Sobre tecnologias e inclusão



Sobre tecnologias e inclusão

Educação Inclusiva constitui-se o processo de Inclusão dos Portadores de Necessidades Especiais ou de distúrbios de aprendizagem na rede comum de ensino em todos os seus graus. Stainback e Stainback (1999) afirmam que a exclusão nas escolas lança as sementes do descontentamento e da discriminação social.

A educação é uma questão de direitos humanos, e os indivíduos com deficiências devem fazer parte das escolas, as quais, por sua vez, precisam modificar seu funcionamento para incluir todos os alunos.

Cabe ressaltar a importância da informática educativa no processo de inclusão do aluno com necessidades especiais educativas. As crianças de hoje já nascem mergulhadas nesse mundo virtual e tecnológico, surgindo então o papel da escola de oferecer aos indivíduos propostas que façam uso deste equipamento.

A informática educativa pode auxiliar a escola a promover, por exemplo, a tão exaltada integração curricular e quebra de barreiras entre as disciplinas. As instruções escolares têm escolhido diferentes formas de trabalhar a Informática Educativa, tendo em vista a função da sua proposta pedagógica e filosófica. Essa decisão sobre qual caminho a escola deverá seguir passa pela definição dos objetivos do trabalho com a informática.

De acordo com Weiss (2001, p.17),

O computador é um recurso caro, se comparado ao custo de lápis ou livros, mas não é auto-suficiente para ser tratado como, algo mais que um recurso didático [ ...] Sua aquisição se justifica pelas inúmeras possibilidades de utilização, que serão decisivas para o sucesso ou fracasso do trabalho desenvolvido.

A informática educativa servirá como ferramenta dentro de um ambiente que valorize o prazer do aprendiz em construir seu processo de aprendizagem, através da integração de conteúdos significativos. O papel do professor na utilização do computador é fundamental, uma vez que é ele quem cria, organiza e promove o ambiente da aprendizagem.

Ao aliar-se ao uso da informática educativa as tecnologias assistivas1 podemos em muitos casos suprir necessidades motoras e cognitivas dos alunos.

Também pode-se  afirmar que no caso de indivíduos com limitação motora não interfere na criatividade e o professor mediador precisa dar o suporte na

Zona de Desenvolvimento Proximal para que junto com seus colegas possa desenvolver todo seu potencial criativo.

A informática e o uso de tecnologias assistivas representa para indivíduos com deficiência uma grande possibilidade de igualdade com seus colegas, pois nos dias de hoje, são as Tecnologias de Informação e Comunicação que possibilitam diminuir seus problemas motores e ajudá-los com a dificuldade de comunicação.

REFERÊNCIAS

MONTE, Francisca Roseneide F. do. Saberes e práticas da inclusão: introdução. rev. Brasília: MEC / SEESP, 2003.

SASSAKI, Romeu Kazumi. Inclusão: construindo uma sociedade para todos. 6. ed. Rio de Janeiro: WVA, 1997.

STAINBACK, S.; Stainback W.  Inclusão: um guia para educadores. Porto Alegre, RS: Artes Médicas, 1999.

WEIS, Alba Maria Lemme. A Informática e os problemas escolares de aprendizagem. Rio de Janeiro, RJ: DP&A Editora. 2001.


Autor: José De Ribamar Dos Santos Pereira


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