TRABALHO ESCRAVO NOS DIAS ATUAIS



É impossível falarmos de trabalho sem retornarmos ao passado negro da escravatura, mediante a história da escravidão no Brasil inicia com a produção de açúcar entre a primeira metade do século XVI, com a vinda dos escravos trazidos pelos portugueses comerciantes de escravos comum tratamento sobre condições desumanas onde que não sobrevivesse a esta cena de tortura durante a viagem nos porões dos navios negreiros tinham seus corpos lançados ao mar vendidos como se fossem mercadorias para os senhores de engenhos.

Uma das cenas que mais me chama atenção é que as mulheres negras sofreram muito com a escravidão sendo torturadas nos trabalhos domésticos, sexualmente, psicologicamente e sendo ama de leite materno que eram muito comuns naquela época da colônia. Trabalhavam arduamente tratados na pior forma possível, recebendo alimentos de péssima qualidade e até mesmo acorrentados tendo por pena castigos e açoites por qualquer ato de insubordinação.

No século do ouro XVIII alguns destes escravos tiveram a oportunidade de conseguir comprar sua liberdade ao adquirem a sua carta de alforria que eram alguns trocados que guardavam durante toda sua vida para se tornar um homem negro livre, sofrendo preconceitos da sociedade que fechavam todas as portas para estas pessoas ficavam excluídos e marginalizados pela sociedade. Mediante este conceito do trabalho escravo eram pessoas destituídas de posse excluídos da sociedade.

Nos dias atuais podemos contextualizar o trabalho escravo contemporâneo não sendo apenas o cerceamento da liberdade, mas como aquele empregador que submete ao empregado às condições de trabalho degradantes privando de desvincular - se tirando seu direito de liberdade de ir e vir, trabalho sem vínculo empregatício, as longas jornadas de trabalho, a falta de EPI’S, a falta de atendimento médico, alimentação, água, agressão verbal ou física e moral etc. Milhares de indivíduos estão em todo Brasil estão submetidos a condições de trabalhos escravos como peças humanas descartáveis.

A OIT em 1919, com o advento tratado de Versalhes após a segunda guerra mundial, com o objetivo de uniformizar as questões trabalhistas, a superação das condições subhumanas do trabalho desenvolvimento econômicas, adota seis convenções especificas a proteção da saúde e a integridade física dos trabalhadores reconhecendo como a parte mais frágil. Mas ainda não é suficiente, pois a escravidão ainda está presente com uma nova roupagem que desenvolveu tanto quanto a globalização e as tecnologias, nas grandes metrópoles são cada dia mais freqüente trabalhadores com doenças modernas como o stress e as doenças causadas pelas condições ambientais de trabalho roubando a sua qualidade de vida.  

No campo podemos destacar com freqüência o trabalho escravo contemporâneo, mais por trás de tudo isto a questão social fala mais alto, pois no auge deste trabalho a pobreza fala mais alto, falta trabalho decente, a educação e muitos são semi-analfabetos ainda são alarmantes os dados divulgados pelo MTE do trabalho escravo, ficando uma pergunta sem resposta. A quem incomoda a dignidade humana, a beleza e a sensualidade, honestidade, a pobreza, a imagem de tristeza dos menos desfavorecidos e a injustiça?

 No auge do trabalho escravo o Nordeste sempre destacou por causa da pobreza e o descaso das autoridades competentes com um sistema integrado nesta prática de trabalho que é uma mortificação da vida humana e a dignidade do homem, num País onde os pobres acabam pagando 44% a mais de impostos do que os ricos a escravidão é imposta pelos nossos governantes liberar o homem da escravidão e a tortura é muito mais ampla do que imaginamos, faz parte de uma pauta de conquistas não somente sociais mais de desigualdade que só pode ser combatida por meio de uma reforma tributária que venha ter cálculos conforme cada classe social enfim pra combater a escravidão contemporânea é precisa entender que: “Acabar com a escravidão não basta; é preciso destruir a obra da escravidão” (Joaquim Nabuco) um mundo capitalista e uma parcela da população marginalizada.

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Autor: Gilsania Ferreira Da Matta


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