Respeito, direitos e corpos.



 *Jose Antonio Loyola Fogueira

Quando falamos de direitos, na maioria das vezes, em primeiro lugar está o nosso direito, e não são poucos, tenho direito, a isso e aquilo outro, a todo o momento e a qualquer custo o meu direito deve ser respeitado, será que é mesmo assim?  E se o meu direito ferir o direito do meu semelhante, será ele um direito? Ou estaria eu ferindo o RESPEITO ao direito alheio, onde termina o meu direito e começa o direito do meu semelhante?

Entre o ter ou não ter direitos, existe uma linha invisível chamada por alguns sábios antigos que povoam nosso imaginário nossos avôs chamados de bom senso, ainda dizem mais caldo de galinha e bom senso não faz mal a ninguém, assim sendo, todo meu direito termina quando ele fere ou interfere no direito do outro, assim devemos proceder na construção de uma sociedade fraterna e justa construindo a CIDADANIA dos brasileiros. 

Na construção da cidadania, desde jovens devemos primar pelo olhar da IGUALDADE direitos, quando eu nego o direito a alguém ou a algo, por questões de DOGMAS sejam religiosos ou filosóficos este mesmo, direito poderá  a mim também ser negado, pois o direito, é uma prerrogativa que todos temos, salvo quando este direito esta na contramão da lei estabelecida, assim o melhor é analisar e discutir os motivos porque temos e porque queremos direitos.

O SEXO é bom, é inegável, se vem acompanhado da responsabilidade no direito do respeito ao corpo, ele se torna algo prazeroso, homens e mulheres na atualidade buscam uma igualdade de DIREITOS quanto a sexualidade e o seu exercício, de fato se existe o respeito o direito deve ser estendido a ambos, em consonância com suas responsabilidades, como SAÚDE, higiene, controle e prevenção.

Estar preparado (a) para o exercício da sexualidade independe da explosão hormonal de moças e rapazes, tem muito mais haver com entender as conseqüências de uma relação sexual, quando não planejada , quando não pensada, pois neste momento o prazer, dá lugar a angustia, a inquietação às duvidas, estaremos nós preparados no caso de uma DST, HIV, ou uma GRAVIDEZ não planejada.

Dispor do nosso corpo é algo inerente a cada pessoa, e diz a respeito somente a ela, será?, E se essa disposição do corpo colocar em uma situação de vulnerabilidade, a se e outrem, e se dessa CONDUTA gerar danos coletivos, onde outras pessoas, mesmas alheias a essa ação praticada, venha a sofrer as conseqüências sendo arrastadas a um processo de conflito no qual não desejava estar, estaremos respeitando os direitos dos outros quando sem planejar dispomos do nosso corpo simplesmente por ser um direito pessoal?

Parar e PENSAR: converse antes de agir, seu parceiro ou sua parceira deverá te ouvir, até por uma questão de amor, PRAZER ou tesão, o dialogo será primordial, para que se evite uma discussão posterior com frases do tipo: “A CULPA É SUA!!!”. Quando falamos de culpa em uma relação, a mesma está com problemas, faltou o respeito por se e pelo outro no planejar e na execução dos atos, resta então a CULPA.

Quando culpamos alguém ou algo, dizemos ou aceitamos que a ação praticada colocou as partes envolvidas, em uma situação de VULNERABILIDADE, que dependendo da ação poderia ser remediada evitada ou transformada, para não causar  danos às pessoas envolvidas na ação. Essa vulnerabilidade é o que tentamos através de APRENDIZAGENS e ensinamentos diminuir ou se possível neutralizar, através de uma ação estratégica bem elaborada e executada.

Sim eu me respeito! E respeito o meu semelhante e por isso que em uma relação que envolva uma ação praticada pelos dois devemos conversar, e chegarmos a um consenso satisfatório para ambos, onde o resultado das ações deixe todos felizes e despreocupados. Quando todas as medidas de PREVENÇÃO a problemas forem pensadas e analisadas antes de serem executadas, assim a vida torna-se fácil e gostosa de ser vivida.

Jose Antonio Loyola Fogueira é militante do movimento LGBT baiano, ativista social em Direitos Humanos e Cidadania.

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Autor: Jose Antonio Loyola Fogueira


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