Benefícios do aleitamento materno e a influência do enfermeiro como educador



 

INTRODUÇÃO

 

O aleitamento materno é considerado um dos pilares fundamentais para a promoção e proteção da saúde das crianças em todo o mundo. A superioridade do leite humano como fonte de alimento, de proteção contra doenças e de afeto fazem com que especialistas do mundo inteiro recomendem a amamentação exclusiva por quatro a seis meses de vida do bebê e complementado até pelo menos o final do primeiro ano de vida da criança (REZENDE et al; 2008).

Segundo Ministério da Saúde (2005), é preconizado a prática do aleitamento materno exclusivo até seis meses e complementado até dois anos de idade, ou mais, visando melhorar a qualidade de vida e reduzir a desnutrição, a mortalidade infantil e as doenças crônicas não transmissíveis na idade adulta.

Profissionais enfermeiros capacitados devem estar ao lado da mãe orientando-a no início do aleitamento e ajudando-a na busca de soluções para suas dúvidas, devendo estar próximo durante e após o parto, auxiliando as mães nas primeiras mamadas do recém-nascido (RN), para que o aleitamento materno seja iniciado o mais precoce possível, de preferência imediatamente após o parto (REZENDE et al ; 2008).

Na tentativa de tornar a atenção à saúde da mulher mais humanizada já é possível notar que a consulta pré-natal vem garantindo um atendimento mais global, ou seja, o momento da consulta é aproveitado também para a realização de orientações, tais como questões sobre o aleitamento materno.

Diante disso, surgiu o interesse em responder aos seguintes questionamentos feitos através desta pesquisa: (O aleitamento materno traz benefícios ao bebê/criança e a mãe? O enfermeiro “educador” influencia na prática do aleitamento materno?), que nos levaram a concluir que o aleitamento materno traz benefícios ao bebê/criança e a mãe e que o enfermeiro “educador” influencia na prática do aleitamento materno.

Busca-se com a pesquisa, conhecimento atualizado para os profissionais de saúde, a fim de que haja uma reflexão dos mesmos quanto ao seu “papel” de educadores além de melhorar o cenário de atuação, promovendo a amamentação e ajudando as nutrizes a superar uma série de obstáculos, almejando conhecer os benefícios do aleitamento materno e qual a influência do enfermeiro como educador, fazendo assim com que o conhecimento da gestante em relação à amamentação contribua para o seu sucesso.

 

PROCEDIMENTOS METODOLOGICOS

 

Este estudo trata-se de uma pesquisa quantitativa de natureza exploratória e descritiva, com delineamento de pesquisa bibliográfica que segundo Gil (2008), é desenvolvido com base em material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos.

Para realização do levantamento bibliográfico foi utilizada a fonte da internet da Biblioteca Virtual em Saúde do Ministério da Saúde (BVS), onde foram consultados os bancos de dados LILACS.

Para busca bibliográfica utilizou-se dos termosem língua Portuguesa. Aspalavras chaves utilizadas para o levantamento bibliográfico no LILACS e SCIELO, foram respectivamente: “enfermagem”, “aleitamento materno” e “educação em saúde”.

Realizou-se o levantamento bibliográfico com base na necessidade de abrangermos o conhecimento acerca da importância da educação em saúde para o aleitamento materno.

Foi considerado para esta revisão o período de nove anos que compreende os anos de2000 a2009. Este período foi considerado pelo fato de encontrarmos maior número de publicações de artigos com o tema pesquisado.

A população deste estudo constou dos artigos indexados no LILACS e no SCIELO, perfazendo um total de 25 artigos e 3 Manuais do Ministério da Saúde indexados no site do Ministério da Saúde. A amostra foi composta por um manual do Ministério da Saúde e 10 artigos indexados nos referidos bancos de dados citados anteriormente.

Os dados foram coletados no primeiro semestre de 2009. Este período comportou a realização do levantamento bibliográfico, leitura e interpretação dos artigos e o preenchimento do instrumento da coleta de dados para análise.

            Os dados foram analisados através da exposição das freqüências absolutas e relativas em tabelas e quadros, com respectiva discussão conforme as seguintes categorias de análise: caracterização da produção científica; benefícios do aleitamento materno; influência do enfermeiro como educador no aleitamento materno;

 

RESULTADOS E DISCUSSÃO

 

Para melhor entendimento sobre os dados desta pesquisa e demonstração do alcance dos objetivos apresentaremos os resultados e discussão em três etapas, que são as categorias de análise, respondendo aos objetivos do estudo.

 

Caracterização da produção científica

 A análise de dados foi feita considerando os 10 artigos e um manual do Ministério da saúde, que atenderam aos critérios para inclusão na pesquisa, totalizando 11 publicações como amostras deste estudo.

As publicações foram localizadas através de três fontes de dados que estão evidenciadas na Tabela 1.

 

Tabela 1. Distribuição da Amostra segundo fonte de localização do artigo. Diamantino, Mato Grosso, 2010.

Localização

Número

%

Lilacs

Scielo

Ministério da Saúde

3

7

1

27,28

63,63

9,09

Total

11

100

  

Observa-se na Tabela 1, que o Manual – documento teórico elaborado pelo Ministério da Saúde corresponde a (9,09%) das publicações, sendo que dos artigos encontrados (63,63%) estão indexados no Scielo e (27,3%) no Lilacs.

Dos artigos que estavam indexados em mais de um banco de dados (LILACS e no SCIELO) foram considerados aqueles que traziam o artigo na íntegra.

É possível descrever o Scielo (Scientific Electronic Library Online) como um modelo para a publicação eletrônica de periódicos científicos na Internet, voltado às necessidades da comunicação científica nos países em desenvolvimento e particularmente no Brasil, América Latina e Caribe. Já o LILACS é uma base de dados cooperativa do Sistema BIREME, que compreende a literatura relativa às ciências da saúde, publicada nos países da região, a partir de 1982. Está disponível em português, espanhol e inglês.

O BIREME (Centro Latino Americano e do Caribe de Informação em Ciências da Saúde) é um centro especializado da Organização Pan-Americana da Saúde - OPAS, estabelecido no Brasil desde 1967, que tem por finalidade promover o acesso à informação científico-técnica em saúde. A BVS (Biblioteca Virtual em Saúde) é um site composto por fontes de informação em ciências da saúde para atender às necessidades de informação científico-técnica de profissionais e estudantes da área.

Os sites que trazem maior número de artigo foram selecionados porque são de fácil acesso e permitem uma pesquisa ampla, uma vez que são feitas publicações de vários países, permitindo uma variedade de assuntos que possibilita uma pesquisa de qualidade, podendo ser percebido, porém que a maioria das pesquisas são de campo.

Para a amostra estudada foram considerados o número e a porcentagem de artigos em relação ao ano de publicação conforme a Tabela 2.

 

Tabela 2. Distribuição da Amostra segundo o Ano de publicação do Artigo. Diamantino, Mato Grosso, 2010.

Ano

Número de Artigos

%

2000

2001

2002

2003

2004

2005

2006

2007

2009

 

1

-

1

1

3

-

3

1

1

9,09

-

9,09

9,09

27,27

-

27,27

9,09

9,09

Total

11

100

 

Verifica-se na Tabela 2, que o número de publicações não teve grandes variações no decorrer dos anos. Mostrando alternação entre (9,09%) e (27%).

De acordo com as amostras selecionadas os anos com maior número de publicações foram 2004 e 2006, que tiveram pequena diferença em relação aos demais anos, sendo perceptível a proximidade das datas e possível influência do desenvolvimento de campanhas e propagandas para o número de publicações.

Os dados referentes à identificação da Cidade de origem dos artigos e ano de publicação estão distribuídos no Quadro 1.

Cidade de

Origem

2000

2002

2003

2004

2006

2007

2009

Total

Brasília

-

-

-

-

1

-

-

1

Recife

-

1

-

1

-

-

-

2

Rio de Janeiro

-

-

1

-

-

1

1

3

São Paulo

1

-

1

1

2

-

-

5

Total

1

1

1

3

3

1

1

11

Quadro 1. Distribuição das amostras segundo Cidade de origem e ano de publicação. Diamantino, Mato Grosso, 2010.

 

Verifica-se que São Paulo foi o estado que mais produziu artigos (45,45%), seguido do Rio de Janeiro com (27,27%), Recife com (18,19%) e Brasília apresentou (9,09%).

Nota-se que no decorrer dos nove anos estudados São Paulo foi o Estado que publicou de forma constante artigos sobre Aleitamento Materno,em seguida Riode Janeiro e depois deste nenhum outro estado produziu de forma significativa o tema estudado.

No Rio de Janeiro as publicações tiveram freqüência após o ano de 2007. O fato de São Paulo ter sido onde mais ocorreram publicações pode ter relação com o fato de as primeiras universidades do país terem sido fundadas ali e ainda ser a região com maior índice em pesquisas, com projetos de mestrado e doutorado.

Destaca-se na Tabela3 adistribuição da amostra segundo a titulação do primeiro autor.

 

Tabela 3. Distribuição da amostra segundo a titulação do primeiro autor. Diamantino, Mato Grosso, 2010.

TITULAÇÃO

NÚMERO

%

Estudante de Enfermagem

Enfermeiro com Especialização

Enfermeiro com Mestrado

Médico com Mestrado

Médico com doutorado

Dado não identificado

Total

1

1

2

1

4

2

11

9,09

9,09

8,19

9,09

36,35

18,19

100

 

A Tabela 3 permite analisar que a maior parte dos artigos teve médicos como primeiros autores, e a titulação mais freqüente entre os autores é a de médico com doutorado (36,35%), seguido de enfermeiro com mestrado (18,19%), Enfermeiro com Especialização (9,09%), Médico com Mestrado (9,09%), e estudante de enfermagem com (9,09%). Dos referidos artigos (18,19%), não tinham estes dados e nem foram encontrados no Currículo Lattes.

É possível melhorar o desempenho dos profissionais da estratégia de saúde da família em relação à amamentação, o que determina o compromisso social de sensibilizar e capacitar toda equipe. Essa tarefa torna-se fundamental diante de estudos que assegurem a importância e a efetividade de atividades de promoção do aleitamento materno (CALDEIRA, 2007).

Ao considerar Caldeira, pode-se dizer que por se tratar de um profissional envolvido com a educação permanente, o enfermeiro deveria ser um dos profissionais que mais desenvolvessem pesquisas em relação ao aleitamento materno.

Em relação ao design metodológico a análise foi realizada de acordo com a relação do tipo e número de cada um deles.

 

Tabela 4. Distribuição da Amostra segundo design metodológico de cada artigo. Diamantino, Mato Grosso, 2010.

DESIGN

FREQUÊNCIA

%

Estudo Qualitativo

Estudo Avaliativo-normativo

Estudo descritivo

Pesquisa Bibliográfica

Estudo Analítico

Estudo Transversal

2

2

1

2

2

2

18

18

10

18

18

18

Total

11

100

 

 

Os design que compuseram os estudos de pesquisa foram estudo qualitativo (18%) das amostras, o estudo Avaliativo-normativo (18%) das amostras, estudo descritivo com (9,09%) das amostras, estudos Analíticos com (18%) das amostras, estudo Transversal com (18%) artigos, sendo que a pesquisa bibliográfica ficou com  (18%), sendo que estes se referem a revisão de literatura.

As pesquisas descritivas, segundo Gil (2008), têm como objetivo primordial a descrição das características de determinada população ou fenômeno, ou então o estabelecimento de relações entre variáveis. São incluídas neste grupo as pesquisas que tem por objetivo levantar opiniões, atitudes e crenças de uma população.

A pesquisa bibliográfica é desenvolvida com base em material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos. A principal vantagem da pesquisa bibliográfica reside no fato de permitir ao investigador a cobertura de uma gama de fenômenos muito mais ampla do que aquela que poderia pesquisar diretamente (GIL, 2008).

A pesquisa bibliográfica permite analisar o estudo de vários autores e criar novos dados que possam contribuir para o ensino e pesquisa, sendo que a pesquisa de campo é a mais elaborada. Sendo assim de acordo com o objetivo e a vivência de cada pesquisador pode-se descrever seu perfil e o tipo de estudo que mais se caracteriza com este.

A Tabela 5 refere o tipo de população estudada pelos pesquisadores nos artigos analisados.

 

 

 

 

Tabela 5. Distribuição da Amostra segundo o tipo de sujeito estudado. Diamantino, Mato Grosso, 2010.

Tipo de sujeito

Número

%

Usuários das unidades de Saúde

Profissionais de Saúde

Não se Aplica

6

2

3

54,54

18,19

27,27

Total

11

100

 

Observa-se na Tabela 5 que (54,54%) dos artigos apontam como objeto de pesquisa usuários das unidades de saúde, (18,19%) profissionais de saúde, enquanto (27,27%) o mesmo não se aplica por se tratar de revisão de literatura do Manual do Ministério da Saúde e artigos científicos.

A maioria dos pesquisadores opta por realizar estudos com usuários uma vez que isso possibilita a análise não só de fatos visíveis bibliograficamente, mas permite avaliar a realidade de acordo com a visão do paciente. Os profissionais de saúde geralmente fazem parte de estudos para analisar o desempenho da equipe ou do serviço desenvolvido.

O quadro 2 permite que a análise de quais benefícios foram citados com maior freqüência entre as publicações analisadas.

Benefícios do Aleitamento Materno

Número

%

Bebê

 

 

Proteção contra infecções

4

22,22

Ajuda no crescimento e desenvolvimento

7

38,89

Diminui o risco de diarréia

4

22,22

Diminui o risco de doenças respiratórias

3

16,67

Total

 

18

100

Mãe

 

 

Efeito contraceptivo

3

27,28

Involução Uterina

4

36,36

Proteção contra CA (Mama e útero)

4

36,36

Total

 

11

100

Sociedade

 

 

Impacto Social

6

50

Economia financeira

6

50

Total

12

100

Quadro 2. Distribuição dos Benefícios do Aleitamento Materno em relação ao número citações nas amostras pesquisadas. Diamantino, Mato Grosso, 2010.

 

Verifica-se no Quadro 2, que das publicações encontradas os benefícios ao bebe foram citados 18 vezes nas amostras analisadas, a ajuda no crescimento e desenvolvimento foi o beneficio mais citado (38,89%). Quanto aos benefícios à mãe, a involução uterina e a proteção contra o câncer de mama e útero foram os benefícios mais citados, (36,36%) cada item. Os benefícios para a sociedade foram citados por 12 vezes nos estudos, sendo o aleitamento materno considerado um impacto social e que traz benefícios para a economia financeira do país.

O leite materno é importante para prevenção das doenças que acarretam distúrbios nutricionais e para que a criança cresça forte e saudável, ajuda na economia familiar quando a criança é amamentada somente no peito e previne a desnutrição através do intervalo entre os partos (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2006).

Baptista (2009), reforça ainda dizendo que para a criança também são relatados vários benefícios, como menores índices de mortalidade, morbidade por diarréia, desnutrição, doenças respiratórias, otites, diabetes mellitus, alergias em geral, dermatite atópica, rinite alérgica e obesidade.

Segundo Giugliani (2000), o aleitamento materno protege a mulher contra o câncer de mama e de ovário, ampliando o espaçamento entre os partos. A eficácia da lactação como anticoncepcional é de 98% nos primeiros 6 meses após o parto, desde que a amamentação seja exclusiva ou predominante e que a mãe se mantenha amenorréica. Outra vantagem para a saúde da mulher que amamenta é a involução uterina mais rápida, com conseqüente diminuição do sangramento pós-parto e de anemia.

De acordo com Matuhara & Naganuma (2006), a longo prazo, as mulheres que amamentaram têm menor risco de osteoporose, menor incidência de câncer de mama na pré-menopausa, e de câncer de ovário.

Neste sentido, Marques (2006), enfatiza que é inegável a importância do aleitamento materno na nutrição das crianças, sendo consenso que o aleitamento materno exclusivo, principalmente nos primeiros 6 meses de vida, seja a forma mais adequada e ideal para se alimentar uma criança, suprindo todas as suas necessidades nutricionais para que mantenha seu crescimento dentro da normalidade nesse período, assim a amamentação é importante para a criança, para a mãe, para a família e para a sociedade em geral.

Matuhara & Naganuma (2006), citam como vantagens econômicas que a praticidade do leite materno é inquestionável, pois não há necessidade de misturar, aquecer ou esterilizar; ele está sempre disponível, na temperatura adequada.

Pode-se observar na Tabela7 arelação de influências exercida pelo enfermeiro como educador, no aleitamento materno.

 

Tabela 7. Distribuição das influências do Enfermeiro para o Aleitamento Materno, de acordo com o número de citações nas amostras. Diamantino, Mato Grosso, 2010.

Influência do Enfermeiro

Número

%

Processo de Adaptação

Promoção e Incentivo

Assistência no pré e pós-parto

Educação em Saúde

5

11

8

5

45,45

100

72,72

45,45

Total

29

100

 

Observa-se que na Tabela 7, que é citada mais de uma influência do enfermeiro como educador nas amostras, sendo que o Processo de Adaptação corresponde a (45,45%), Promoção e Incentivo (100%) sendo o fator de maior influência do enfermeiro, enquanto Assistência no Pré e pós-natal em (72,72%) amostras, e a Educação em saúde em (45,45%).

De acordo com Amorim & Andrade (2009), o enfermeiro tem um papel relevante dentro do programa de saúde da família junto a sua equipe, e o seu perfil pode ser um fator indispensável na assistência prestada junto à comunidade.

A estratégia de saúde da família deve assumir atividades preventivas como suas ações prioritárias. No âmbito da saúde materno-infantil, o incentivo ao aleitamento materno se apresenta como uma das principais ações para profissionais da atenção básica, sendo assim, avaliar o conhecimento desses profissionais representa, pois, uma estratégia de reconhecimento do cenário de apoio à prática da amamentação (CALDEIRA, 2007).

No momento pós-parto imediato, as mulheres manifestam-se cansadas, sonolentas e, ainda, em condições de dor, postura inadequada devido ao posicionamento na mesa de parto, estados de anestesia e recuperação, tais situações podem dificultar o processo de amamentação, é importante compreender como se processam as vivências do contato precoce e de amamentar o filho no momento de seu nascimento, na visão das mulheres/mães (MONTEIRO, 2006).

O profissional de saúde é importante no incentivo ao aleitamento materno, apoiando e instruindo a nutriz, através do acompanhamento pré-natal cuidadoso, formação de grupos de gestantes, alojamento conjunto, durante a puericultura e na promoção de campanhas de incentivo ao aleitamento (ESCOBAR, 2002).

Araújo (2006), cita que o enfermeiro dentro da equipe de saúde tem o papel educativo ao orientar sua equipe, capacitando-a para atuar tanto na parte educativa quanto na assistencial. Deve investir para que todas as dúvidas da sua equipe e das clientes atendidas sejam sanadas, possibilitando uma amamentação segura, tranqüila e que possibilitará uma vida saudável a muitas crianças, sendo também o enfermeiro um dos principais profissionais envolvidos na questão do aleitamento materno e saúde do escolar.

Uma das ferramentas de trabalho do enfermeiro é a educação em saúde, e para que haja uma resposta positiva quanto a isso, é necessário constante planejamento e trabalho em equipe para que se consiga promover o aleitamento tanto nas Unidades Básicas de Saúde quanto nas Unidades Hospitalares. Cabe ao enfermeiro realizar as orientações e até mesmo sensibilizar sua equipe para que possa dar continuidade nesse processo e conseqüentemente melhorar o atendimento às nutrizes.

 

CONCLUSÃO

 Este trabalho permitiu abordar aspectos relevantes acerca da importância da educação em saúde para o aleitamento materno, abordando o papel do enfermeiro como educador e a influência que este pode exercer para promover o aleitamento materno, assim como foram destacadas as assistências de enfermagem que devem ser prestadas e as maneiras de se desenvolver um aleitamento correto, confirmando a hipótese suposta.

A caracterização das publicações demonstra que a maioria das amostras foram indexadas no Scielo (63%), tendo sido publicados entre os anos de 2004 e 2006. São Paulo foi o estado que mais publicou artigos no período pesquisa, tendo como autores principais médicos com doutorado. Os benefícios que mais foram citados para o bebe foram crescimento e desenvolvimento, para a mãe proteção contra câncer e involução uterina, e para a sociedade o impacto social e economia financeira.

O aleitamento materno é de suma importância para a mãe, bebê e sociedade, pois promove a melhora na qualidade de vida e a saúde da mulher e da criança. É provável que algumas gestantes possam sentir-se mais a vontade para falar livremente com o enfermeiro do que com outro profissional.

Geralmente os enfermeiros têm mais disponibilidade para dar atenção as gestantes, pois permanecem maior tempo no serviço, do que os profissionais de medicina, mesmo tendo conhecimento de que o enfermeiro não é único profissional responsável pela educação em saúde e promoção do aleitamento materno, cabe ressaltar que sua influência é de suma importância para incentivo não só dos usuários dos serviços de saúde, mas para a educação permanente da equipe. O enfermeiro, como responsável técnico pela equipe de enfermagem, deve distinguir-se pela liderança, pelo saber técnico, específico e científico de sua área de atuação.

Conclui-se que o “olhar” mais abrangente vêm em momento crescente, os dados analisados mostraram que com o passar do tempo vem aumentado o interesse por essa temática, então acredita-se que amamentar é uma prática bastante significativa para uma sociedade mais saudável e a enfermagem vem focando essa responsabilidade buscando cumprir sua parte.

 

REFERÊNCIAS

ARAÚJO, M.F.M., BESERRA, E.P., CHAVES, E.S.;. O papel da amamentação ineficaz na gênese da obesidade infantil: um aspecto para investigação de enfermagem. Acta Paulista de Enfermagem. Vol 4. São Paulo, 2006.

 BAPTISTA, G.H., ANDRADE, E.H.K.H.G.; GIOLO, S.R.; Fatores associados ao aleitamento materno em crianças de famílias de baixa renda da região sul da cidade de Curitiba, Paraná, Brasil. Caderno de Saúde Pública, Rio de Janeiro, 2009.

 BRASIL. FEBRASGO. Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia. Aleitamento Materno Manual de Orientação. São Paulo. 2006.

 CALDEIRA A. P. AGUIAR, G.N.; MAGALHÃES, W.A.C.; FAGUNDES, G.C.; Conhecimentos e Práticas de Promoção do Aleitamento Materno em Equipes de Saúde da Família em Montes Claros, Minas Gerais, Brasil. Caderno de Saúde Pública vol.23 no.8 Rio de Janeiro Aug. 2007.

 DUBEUX, L.S. FRIAS, P.G.; VIDAL, S.A.; SANTOS, D.M.; Incentivo ao aleitamento materno: uma avaliação das equipes de saúde da família do município de Olinda, Pernambuco. Revista Brasileira Saúde Materno Infantil, v. 4, n. 4, 2004.

 ESCOBAR, A.M.U., OGAWA, A.R.; HIRATSUKA, M.; KAWASHITA, M.Y.; TERUYA, P.Y.; GRISI, S. Aleitamento materno e condições socioeconômico-culturais: fatores que levam ao desmame precoce. Revista Brasileira de Saúde Materno Infantil. Vol.2. nº 13. São Paulo. 2002.

 GIL, Antonio Carlos. Como Elaborar Projetos De Pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2008.

 GIUGLIANI E.R. J. O Aleitamento Materno na Prática Clínica. Jornal de Pediatria - Vol. 76, Supl.3, 2000.

 MARQUES, R.F.S.V., LOPES, F.A., BRAGA, J.A.P.; O crescimento de crianças alimentadas com leite materno exclusivo nos primeiros 6 meses de vida. Revista Chilena de Pediatria. v.77.nº.5. Santiago, 2006.

 MATUHARA, A.M E NAGANUMA, M., Manual instrucional para aleitamento materno de recém-nascido pré-termo. Revista de Pediatria, vol. 28, 2006.

 MONTEIRO,J.C.S., GOMES, F.A., NAKANO, A.M.S. Percepção das Mulheres acerca do contato precoce e da amamentação em sala de parto. Revista Acta Paulista de Enfermagem. Ribeirão Preto – SP, 2006.

 REZENDE, O.S. FERREIRA, G.F., PERES, H.B., VIDA, R.A.A., COSTA, V.L.D; BICALHO, E.F. Aleitamento Materno:A Atuação do Enfermeiro no incentivo a amamentação em Patos de Minas, 2008. Minas Gerais. (Mestradoem Historia Cultural) Dissertação – Faculdade Patos de Minas (FPM).  2008.

 SANTIAGO, L.B. BETTIOL,H., BARBIERI, M.A., GUTTIERREZ, M.R.P., CIAMPO,  L.A.D. Incentivo ao aleitamento materno: a importância do pediatra com treinamento específico. Jornal de Pediatria. Sociedade Brasileira de Pediatria, vol.76, nº.1 Maio 2005.


Autor: Ellis Almeida Silva


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