Convivência



Tenho quarenta e jshhshsj anos, dois filhos e ainda casada. Digo “ainda casada” porque reconheço que está difícil manter um relacionamento por tanto tempo. O meu já dura vinte e poucos anos e continuamos como no começo: um lendo o pensamento do outro, pequenas surpresas, brigas e reconciliações e continuamos assim.
Vejo que algumas amigas não conseguiram manter o relacionamento nem por um ano: “preciso de espaço” era o que diziam, na maioria das vezes. Mas um relacionamento a dois é preciso respeitar a individualidade do outro, mas isso só se conquista através de argumentos, conversas e decisões mútuas. Dentro da sua casa, que é dos dois, por que ele não pode ter o canto dele onde ele possa colocar as bugigangas dele? E nós mulheres não podemos também ter o nosso canto para colocar uma máquina de costura que foi da nossa bisavó, que nós nunca  vamos usar, mas que queremos conosco? Solução: aumentar mais um cômodo se puder. Vai ser o lugar especial de um. Resolveremos depois de quem.
Não é repartir a casa é aumentar a casa para que todos possam viver juntos e felizes.
Quando se vai viver com alguém, você leva mais do que a pessoa. Leva suas manias, lembranças, jeitos e modo de viver. É difícil, reconheço, de repente enquadrar tanto as suas manias quanto as dele no mesmo espaço. Mas tem como resolver.
Se ele gosta de domingo assistir futebol pela tv e você não, arranje uma amiga para sair; passear pela praia com um filho; passear com o cachorro; visite alguém; mas entenda que aquele é o momento que ele quer desfrutar. Respeite. E aproveite para aprender ou fazer novas coisas.
Se ele gosta de jogar futebol o dia inteiro, você tem o dia inteiro para você. Não  é isso que a gente quer? Um dia inteiro para gente?
Reclamamos de tudo e tudo ainda não é suficiente. A vida a dois não dá para ser perfeita, mas dá para ser conversada, tentada, acertada. No mais se tudo falhar ainda poderemos recomeçar.
Recomeçar com o mesmo ou com outro, até nem importa. Se o problema for manter a individualidade, então começará o problema de novo. Somos imperfeitos individualmente ou em conjunto. A vida a dois é difícil, mas não impossível quando se tem respeito. O amor só permanece se tiver respeito. Um é o complemento do outro.


Autor: Katia L L Pereira


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