Instinto, eu não consinto



     Quem tem de comandar os seus restritos cinco sentidos é o Ser Humano. É ele quem deve conduzir a matéria e não ser conduzido por algo que se decompõe na hora que ele lhe concede a liberdade.

 

Instinto, eu não consinto 

Os que confiam no Senhor são como o Monte Sião, que não se abala, firme para sempre.

Livro dos Salmos, cap. 125:1. 

O instinto, sempre o instinto,

Puxando o Ser Humano para baixo,

Como se fosse um laço,

Inquebrantável.

 

O instinto, sempre o instinto,

Tentando tornar extinto,

Tudo o que o Ser Humano,

Trouxe no seu plano,

De total evolução.

 

Instinto, eu não consinto,

Que me tente, que me dobre

E que seja esnobe,

O teu poder.

 

Tens de perder

As rédeas da força

Que torna pouca

Toda elevação.

 

Tens de ter um fim

Para que haja enfim

A renovação da Vida

Que tem de ser vivida,

E jamais se extinguir.

 

O instinto, sempre faminto

Nos seus cinco sentidos,

Sai dos seus abrigos

E vêm tentar o Ser

Para fazê-lo fenecer.

 

Contudo, o Espírito Imortal,

Vence o corpo de carne,

E nunca desce ao vale,

Para perecer.


Autor: Irene Baltar


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