O consumismo e o consumerismo



O Consumismo e o Consumerismo

Antônio Padilha de Carvalho

Posso comprar um carro, ir ao shopping ou não tomar um sorvete. Toldos os nossos atos são conseqüências do nosso livre arbítrio.

Quando resolvi comprar aquele objeto, será que não acabei caindo em alguma cilada das mensagens de marketing às quais estamos expostos diuturnamente?

Ao adquirir o referido produto não o fiz com intuito de conseguir a “felicidade” proposta pela propaganda?

Somos receptores de anúncios muito bem elaborados por profissionais regiamente pagos, para convencer-nos de que a satisfação está nas coisas. Então qual é a nossa atitude: acabamos adquirindo objetos somente para ver se os anúncios são verdadeiros em suas mensagens.

Dessa forma, nasce a chamada sociedade de consumo que tem como características básicas: A oferta excede a procura, o que implica a utilização do recurso estratégico das propagandas, a fim de fazer escoar a produção;

Nessa sociedade de oferta de bens normalizados, os produtos são fabricados a baixos custos que resultam da produção em série, atrativos e de duração efêmera, pois as necessidades de produzir e escoar são permanentes; Daí precisarmos sempre estar tocando os móveis, os celulares, os computadores e etc, justamente pelo fato de serem produzidos para durarem pouco tempo, eis o fenômeno da obsolescência planejada.

Às vezes, os profissionais de marketing introduzem deliberadamente a obsolescência em sua estratégia de produto, com o objetivo de gerar um volume de vendas duradouro reduzindo o tempo entre compras sucessivas. Um exemplo poderia ser o de uma máquina de lavar roupa, que é deliberadamente projetada para deixar de funcionar cinco anos após a compra, obrigando os consumidores a comprar outra máquina para os próximos cinco anos [2] Numa indústria altamente competitiva, esta estratégia costuma ser arriscada porque os consumidores podem comprar máquinas dos fabricantes concorrentes. A prática de obsolescência planejada é também considerada por muitos consumidores como um sinal de comportamento antiético.”(Wikipédia).

Com esses padrões de consumo massificados, a sociedade da qual participamos, devido aos tipos de ofertas e pressões exercidas, enche as casas com produtos anunciados pela publicidade, o que nem sempre é útil e necessário para o consumidor, que simplesmente aceita a sugestão e segue modelos de comportamentos propostos.

O reconhecido Geógrafo brasileiro, Milton Santos, afirma categoricamente: “A educação deve formar gente capaz de se situar corretamente no mundo e de influir para que se aperfeiçoe a sociedade humana como um todo”.

A sociedade está reagindo, hoje ao invés de consumistas, deparamos com consumeristas, que buscam através de reuniões, movimentos ou associações, defenderem os seus interesses, exigindo direitos à informação, segurança, qualidade etc...

Eis as dez regras de ouro para um comportamento Consumerista: I-Devemos recusar comprar bens produzidos por processos poluentes ou processos de grande crueldade e violência sobre animais; II-Não devemos desperdiçar energia. Mesmo com as luzes no vermelho, estamos a consumir desnecessariamente eletricidade; III–É mais barato poupar um litro de água do que purificar um litro de água contaminada; IV-Não faça fogo nem deixe o lixo que produziu; V–Reduza, recicle, reutilize e seja moderado com o ar condicionado e aquecedor; VI–Prefira os bens produzidos em nosso país. Os bens que vêm de outros países requerem transporte e armazenamento; VII-As energias alternativas não são poluentes; VIII–O consumo de bens biológicos é bom para o consumidor e para o ambiente; IX-Use transportes públicos; X- Compre apenas o necessário. Dê o exemplo. Transmita boas práticas.

Vai agora aí um convite: Que tal ser Consumerista?

 Antônio Padilha de Carvalho é professor, escritor, acadêmico de Geografia da UFMT e Presidente do IMPDrog – Instituto Mato-grossense de Prevenção às Drogas.

 

 


Autor: Antonio Padilha De Carvalho


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