Tratamento e prevenção no câncer da próstata



Câncer da Próstata - Conhecer Prevenir e Tratar

O diagnóstico do câncer de próstata já pode ser feito pelo teste  do PSA (Antígeno Prostático Específico) – substância produzida pela próstata, mais especificamente pelo epitélio prostático, que possui a função de liquefazer o coágulo seminal. Para que o exame seja analisado de forma correta pelo médico é preciso que o paciente tenha um histórico de pelo menos 4 anos de exames realizados,onde em observando uma alteração media de 0,75ng/ml por ano terá significado clinico considerado.

Utilizado desde a década de 80 como uma nova arma para o diagnóstico do câncer de próstata, o exame de PSA é cada vez mais comum como marcador de tumor na próstata, importante para determinar, acompanhar e monitorar esse tipo de lesão.

A quantidade de PSA detectado no paciente é que pode definir a propensão de um tumor prostático. Considera-se um comprometimento da próstata um aumento de 8 (oito) a 10 (dez) vezes a faixa limítrofe para o exame (4ng/ml) pela medicina. Vale ressaltar que existem outros fatores que alteram os índices de PSA no corpo do paciente como infecção urinária e determinadas medicações como, por exemplo, anti-androgênicas, finasteride e dutasteride. Em Prostatites crônicas e agudas e Hiperplasias (inflamações do órgão), o paciente também terá um índice elevado de PSA, portanto somnte o resultado isolado do PSA nãopode ser considerado, o paciente deve  se submeter aos outros parâmetros clínicos e exames físicos, como, por exemplo, o toque retal.

Atualmente o PSA é um teste muito importante para a detecção precoce do câncer de próstata, mas a combinação com o toque retal e biopsia, pois alguns pacientes com tumores podem registrar um PSA menor que 4,0 ng/ml.

Câncer de próstata

Atualmente o tumor de próstata é a modalidade da doença que mais atinge os homens, sendo responsável por mais de 20% do total de casos. Existem estudos no  Brasil que apontam, a cada ano, são registrados 22 novos casos por 100 mil habitantes. O câncer de próstata costuma se manifestar dos 50 aos 80, quando é registrado 60% dos diagnósticos.

Em fase inicial, o tumor prostático não causa nenhum incômodo ao paciente. Os sintomas são obstrutivos (como jato fino; fraco, intermitente, com presença de um esforço iniciale retenção urinária aguda) e irritativos (como aumento da frequência miccional, disuria e urgência miccional), o que aumenta a necessidade de realizar os exames preventivos (PSA e toque retal em todos os homens acima de 45 anos de idade ou acima de 40 anos se tiver antecedentes familiares de câncer de próstata). As dores ósseas ocorrem em uma fase mais tardia, quando já ocorreu a disseminação do tumor em outros órgãos como gânglios, ossos, fígado e pulmão.

O câncer de próstata pode ocorrer em todos independente,porém tem uma predominância maior na raça negra e menor na raça amarela. A medicina ainda não descobriu a causa, mas já se sabe que não há uma relação com hábitos sexuais, alimentares ou vícios (fumo, álcool e outros).

Os hábitos alimentares saudáveis e atividades físicas são úteis para qualquer situação como para o coração e hipertensão e, também, para próstata e reto. Atualmente para o diagnóstico do câncer de próstata são utilizados testes de PSA, toque retal, biopsia e rebiopsia de próstata. precoce do câncer, ele adiciona muito pouco ao toque retal e dosagem de PSA.

Sobre o exame de PSA.

A coleta deste exame deve ser realizada obedecendo aos seguintes cuidados: 
Jejum de 8 horas e ausência de ejaculação 2 dias antes da coleta; 
Não ter feito uso de supositórios, não ter realizado toque retal ou sondagem 2 dias antes da coleta; 
Não ter se submetido a ultrasonografia transretal nos últimos 7 dias; não ter realizado coleta para biópsia prostática (6 semanas)ou colonoscopia (15 dias) antes da coleta; 
Evitar exercícios como andar de bicicleta ou à cavalo 2 semanas antes da coleta; 
O uso de medicamentos, terapias (radioterapia, quimioterapia) ou cirurgias anteriores deve ser comunicado ao Profissional, no momento da coleta do material para análise.

 Tratamento (Wikipédia)

 O tratamento é variável, dependendo do estadia mento da neoplasia, que a grosso modo pode ser dividido em tumor localizado e tumor metastático.

O tratamento do tumor localizado pode ser cirúrgico ou radioterápico.

O tratamento de tumor metastático baseia-se no bloqueio hormonal da testosterona, inibindo assim o crescimento da massa tumoral sendo freqüentemente um tratamento adicional importante. Podem ser utilizados vários tipos de drogas com eficácia e efeitos colaterais variáveis que devem ser levados em conta no momento da escolha do tratamento.

Cirúrgico

A remoção cirúrgica da próstata, ou prostatectomia, é um tratamento comum tanto para os cânceres de estágio precoce, quanto para cânceres que falharam em responder àradioterapia. O tipo mais comum é a prostatectomia retropúbica radical, quando o cirurgião remove a próstata através de uma incisão abdominal. Outro tipo é a prostatectomia perineal radical, quando o cirurgião remove a próstata através de uma incisão no períneo, a pele entre o escroto e o ânus. A prostatectomia radical pode também ser realizadalaparoscopicamente, através de diversas pequenas incisões (1 cm) no abdômen, com ou sem o auxílio de um robô cirúrgico.

A prostatectomia radical é eficiente contra tumores que ainda não se espalharam além da próstata;[13] com as taxas de cura dependendo dos fatores de risco como o nível de PSA e escore de Gleason. Entretanto, ela pode causar lesão nos nervos que significativamente pode alterar a qualidade de vida de um sobrevivente do câncer de próstata. As complicações sérias mais comuns da cirurgia são incontinência urinária e impotência. Embora a sensação peniana e a habilidade de se atingir o orgasmo geralmente permaneçam intactas, a  ejaculação freqüentemente é prejudicada. Medicamentos como a sildenafila (Viagra), tadalafila (Cialis) ou vardenafila (Levitra) podem recuperar em algum grau a potência. Para a maioria dos homens com doença restrita à próstata, uma técnica cirúrgica que preserva os nervos pode ajudar a evitar a incontinência urinária e impotência.[14]

A prostatectomia radical tem tradicionalmente sido utilizada sozinha quando o câncer é pequeno. Quando há margens positivas ou doença localmente avançada, a radioterapia adjuvante pode oferecer uma melhor sobrevivência. A cirurgia também pode ser oferecida quando o câncer não responde à radioterapia. Entretanto, como a radioterapia causa mudanças teciduais, a prostatectomia após a radioterapia possui um risco maior de complicações.

A prostatectomia radical laparoscópica é forma mais moderna da clássica prostatectomia retropúbica radical. Em contraste com a cirurgia aberta do câncer de próstata, a prostatectomia radical não requer uma grande incisão. Utilizando tecnologia moderna, como a miniaturização e fibras ópticas, a prostatectomia radical laparoscópica é um tratamento minimamente invasivo para o câncer de próstata.

A ressecção transuretral de próstata, geralmente chamada de "RTU de próstata", é um procedimento cirúrgico realizado quando o canal entre a bexiga e o pênis (uretra) é bloqueada pelo aumento da próstata. A RTU de próstata é geralmente realizada para doença benigna (hiperplasia prostática benigna) e não é considerada um tratamento definitivo para o câncer de próstata. Durante o procedimento, um cistoscópio é inserido no pênis, e a próstata bloqueada é cortada.

Na doença metastática, quando o câncer já se espalhou além da próstata, a remoção dos testículos (chamada de orquiectomia) pode ser realizada para diminuir os níveis detestosterona e controlar o crescimento do câncer. (Ver terapia hormonal, abaixo)

Terapia hormonal

A terapia hormonal usa medicamentos ou cirurgia para impedir que as células do câncer de próstata adquiram dihidrotestosterona (DHT), um hormônio produzido na próstata que é necessário para o crescimento e dispersão da maioria das células do câncer de próstata. O bloqueio do DHT geralmente faz com que o câncer de próstata pare de crescer e até mesmo diminua. Entretanto, a terapia hormonal raramente cura o câncer de próstata porque os cânceres que inicialmente respondem à terapia hormonal geralmente se tornam resistentes após um ou dois anos. A terapia hormonal é então usada quando o câncer já se espalhou da próstata. Também pode ser administrada para alguns homens que estão sob radioterapia ou fizeram cirurgia, para prevenir o retorno de seu câncer.

A terapia hormonal para o câncer de próstata age nas vias metabólicas que o corpo usa para produzir a DHT. Um ciclo de retroalimentação envolvendo os testículos, hipotálamo,hipófise, supra-renais e próstata controla os níveis sanguíneos de DHT. Primeiro, os baixos níveis sanguíneos de DHT estimulam o hipotálamo a produzir hormônio liberador de gonadotrofina (GnRH). O GnRH então estimula a hipófise a produzir hormônio luteinizante (LH), o qual estimula os testículos a produzir testosterona. Finalmente, a testosterona dos testículos e a dehidroepiandrosterona das glândulas supra-renais estimulam a próstata a produzir mais DHT. A terapia hormonal diminui os níveis de DHT pois interrompe esta via metabólica em algum ponto.

Existem diversas formas de terapia hormonal para o câncer de próstata:

  • é a cirurgia para remover os testículos. Como os testículos produzem a maior parte da testosterona do corpo, a sua remoção cirúrgica faz com que os níveis de testosterona caiam logo em seguida. Com isso, a próstata não somente deixa de receber estímulo da testosterona para produzir mais DHT, como também não possui testosterona suficiente para transformá-la em DHT.Orquiectomia
  • Antiandrógenos são medicamentos como flutamida, bicalutamida, nilutamida, e acetato de ciproterona que diretamente bloqueiam as ações da testosterona e da DHT no interior das células do câncer de próstata.
  • Medicamentos que bloqueiam a produção dos andrógenos supra-renais como a DHEA incluem o cetoconazol e a aminoglutetimida. Como as glândulas supra-renais produzem somente cerca de 5% dos andrógenos do corpo, estes medicamentos são geralmente usados somente em combinação com outros métodos que possam bloquear os 95% de andrógenos produzidos pelos testículos. Estes métodos combinados são chamados de bloqueio androgênico total (BAT). O BAT também pode ser obtido com o uso de antiandrógenos.
  • A ação do hormônio liberador de gonadotrofina pode ser interrompida de duas maneiras. Os antagonistas do GnRH impedem a produção de LH diretamente, enquanto os agonistas do GnRH inibem o LH através de um processo de regulação para baixo (downregulation) após um efeito de estimulação inicial. Abarelix é um exemplo de antagonista do GnRH, enquanto os agonistas do GnRH incluem leuprolida, goserelin, triptorelin e buserelin. Inicialmente, os agonistas do GnRH aumentam a produção do LH. Entretanto, como o constante fornecimento desta medicação não coincide com o ritmo de produção natural do corpo, a produção de LH e GnRH diminui após algumas semanas.

Os tratamentos hormonais que mais têm sucesso são a orquiectomia e os agonistas do GnRH. Apesar de seu elevado custo, os agonistas do GnRH são geralmente escolhidos ao invés da orquiectomia, por questões cosméticas e emocionais.

Cada tratamento possui desvantagens que limitam seu uso em certas circunstâncias. Apesar de a orquiectomia ser uma cirurgia de baixo risco, o impacto psicológico da remoção dos testículos pode ser significante. A perda de testosterona também causa ondas de calor, ganho de peso, perda da libido, aumento das mama (ginecomastia), impotência e osteoporose. Os agonistas do GnRH podem causar os mesmos efeitos da orquiectomia mas podem causar piores sintomas no início do tratamento. Quando os agonistas do GnRH começam a ser usados, os aumentos de testosterona podem levar a uma dor aumentada nos ossos (originada do câncer metastático), então antiandrógenos são usados para diminuir estes efeitos colaterais. Os estrógenos não são comumente utilizados pois eles aumentam o risco de doença cardiovascular e trombose. Os antiandrógenos geralmente não causam impotência e geram menos dor nos óssos e massa muscular. O cetoconazol pode causar lesões no fígado com o uso prologando e a aminoglutetimida pode causar rashes cutâneos.

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Fonte de pesquisa “Wikipédia”


Autor: Emerson De Lima Taveira


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