Ontem



Ontem traí. Ontem. Há um ano atrás também. Talvez seja um ciclo que se repete. Talvez seja uma fraqueza de espírito que se manifesta a cada 365 dias. Talvez falta de força de vontade mesmo. Ou talvez seja o laço. Laço apertado, com nós duplos e bem amarrados. Laços que não são soltos nem livres, mas que sempre acabam por se cruzar. São nós. Nós que já não mais identifico. Nós. Nós que somos não mais que laços de cores e sabores, texturas e tamanhos incontáveis. Laços que nos fazem ser, crescer, conhecer. e não nós. Nós não somos nós. Nós intrincados, bem definidos e compactados, que são firmes e seguros... Seguros? Nós cegos e vertiginosos que se esquecem que podem balançar ao vento dos dissabores mas sempre se cruzar. Como os laços. Laços da comunhão dos mesmos, dos diferentes, do elogio à vida, do clichê amor. Mas não nós. Não nós... Ontem traí. Laço ou nó? E nós?


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