Encruzilhada



Deparei-me com a encruzilhada da vida

Daquelas que todos falam que as escolhas são feitas

Em um dos caminhos um futuro eu avistei, era o mais distante

Porém, os passos eu contava por uma estrada já iniciada

Enquanto caminhava, uma dor forçava eu olhar para trás

Para ver o tamanho do sentimento que havia plantado no outro caminho

De coração partido, continuava de espinho em espinho,

Sem que houvesse flores para me alegrar

Mais uma vez a dor me assombra e ao olhar para trás percebo o auge da beleza

Era o começo do mesmo que avistei no fim

Da semente que havia plantado uma bela rosa surgiu pra mim.

A figura que por demais atraente fez com que eu não resistisse a sua grandiosidade

A primeira tentativa de voltar fez com que me deparasse com os espinhos crescidos

Do caminho já percorrido, tornando mais difícil tamanha visibilidade.

Comecei o caminho contrário que me colocara na dúvida

Devido a agonia dos espinhos que me arranhavam

Mas a força de sua cor resplandecente me motivou a seguir em frente

E ainda mais, o medo de um admirador que pudesse gostar de você e te arrancar

Aumento meus passos, assim como aumenta a dor de voltar desse caminho

Contudo, no fim desse caminho encontrarei a figura meiga

Que me conforta e me traz um sorriso pacífico

E com certeza o aroma que dela exala curará minhas feridas

Apenas espero que a flor lembre-se dos tempos de encruzilhada

Porque flor que não conhece o admirador finge que seca

Porém conheço a semente que lancei

E ao vê-la seca, dia após dia dela cuidarei

Até que enfim reconheça-me e brote mais uma vez

Então poderemos ver juntos a luz do sol

Enquanto te protejo do frio

 

 

 


Autor: Juliano Feitoza Da Silva


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