Sonho, vinho e fumo: paraísos artificiais e devaneio do poeta em lira dos vinte anos.



SONHO, VINHO E FUMO: PARAÍSOS ARTIFICIAIS E DEVANEIO DO POETA EM LIRA DOS VINTE ANOS.

 

 

É notável, em poemas da Lira dos Vinte Anos, a presença constante de paraísos artificiais utilizados pelo jovem Álvares de Azevedo como marcas de devaneios poéticos. Tais paraísos, na reflexão benjaminiana (1984), representam espaços alegóricos que operam substituições do paraíso perdido das narrativas de origem míticas. Consistem exemplarmente na alegoria moderna dialética, naquilo que incorporam do impacto da ausência, elaborando a presença significante de uma vacuidade entre real e fantasia, gozo do sublime e corpo pulsante, saber e verdade. Baudelaire, na obra que nos serve aqui de paradigma referencial e metáfora do poeta moderno, cria esses paraísos, sob a ação do haxixe, do ópio, a que dá status de bebidas metafísicas. A essas fantasias, o poeta liga as imagens da infância àquelas que vão surgindo do mal-estar no mundo e na cultura.

A alegoria é uma bela mulher que recebe de braços abertos, oferecendo seus seios aos desejos do poeta, captados como atos poéticos. No poeta brasileiro, afluem imagens dessa natureza. O sonho, o vinho, o fumo e, principalmente, o conhaque recebem igualmente estatuto de experiências estéticas, ampliadoras da existência. Provocam e atiçam a imaginação do poeta romântico que, dotado de uma sabedoria livresca, faz uma viagem metafísica em meio ao nebuloso, à embriaguez, ao vaporoso. Estes paraísos colocam-no diante do mundo para que possa contemplá-lo e perceber mais livremente outras perdas, e reencontros e articular o desejo que é eterno num escrito poético que inscreve o infinito desse desejo.

Imbuído de uma figuração similar à do narrador viajante benjaminiano, segue o trajeto da infinitude. Na configuração do quarto, projeta-se a dimensão do paraíso artificial. Álvares de Azevedo convive com os retratos, os livros prediletos, expostos na mesinha de cabeceira e os outros, empilhados sobre a mesa. Estuda, sonha, bebe, fuma nesse mesmo local. Aqui se abre um cenário que se articula a partir dos flash backs provocados pelas leituras. O poeta se entrega aos rumores de sua alma, sai de si. Percorre diversos conhecimentos, deseja comunicá-los. No momento em que escreve, ainda sob o efeito desses feixes de luz, seus devaneios adquirem emoção, pois o poeta tem a oportunidade de reencontrar-se com a criança que mora dentro de si. Seus devaneios fazem-no alçar voo. Sua imaginação ganha asas para voar com liberdade. Mesmo que essa liberdade custe-lhe a exclusão do seio dos poetas da nova ordem. Ele adentra ao abismo do próprio ser em busca de uma luz. “É na treva que latejam as forças inconscientes da alma: o sonho, a imaginação” (BOSI: 1970, p. 102). Deixa que a outra alma, a da criança, penetre em si para compartilhar também de suas fantasias adquiridas durante as leituras. Cresce sua imaginação. Num labor intenso, procura sua imagem.

A embriaguez proveniente das bebidas desperta a inspiração do poeta, uma vez que ele engole o mundo. Nesse processo de engolir, há o encontro do poeta com o mundo. Este se abre para ele, permitindo-lhe ser o vencedor que afugenta o medo e liberta a palavra. “O vinho liberta do medo e da piedade. A verdade no vinho é uma verdade livre e sem medo” (BAKHTIN: 1999, p. 250). É sinônimo de superabundância, alegria e triunfo. Ou seja, o poeta vencedor absorve o corpo vencido do mundo e se renova num equivalente de morte e nascimento. É uma espécie de debate com os limites dos cânones artísticos, aos quais parece ceder. Aparecem nele artifícios que vêm de Byron:

 

A embriaguez da liberdade foi logo contaminada pelo micróbio byroniano. Fascinados pela figura de lorde Byron, os estudantes proclamaram o ideal de reproduzir em pleno Brasil suas loucuras, farras e extravagâncias (MACHADO: 2001, p. 181).

 

Entretanto isso não equivale a uma queda no romântico. Antes significam a interrogação dos limites no processo de simbolização da escuta. Os momentos de bebedeira, de fumar charutos, cigarros eram considerados como parte alegórica das  noites de "cinismo", o que, no vocabulário acadêmico, representava spleen. “O prestígio literário do vinho correu em paralelo ao do conhaque. Foi a bebida mais cantada e consumida pelos românticos” (Ibidem, p. 188). Álvares de Azevedo dizia ingerir quantidades enormes de conhaque. Deixou alguns poemas em que podemos ler os méritos dessa bebida:

 

Companheiro quase infalível do conhaque, do vinho, da cerveja e dos momentos de spleen era o charuto. Fumá-lo, e exibir-se com ele nos dedos, não era apenas sinal de maturidade, mas também símbolo de virilidade (Ib. p. 188).

 

Através do devaneio provocado pela embriaguez da alma, quer seja através da bebida, quer seja através da fumaça adquire forças, energias para recompor o espírito. Dá certa leveza ao poeta. “A embriaguez é mágica e leva a lugares que esclarecem, iluminam e informam sobre o funcionamento da razão, sobre seus limites” (ONFRAY: 1999, p. 65). No instante em que o poeta se encontra devaneando, ele está mais alto, mais pensativo, solitário. Desancorado do corpo poético formado de imagens que suas leituras lhe propiciam, o devanear por entre elas provoca o quase desfalecimento do sujeito, tomado por efeitos de iluminação.

As realidades evanescentes, na primeira e terceira partes da Lira, giram em torno do sonho. Da realização plena de algo que não poderá ser realizado durante o dia, devido ao peso do cotidiano. O poeta azevediano se entrega ao onírico, ao amor sublime que quer se exprimir poeticamente e depara-se com as fissuras do corpo desejante. É o sonho do inconsciente, desejo reprimido e idealizado durante a luz do dia que na caverna da alma adormecida se liberta e busca a concretude de sua fantasia. “O sonho da noite não nos pertence. Não é um bem nosso. É, em relação a nós, um raptador, o mais desconcertante dos raptores: rapta o nosso ser (BACHELARD: 1988, p. 139). A poesia se torna assim, nessas duas partes, a porta-voz dos fantasmas que provocam o inconsciente azevediano nas suas noites de insônias. Os sonhos se agitam mesmo quando o poeta está acordado. São sonhos da criança, relacionados à sua experiência alegórica de (re)construir o paraíso como devaneio de um outro, de outros.

Na segunda parte, a realidade mais aparente impede o poeta de sonhar. Porém, ele encontra uma saída, entrega-se à boemia para fazer sua viagem metafísica rumo ao obscuro, ao inconsciente. O devaneio ajuda-o a encontrar um lugar no mundo, mesmo que seja à margem da sociedade, na solidão de seu quarto. “Toda a vida é sensibilizada para o devaneio poético, para um devaneio que sabe o preço da solidão” (BACHELARD: 1988, p. 94). A criança conhece bem essa solidão. Em companhia de seu devaneio ela adquire liberdade, que o envia a uma continuidade imaginaria. Tal como em Baudelaire, é do olhar do infante que nascem as miragens. Na letra baudelairiana, essa é a manobra:

 

Pour l'enfant, amoreux de cartes et d'estampes,

L'univers est égal à son vaste appétit1 (BAUDELAIRE: 1985, p. 440)

 

No poema, Ao Meu Amigo Conde de Fé, o poeta convida a amante imaginária para sonhar:

 

E juntos, ao luar, num beijo errante

Desfolhavam os sonhos da ventura,

E bebiam na lua e no silêncio

Os eflúvios de tua formosura! (p. 50)

 

Nesse poema, vinho e sonho combinam-se para gerar modos de embriaguez que retiram o poeta da instância do infante para remetê-lo a das imagens de sedução do corpo alegórico. Devaneiam por entre elas para decifrar o que está oculto lá e no próprio silêncio. Este pode sussurrar vozes, decifrar os enigmas do mundo, dos amantes, da alma do poeta. Álvares de Azevedo continua o poema evocando ajuda ao anjo para que ele facilite a realização do seu desejo através dos sonhos:

 

Ó Anjo do meu Deus, se nos meus sonhos

A promessa do amor me não mentia,

Concede um pouco ao infeliz poeta

Uma hora da ilusão que o embebia! (p. 50).

 

Esta evocação ao anjo se dá pelo reconhecimento do poeta da promessa de amor que ocorria durante seus sonhos. Sua ventura se concretiza no ambiente onírico. Inconscientemente entregava-se à embriaguez da ilusão. O beijo sela a alma do vinho e o amor que nasce da poesia. Como no poema Alegoria de Baudelaire, o poeta infante, aleitado de imagem, toma para si o jogo do amor para tornar-se o amante que mira o outro no espelho de sua melancolia.

Em A.T., Álvares de Azevedo diz-se embriagado pelos perfumes das flores:

 

Sinto na fronte pétalas de flores,

Sinto-as nos lábios e de amor suspiro.

Mas flores e perfumes embriagam,

E no fogo da febre, e em meu delírio

Embebem na minh'alma enamorada

Delicioso veneno (p. 52)

 

Faz, a seu modo, o hino à beleza por meio do transe proporcionado pelos significantes do gozo estético, significantes voláteis, mas essenciais, tal qual o perfume, o vinho. O inacessível, o transcendente desprendem-se de anjos charmosos, carregados de mistérios, sorrisos às vezes glaciais. Uma viagem metafísica ao jardim das Fadas, aos altos céus. O poeta delira, queima em febre. Está enamorado, deixa-se envenenar. As flores representam também o "adeus" da alma. Trazem a inscrição do mal que o escrito parece portar ao significar a morte. Atraem as Fadas que o vêm pegar para levá-lo para o mundo da fantasia, dos seus sonhos de criança onde estão suas alegrias:

 

Estrela de mistério, em tua fronte

Os céus revela, e mostra-me na terra,

como um anjo que dorme, a tua imagem

E teus encantos onde amor estende

Nessa morena tez a cor de rosa

Meu amor, minha vida, eu sofro tanto!

O fogo de teus olhos me fascina,

O languor de teus olhos me enlanguesce,

Cada suspiro que te abala o seio

Vem no meu peito enlouquecer minh'alma! (p. 53).

 

Mas os perfumes das flores permitem-lhe entrar na zona desses mistérios. Lá no céu, como se estivesse a contemplá-lo, o poeta vê a imagem da mulher amada. Seus encantos são extensos. O poeta percorre toda a imagem. Fascina-se com o fogo dos olhos dela. Abala-se cada vez que sente seu suspiro. Pede que ela venha enlouquecer sua alma. Concretizar o êxtase de seu delírio. Morrer de amor, ser amado. Os segredos dos céus parecem abrir os mistérios desse êxtase convulsivo que faz o poeta sentir o perfume das flores, como anúncio da finitude.

Em passagens do poema Idéias Íntimas ocorre a exaltação do poeta à bebida. Ele convida-nos a beber:

 

Eia! Bebamos!

És o sangue do gênio, o puro néctar

Que as almas de poeta diviniza,

O condão que abre o mundo das magias!

Vem, fogoso Cognac!

É só contigo

Que sinto-me viver. Inda palpito, 

Quando os eflúvios dessas gotas áureas

Filtram no sangue meu correndo a vida,

Vibram-me os nervos e as artérias queimam,

Os meus olhos ardentes se escurecem

E no cérebro passam delirosos

Assomos de poesia... (p. 146)

 

Mais uma vez deparamo-nos com uma fala errante, sem raiz, cuja origem evanescente se equipara a qualidade das bebidas e dos perfumes. Solitário bebe do sangue do gênio: é assim que considera essa bebida quente. Ela é mágica, uma vez que abre os segredos da magia, da imaginação, da poesia. O ato de bebê-la traz-lhe novamente à vida. Seus nervos vibram, as artérias queimam. Ele se entrega à embriaguez e deixa que os rumores do peito aqueçam seu cérebro que já delira para que nasça a poesia. Esse paraíso artificial fornece ao poeta os ingredientes para sua alma transcender.

A poesia é enigma e o que a define é esse reenvio ao infinito de uma fala impossível. Mas, diante do espelho do seu tempo a poesia transforma-se na musa "prostituída", fruto da noite de errância, de farras extravagantes. Reservado em seu quarto o poeta revê imagens suscitadas durante suas viagens pelas grandes obras. Escreve como alguém que está prestes a morrer, com pressa. Na sua rapidez, o gênio aflora carregado de Byron, como  “doce poeta que seria por tanto tempo o ídolo dos estudantes, o São Luís Gonzaga das devoções literárias do adolescente brasileiro” (SODRÉ: 1960, P. 219). Contudo, os olhos do poeta levam-no a um trânsito pelos signos da poesia que revela o despertar para uma modernidade baudelairiana. Enquanto o romântico agoniza desaparece no universo dos passantes.

Tal problematização do gozo estético aparece em Baudelaire, que, por vias paralelas, produz uma imagerie, um "comércio" de imagens que colocará em discurso os tempos da modernidade que não permitem mais a relação com a tradição, ordem, certeza, valores, dentro de noções de enraizamento. A alegoria da modernidade se identificará com essa natureza volátil dos líquidos que embriagam:

 

Un soir, l'âme du vin chantait dans les bouteilles:

Homme, vers toi je pousse, ô cher déshérité,

Sous ma prison de verre et mes cires vermeilles,

Un chant plein de lumière et de fraternité2 (p. 376)

 

A alma do vinho canta ao homem que volta do trabalho sugado, exausto. É o amparo desse ser tão abandonado que está à margem, oprimido, desvalorizado. Esse homem é reconhecido pelo poeta que se identifica com ele. A alma do vinho não distingue cor, raça. Pede ao homem para repousar nele. A poesia torna-se obra animada por essa evanescência. Vaso que jamais cessa de encher-se e esvaziar-se: Je suis belle,ô mortels! Comme un rêve de pierre. É a ausência de todo "bouquet" que não seja produzido pelo vinho no festim do poeta. Este faz do seu significante a passagem para o infinito.

 

En toi je tomberai, végétale ambroisie,

Grain précieux jeté par l'éternel Semeur,

Pour que de notre amour naisse la poésie

Qui jaillira vers Dieu comme une rare fleur!3 (P. 376)

 

A alma do vinho pretende repousar no homem, no poeta para que no encontro das duas almas a poesia nasça permitindo que ele suba até Deus. Como rara flor. Porque somente embriagado o homem, o poeta pode se libertar. Alegre, alça voo em rumo aos céus em busca do encontro com o Pai. Lemos na estrofe do poema Le Vin du Solitaire (O vinho do solitário), esse mesmo desejo, essa mesma forma de sublimação que reenvia o poeta a Deus:

 

Tu lui verses l'espoir, la jeunesse et la vie,

- Et l'orgueil, ce trésor de toute gueuserie,

Qui nous rend triomphants et semblables aux Dieux! 4(p. 386).

 

O vinho fecunda a pobre alma que se torna mais alegre, jovem, vigorosa. Permite que o poeta se prepare para o encontro com Deus, o Outro. Embora paradoxalmente esse escrito porte outros valores, o dinheiro, por exemplo, a mercadoria, os ídolos,  num contexto cultural em que cada um quer ocupar o lugar divino. O poeta compreende isso. Erra como flâneur. Bebe para descer ao abismo, arriscar-se na poesia e em novo impulso para o alto, ficar próximo de Deus, o eterno Eros, o que não implica que a experiência do mal e da morte, já que algo no corpo poético fala o mal-estar na existência.

No poema Meu anjo, de Álvares de Azevedo, as imagens se confundem. A sublimação, o Belo, o Bem, o Mal, a lei, a transgressão, o trágico, a ironia criam uma visão da musa ora um anjo, ora leviana. A fumaça do charuto (en)cobre essas imagens:

 

Triste de noite na janela a vejo

E de seus lábios o gemido escuto.

É leve a criatura vaporosa 

Como a frouxa fumaça de um charuto (p. 175).

 

A musa está triste, solta gemidos, está entediada. A primeira imagem que formamos é  a de uma mulher à janela, pensativa que, de vez em quando, solta um suspiro longo, como se estivesse chorando por algo que não pode alcançar. De repente ela se torna vaporosa como a frouxa fumaça de um charuto. É então que percebemos que o poeta é quem cria a imagem. À medida que fuma, a fumaça o faz divagar:

 

Parece até que sobre a fronte angélica

Um anjo lhe depôs coroa e nimbo...

Formosa a vejo assim entre meus sonhos

Mais bela no vapor do meu cachimbo (p. 175).

 

A mulher triste soltando gemido agora aparece calma. Angelical, com uma coroa. Os sonhos e a fumaça do cachimbo formam a imagem nebulosa, vaporosa. O poeta acompanha a fumaça. Dela parte sua imaginação. Ele vai mais longe a seu devaneio quando bebe vinho:  

 

Como o vinho espanhol, um beijo dela

Entorna ao sangue a luz do paraíso.

Dá morte num desdém, num beijo vida,

E celestes desmaios num sorriso! (p. 175)

 

Quando ele bebe, ousa beijá-la. Esse beijo possibilita-lhe ver a luz do paraíso. Confronta duas situações: morte/vida. Morte simbólica, ao conseguir o êxtase no beijo, que é ao mesmo tempo vida já que desperta para buscar o gozo além, no Eros divinizado. A beleza é tão fugaz quanto a fumaça. Contudo, a bela não o ama:

 

Mas quis a minha sina que seu peito

Não batesse por mim nem um minuto,

E que ela fosse leviana e bela

Como a leve fumaça de um charuto (p.175)

 

A bela pode ser apenas uma estátua de pedra. Há uma teatralidade sob o "ditado" da musa. Ela é invenção "demoníaca" da poesia.

O poeta azevediano, no voo, ultrapassa as fronteiras do discurso romântico e atingirá a crise da Literatura que veremos em Charles Baudelaire. Este publica Fleurs du Mal pela primeira vez em 1857. O poeta da Lira dos Vinte Anos já estava morto. Sua poesia precede e apressa o tempo da modernidade.

 

 

Referências

 

AZEVEDO, Álvares de. Obra completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2000.

______. A lira dos vinte anos. Porto Alegre: L&PM, 1998.

BACHELARD, Gaston. A poética do devaneio. Trad. de Antonio de Pádua Danesi. São Paulo: Martins Fontes, 1988.

BAUDELAIRE, Charles. Escritos sobre arte. Org. e Trad. Plínio Augusto coelho. São Paulo: Imaginário: Editora da Universidade de São Paulo (EDUSP), 1991.

BENJAMIN, Walter. A modernidade e os modernos.  Rio de Janeiro:  Tempo brasileiro, 1975

______.  Origem do drama barroco alemão.  São Paulo:  Brasiliense,       1984.

______.  Charles Baudelaire, um lírico no auge do capitalismo. v. 3.  São  Paulo:  Brasiliense, 1989.  (Obras escolhidas)

BAKHTIN, M. A cultura popular na Idade Média e no Renascimento: o contexto de

François Rabelais. São Paulo - Brasília: HUCITEC-EDUNB, 1999.

BAUDELAIRE, Charles. As flores do mal. Tradução e notas de Ivan Junqueira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1985.

BOSI, Alfredo. História concisa da literatura brasileira. 2a ed. São Paulo: Cultrix, 1970.

MACHADO, Ubiratan. A vida literária no Brasil durante o romantismo. Rio de Janeiro: EDUERJ, 2001.

ONFRAY, Michel. A razão gulosa: a filosofia do gesto. Tradução de Ana Maria Scherer. Rio de janeiro: Rocco, 1999.

SODRÉ, Nelson Werneck. História da literatura brasileira, seus fundamentos econômicos. 3 ed. Rio de Janeiro: Livraria josé Olympio Editora, 1960.

 

1 Para a criança, que adora olhar mapas e telas,  /O universo se iguala ao seu vasto apetite. (Trad. de Ivan Junqueira: 1985, p. 441).

 

2 A alma do vinho, certa tarde, nas garrafas / Cantava: "Homem, elevo a ti, que me és tão caro,  / No cárcere de vidro e lacre em que me abafas, / Um cântico de luz e de fraterno amparo! (Trad. de Ivan Junqueira p. 377)

 

3 Repousarei em ti, vegetal ambrosia, / Grão atirado pelo eterno Semeador, / Para que assim de nosso amor nasça a poesia / Que rumo a Deus há de subir qual rara flor! (Ib., p. 377)

 

4 Tu lhe dás a esperança, a juventude, a vida / - E o orgulho, essa riqueza aos pobres concedida, / Que os torna heróicos e mais próximos de Deus! (Ibidem, p. 387)

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Autor: Lúbia De Medeiros Maia Sousa


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