A concepção ambientalista



A concepção ambientalista atribui ao ambiente um grande poder no desenvolvimento humano. O homem desenvolve suas características em função das condições presentes no meio em que se encontra. A esta concepção dá-se o nome de empirismo.

O grande defensor da posição ambientalista, na psicologia, é o norte-americano, B. F. Skinner. Para ele e seus seguidores, o papel do ambiente é muito mais importante do que a maturação biológica. Assim sendo, os estímulos presentes numa determinada situação, levam ao aparecimento de certos comportamentos.

Segundo ambientalistas, os indivíduos buscam aumentar o prazer e diminuir a dor; pois, manipulando os elementos presentes no ambiente, é possível controlar o comportamento. Por isso, atribuem-se a concepção ambientalista, uma visão do indivíduo enquanto ser extremamente reativo à ação do meio.

Mudanças no comportamento podem ser provocadas de várias maneiras. Uma delas exige uma análise das consequências ou resultados que o mesmo produz no ambiente. As consequências positivas são chamadas de reforçamento e provocam um aumento na frequência com que o comportamento aparece. Já as negativas, recebem o nome de punição e levam a uma diminuição na frequência com que certos comportamentos ocorrem.

Quando um comportamento não é adequado e se considera desejável eliminá-lo totalmente do repertório de comportamento de um indivíduo, usa-se o procedimento dito de extinção. Para isso, é preciso retirar do ambiente as consequências que o mantém.

Outros teóricos afirmaram que o comportamento humano também se modifica em função da observação de como agem outras pessoas, que se tornam modelos a serem copiados. Quando os comportamentos dos modelos são reforçados, tende-se a imitá-los, e se punidos, procura-se evitá-los.

Na visão ambientalista, a atenção de uma pessoa é, portanto, função das aprendizagens que realizou ao longo da vida, em contato com os estímulos que reforçaram ou puniram seus comportamentos. Sendo assim, pode-se dizer que o comportamento é sempre o resultado de associações estabelecidas entre estímulo e consequência.

Quando um comportamento for associado a certo estímulo, este tende a aparecer quando estiverem presentes estímulos parecidos. A este fenômeno dá-se o nome de generalização. A criança aprende a perceber semelhanças entre estímulos e a generalizar comportamentos, mas também aprende o inverso, ou seja, a discriminar estímulos a partir das suas diferenças.

Para os ambientalistas, a aprendizagem é compreendida como o processo pelo qual o comportamento é modificado de acordo com o resultado da experiência. É importante também que se leve em consideração o estado fisiológico e psicológico do organismo.

De acordo com essa concepção, a ênfase está em propiciar novas aprendizagens, através da manipulação dos estímulos que antecedem e sucedem o comportamento. Para tanto, é preciso uma análise da forma como os indivíduos atuam em seu ambiente, identificando estímulos que provocam o aparecimento do comportamento-alvo e as consequências que o mantém.

 

 

Referência:

DAVIS, Cláudia; OLIVEIRA, Zilma. Psicologia na educação. São Paulo: Cortez, 1990.


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