Não atirem suas pérolas aos porcos .....



 Não atirem suas pérolas aos porcos .....

 A “Mishná “o primeiro grande escrito de redação judaica., nos ensina que há quatro tipos de atitudes  (de relacionamento) entre os homens: aquele que diz :

 "o meu é meu, o teu é teu", e o tipo médio;

 “o meu é teu e o teu é meu", é o ignorante;

 "o meu e teu e o teu e teué o piedoso;

 "o teu é meu e o meu é meu", é o perverso.

  .A primeira atitude

 Nas questões de ética, temperamento e comportamento pessoal, o caminho da virtude é a medida correta, enquanto o vício é um extremo, um excesso ou falta.

Portanto, entre as atitudes citadas, podemos rejeitar a quarta como claramente pervertida - egoísta e extrema - e a terceira como o extremo oposto - demasiado altruísta ou utópica; poderíamos escolher a primeira como a melhor equilibrada e razoável: "o meu é meu, o teu é teu".

 Mas porque, então, há quem diga que é do tipo social injusto?

 Se ponderarmos, contudo, esta primeira atitude, de "meio termo", dependendo das condições, pode ser louvável ou, ao contrário, uma autêntica reminiscência da injustiça

 Se um juiz recusa suborno, dizendo "o meu é meu, o teu é teu", ele está agindo esplendidamente.

 Se a indústria de uma nação adotar a mesma atitude e estabelecer preços razoáveis para deter a inflação, estará seguindo o meio termo utópico.

O mesmo sucederia se os sindicatos organizados se satisfizessem com salários razoáveis para seus membros.

 São dignos de louvor aqueles lugares onde estas medidas são adotadas e as pessoas não tentam exigir ou obter mais do que necessitam ou merecem.

 Mas se um homem rico fizesse desta atitude a sua norma de vida e dissesse; "Me contentarei com o que é meu e que os demais se contentem com o pouco que tem”  e se tal política fizesse com que as pessoas descuidassem das necesssidades do próximo, retornaríamos  justamente ao conceito do social injusto.

 No caso um pode ser beneficiado e outro perde. Também este "meio termo razoável" como atitude em particulares, se transformará na filosofia da sociedade ou comunidade.

Se o egoísmo e a indiferença tornarem se as atitudes da cidade inteira a hostilidade tácita passa a prevalecer.

 Se voce e um respeitador dos direitos do outro, com integridade e honestidade, "o meu é meu, o teu é teu", pode ser uma atitude digna de elogios, capaz de trazer paz e estabilidade.

 A segunda atitude

 A primeira vista, a segunda atitude parece tão absurda que nos perguntamos porque se menciona.

 A história mostra, porém, que até os dias de hoje, as pessoas continuam a escolhê-la, a pregá-la e a tentar viver por ela.

 Os países comunistas são seus maiores defensores. Em essencia, trata - se de uma reação à primeira atitude, a do " o meu é meu, o teu é teu", em que tal política regeu a sociedade duradoura e impiedosamente que os "que têm" se tomaram indiferentes, egoístas, brutais, enquanto os "que não têm" vivem na miséria extrema.

 A partir daí, surge a visão de uma sociedade que erradicará a horrível linha divisória entre eles; todas as propriedades e dinheiro passam a pertencer ao grupo; de seu fundo comum, cada um receberá uma quantidade razoável.

 Como estabelece a doutrina comunista, "de cada um segundo sua habilidade; a cada um segundo suas necessidades"- que não exista acúmulo de riquezas nem pobreza insuportável.

 Apresentada desta forma, a atitude parece prometer bênçãos; Mas a resposta e que esta teoria demonstra uma total ignorância da natureza humana.

 Os comunistas não foram os primeiros a formular esta teoria ou a tentar viver segundo ela. Muitas e muito custosas foram as tentativas utópicas feitas neste sentido, e todas fracassaram.

 A terceira atitude

 Aprendemos que o homem de fé que não apenas segue à risca a letra da lei mas vai além.

 Não é que ele seja um tolo que dá sua carteira para a primeira pessoa que vê na rua. O que isto significa é que, se houver uma discussão na qual as linhas demarcatórias entre "meu" e "teu" não estiverem claras, o homem de fé prefere ceder algo que pode realmente pertencer a ele.

 Com fé no mundo espiritual que acabará prevalecendo, o homem não espera ser pago ou recompensado por cada ato ou favor que faz.

 Espontaneamente, emprestará coisas de que não necessita imediatamente, ou atuará como mensageiro e fará mil e um favores a quem os pedir e não exigirá nada em troca. Ainda que não se faça um banquete cm sua homenagem, não se amargará nem mudará sua atitude de "o meu é teu e o teu é teu".

 A quarta atitude

 Esta é a atitude de uma pessoa maliciosa que, tanto no jogo de cartas como nos negócios sai "em busca de sangue.

 Tudo o que faz é como um movimento importante em meio a uma luta até a morte, a qual está determinado a vencer para tirar vantagem e ver o que pode tirar do outro. Este homem é um verdadeiro malvado: viola o espírito e a letra da Lei.

 O último dos Dez Mandamentos diz: "Não cobiçarás a casa de teu próximo, não cobiçarás a mulher de teu próximo, nem seu servo, nem sua seiva, nem seu boi, nem seu asno, nem coisa alguma que seja do teu próximo»" . Aprenda a controlar seus desejos.

 Podemos então compreender as seguintes parabolas

 Em umas palavras o Mestre ensina :

 Ouvistes que foi dito: Olho por olho, e dente por dente. Eu, porém, vos digo que não resistais ao mal; mas, se qualquer te bater na face direita, oferece-lhe também a outra; E, ao que quiser pleitear contigo, e tirar-te a túnica, larga-lhe também a capa; E, se qualquer te obrigar a caminhar uma milha, vai com ele duas. Dá a quem te pedir, e não te desvies daquele que quiser que lhe emprestes. (Mat 5:38-42)

E em outras palavras o Mestre também ensina : Não dêem o que é sagrado aos cães, nem atirem suas pérolas aos porcos; caso contrário, estes as pisarão e, aqueles, voltando-se contra vocês, os despedaçarão."Mateus 7:6

 

 


Autor: Moussa Simhon


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