinheiros falsos está no fato de o seu fabrico ser feito à base de policloroeteno, uma substância derivada de combustíveis fósseis não passível de reclagem. Em segundo lugar, para além do já referido composto, há vários outros poluentes libertados durante o fabrico destas árvores que são cancerígenas, sendo uma forte ameaça à saúde públicas. É o caso do 1,2-dicloroetano e das dioxinas. Há também outros compostos que são aplicados para tornar o plástico mais maleável e que causam vários problemas ao nível dos aparelhos reprodutor e renal.

Mas apesar deste cenário aterrador, muitos também insistem que o cultivo massivo de árvores naturais tem consequências igualmente perigosas para a saúde e ambiente. Não só a erosão de espaços verdes é um risco mais que conhecido, como também o uso constante de pesticidas e adubos químicos utilizados no cultivo comercial de pinheiros, o que põe em risco toda uma rede pública de água.

Assim sendo, há que concluir: qual é então a melhor solução para o problema?

De todos os problemas envolvidos, os das árvores naturais parecem ser os mais fáceis de contornar. Aliás, já existe quem o faça: praticar uma agricultura biológica (não-poluente) no cultivo dos pinheiros e vendê-los... com as raízes!

Em vez abater ou mandar abater uma árvore, se você a comprar com a raiz incluída e preservá-la, a maior parte do problema poderá ficar resolvido. Ao fazê-lo (e articulando com métodos de agricultura mais ecológicos), estará ajudando a ter um natal mais ecológico, contornando as contrapartidas e apostando nos benefícios.

Não se limite a ficar sentado esperando pelos presentes de natal: ofereça você mesmo um presente ao planeta, contribuíndo para um mundo melhor.


Autor: Nilton Mendonça


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