Nível de estresse das enfermaeiras que trabalham na maternidade do municipio de são desidério-ba



NÍVEL DE ESTRESSE DAS ENFERMAEIRAS QUE TRABALHAM NA MATERNIDADE DO MUNICIPIO DE SÃO DESIDÉRIO-BA

 

 

Eliene Alves dos Santos[1]

 Ramillo Neiva Alencar1

Lorena Barreto Santos1

Ángelica Beatriz de Souza Araujo1

Maria Lindinalva Ninos Bastos1

 

 

RESUMO -. O estresse é um estado que ocorre através da mudança no ambiente que é percebido como desafiador, ameaçador ou perigoso para o balanço ou equilíbrio dinâmico da pessoa e é responsável pelo enorme aumento de afecções e gerador de comprometimento do organismo do individuo. Esta pesquisa se dará a partir de um levantamento bibliográfico, cujo objetivo geral será o de identificar os fatores geradores de estresse em enfermeiros. E específicos: Conhecer a qualidade do campo do trabalho dos enfermeiros; Identificar os fatores contribuintes de estresse entre os profissionais enfermeiros; Analisar o relacionamento entre enfermeiros; Identificar as formas de enfrentamento do estresse. Sabe-se que o estresse muitas vezes resulta em fonte de desgaste diante da limitação da ação técnica, e até mesmo cientifica, que demanda a atenção do cliente. Este processo decorre de importantes notificações sociais desempenhados pelos profissionais de saúde, uma vez que estes trabalhadores possuem conhecimento técnico – cientifico sobre as doenças, e estão em contato permanente com pessoas enfermas.     

 

Palavras chave: Enfermeiros; trabalho; desgaste físico.

 

 

SUMMARY- Stress is a State that occurs through a change in the environment that is perceived as challenging, threatening or dangerous to the balance sheet or dynamic equilibrium of person and is responsible for the huge increase of illness and the body compromise generator individuo. This survey will take place from a bibliographical survey, whose overall objective will be to identify the factors generating stress in nurses. And specific: to know the quality of the field work of nurses; Identify the contributing factors of stress among professional nurses; Analyze the relationship between nurses; Identify the forms of confrontation of stress. It is known that stress often results in source of wear on the limitation of action technique, and even scientific, which demand the attention of the client. This process runs from important social notifications performed by health care professionals, since these workers possess technical knowledge about diseases, scientific – and are in contact standing with sick people.

 

KEY WORDS: Nurses; Work; Physical Wear.

 

                   

INTRODUÇÃO

 

 

É evidente que cada vez mais aumenta a busca incessante de qualificação, inclusão, manutenção e capacitação profissional nos ambientes profissionais. A preocupação que circunda os ambientes de trabalho causa vários casos de desgaste de ordem física e psíquica, desmotivação, doenças ocupacionais, entre outros. É difícil desvincular os aspectos psicológicos e os desgastes que envolvem o profissional. O estresse é um estado que ocorre através da mudança no ambiente que é percebido como desafiador, ameaçador ou perigoso para o balanço ou equilíbrio dinâmico da pessoa.

Guido (2003), considera que a identificação de agentes estressores no ambiente ocupacional corresponde a um dos mais importantes agentes de mudança, uma vez que desenvolvidas as possíveis soluções para minimizar seus efeitos, estas podem tornar o cotidiano para o profissional mais produtivo, menos desgastante e, possivelmente, valorizá-lo mais como ser humano e como profissional.

O estresse é responsável pelo enorme aumento de afecções e gerador de comprometimento do organismo do individuo. No âmbito da saúde a relação entre o trabalhador e o trabalho forma um elo estreita, uma vez que tem como agente o cuidado do ser humano. Desta forma, identificar os fatores geradores de estresse em enfermeiros, conhecer a qualidade do campo do trabalho dos enfermeiros; identificar os fatores contribuintes de estresse entre os profissionais enfermeiros; analisar o relacionamento entre enfermeiros; identificar as formas de enfrentamento do estresse. Para tanto, foi realizado um levantamento de um acervo bibliográfico que serviu de base para elaboração da presente pesquisa, cujo objetivo geral é identificar os fatores geradores de estresse em enfermeiros e especificos: Conhecer a qualidade do campo do trabalho dos enfermeiros e Identificar os fatores contribuintes de estresse entre os profissionais enfermeiros; Analisar o relacionamento entre enfermeiros; Identificar as formas de enfrentamento do estresse.

 

 

REFERENCIAL TEÓRICO

 

 

SURGIMENTO DA ENFERMAGEM E SUAS ATRIBUICOES

 

 

A enfermagem surgiu durante o período colonial ate o final do século XIX com o pressuposto de ajudar as pessoas, promovendo a cura e a prevenção de doenças. Com o passar do tempo muitas técnicas utilizadas foram aprimoradas, novos estudos foram realizados ocasionando em novas descobertas. As atribuições compartilhadas, emoções, responsabilidades e procedimentos, fazem com que o trabalho do enfermeiro, seja dotado de características estritamente peculiares. Sentimentos diversos como satisfação, a insegurança, o prazer, o sofrimento e o estresse emergem diariamente em diferentes intensidades (CORREA, 2002).

As situações inesperadas fazem parte do cotidiano: intercorrências previsíveis ou não, muitos atendimentos ao mesmo tempo, grau de complexidade; exigências freqüentes dos superiores, dos próprios pacientes, dos familiares e de toda a sociedade que impõem um desafio dos enfermeiros, que geralmente, causa ansiedade e estresse. O termo stress foi empregado pela primeira vez pelo endocrinologista australiano Hans Selye no ano 1936, originou-se do termo inglês Stressors. Hans Selye vinha observando sintomas idênticos como hipertenção, falta de apetite, desanimo e fadiga, em doentes que lidavam por diferentes doenças. O importante é que esses sintomas não transcorriam de tais doenças e apareciam em pessoas saudáveis (CORREA, 2002).

De acordo com Ururahy (1997) “ O stress seria uma resposta a um evento” ou seja, o stress implica no desconforto e tensão dos quais procuramos nos livrar.” Já para Aurélio (1999), “o stress é o conjunto de reações do organismo a agressões de ordem Fisaica, psíquica, infecciosa, e outras capazes de perturbar a homeostase; estricção.”

Os estressores são todos os agentes que ocasionam stress, e envolvem tudo que acomete o individuo, física ou mentalmente. Pode ser desde um vírus, um tóxico ou um acidente até mesmo modificações no meio ambiente, medo e frustração. (SANTOS, 1995).

Componentes do processo de estresse  segundo Baker e karasek apud Limongi e Rodrigues (2002). Os agentes estressores muitas vezes pode ser devido a exigências e tempo, estrutura temporal do trabalho e ritmo; horas extras, trabalho em turnos, trabalho ao ritmo da máquina, pagamento por produção. Assim como a estrutura das tarefas, a falta de controle, subutilização de capacidades. As condições físicas por vezes momentos desagradáveis, ameaça de riscos físicos ou tóxicos, riscos ergonômicos. A organização do trabalho devido a ambigüidade de papel, conflito de papel, competição e rivalidade e Extra organizacionais, como Fatores relacionados a comunidade, insegurança no emprego, preocupações com a carreira e os Fatores extra próprios do trabalho: assuntos pessoais, família e por vezes relacionados à comunidade.

 

 

CAUSAS DO ESTRESSE E SUAS CONSEQUENCIAS

 

 

Causa especifica de estresse no trabalho não existe, mesmo que cada pessoa reage de modo diferente às pressões e situações difíceis. Mas existem as chamadas “limites”, que são situações de estresse para todo mundo.

Segundo a UNESP no geral as principais causas de stress abrange a baixa resistência a frustração, assim como ameaças constantes, o mundo da competitividade, isto é, pretender uma coisa simultaneamente com outro ser. A falta de tempo e espaço para si mesmo, neste caso, trata-se do individuo que não consegue se organizar e de se programar, para que o seu andamento seja bem administrado. Ansiedade constante pode gerar baixa auto-estima. Desta forma os distúrbios causados pelo estresse, devido a um modificação emocional podem trazer resultados graves para o individuo (www http://www.faac.unesp.br).

São várias as dificuldades que são enfrentadas no ambiente de trabalho que estão acompanhadas de vários tipos: tremores ou sensação de fraqueza; tensão ou dor muscular; dor de cabeça; irritabilidade; impaciência; fadiga; falta de concentração e alteração de memória; pesadelos; impotência sexual; vistas cansadas; desinteresse.

Segundo Preto e Pedrao (2009), a enfermagem é uma ocupação ponderada, considerada como potencialmente estressante. De fato em 1988, a enfermagem foi classificada pela Health Education Authority, como a quarta profissão mais estressante no setor publica.

Em se tratando de fisiologia humana, quando o organismo é estimulado por fatores externos desfavoráveis, ocorre um estimulo cerebral para a produção de adrenalina, afetando principalmente os órgãos dos sistemas circulatórios e respiratórios.

O estresse também pode ser positivo ou negativo. O estresse de natureza positiva é denominado EUSTRESSE, que acontece quando a pessoa tenciona-se, atingindo um nível ideal de esforço e é realimentada pelos resultados; e DISTRESSE, é o estresse que adoece, que está relacionado a sobrecarga, na qual ocorre ativação crônica e repetida do eixo hipotálamo-hipofise-adrenal, na qual a constante elevação dos hormônios origina alterações patológicas (PRETO; PEDRÃO, 2009).

Com isso, para que o individuo apresente produtividade, é necessário também a participação do estresse, para que ocorra a produção de adrenalina fazendo com que a pessoa não se torne apática e improdutiva, sendo assim quanto mais estresse maior produção de adrenalina e conseqüentemente maior produtividade.

Quando o estresse extrapola os seus limites, torna-se patológico ao individuo quer seja em âmbito profissional ou não.

Dependendo da predisposição orgânica do individo, o estresse pode causar desde transtornos psicológicos como falta de vontade de fazer as coisas, ansiedade, etc. Até manifestações físicas mais sérias como ulceras, enfarto, câncer e mesmo manifestações mentais como tentativa de suicídio.

À medida que a pessoa torna-se emocionalmente frágil, suas defesas orgânicas diminuem, deixando-as mais vulnerável aos diversos tipos de problemas como: pressões, ansiedade generalizada, preocupações, raiva e desconforto.

                                             

 

AS FORMAS DE ADMINISTRACAO DO TEMPO

 

 

Segundo Fernandes e Pinheiro (2005), quando a pessoa se encontra muito atarefado de trabalho e com o tempo restrito leva um numero maior de falhas e ate a omissão de tarefas importantes. Esta situação gera anseio de stress e ineficiência. Há três etapas básicas para a administração do tempo: Primeiro: buscar reservar um tempo para planejar e estabelecer as prioridades. Segundo: definir conclusão da tarefa mais importante e Terceiro: estabelecer oportunidades baseadas nas novas informações que foram dadas para delegar a autoridade e a responsabilidade necessária para o término da tarefa.

 

 

METODOLOGIA

 

 

Segundo Aurélio (1999), metodologia é a arte de administrar o espírito na investigação da verdade. Já para Tafner (1999, p. 17) metodologia é o conjunto de métodos de caminhos empregados para a condução da pesquisa e deve ser apresentada na sequência  cronológica em que o trabalho foi regido.

 

 

CONSIDERAÇÕES FINAIS

 

 

 Sabe-se que o estresse atinge diretamente o comportamento emocional da pessoa, onde a mesma, devido ao acumulo de cobranças, sofrerá inúmeros prejuízos, principalmente no que concerne à sua imunidade, pois a pessoa entrará um déficit de imunidade, e forma,estando desta forma suscetível a adquirir uma patologia, sendo na maioria das vezes considerada patologias oportunistas, além dessas implicações, os problemas emocionais incluem, alcoolismo, uso de drogas licitas e ou ilícitas, ansiedade, doenças psicóticas sem contar que o risco de acidente no trabalho aumentam, seguido de uma produtividade muito deficiente. Desta forma percebe-se que estas reações estão relacionadas a fatores emocionais e sociais, a conflito com superiores e subordinados, falta de perspectiva e pouca satisfação no trabalho.

Em termos psicológicos, vários sintomas ocorrem como ansiedade, tensão, angustia, insônia, alienação, dificuldades interpessoais, duvidas quanto a si próprio, preocupação excessiva, inabilidade de concentrar-se em outros assuntos que não o relacionado ao estressor, dificuldades de relaxar, tédio, ira, depressão e hipersensibilidade emotiva.

Diante do que já foi abordado observa-se que o enfermeiro encontra-se exposto aos fatores de risco de natureza comportamental, química, física, e biológica, o que intensifica e justifica a inclusão da profissão de enfermagem no grupo das profissões desgastantes.

 

 

 

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

 

                                     

AURÉLIO. Diciconário do século. XXI, 1999.

 

ANNURE, M. C.; GONÇALVES, A. M. P. SAE. Sistematização da Assistência de Enfermagem. Guanabara Koogan/LAB e editora, 2008.

 

BRUNNER e SUDDARTH. Tratado de Enfermagem. 8ª edição. Guanabara Koogan.

 

DALLY, P.; HARRINGTON, H. Psicologia e Psiquiatria na Enfermagem. Ed. Pedagógica e Universitária LTDA, 2002.

 

FERNANDES, A. M.O.; PINHEIRO, A. K. S. Manual do Estagiário de Enfermagem. Nível Superior. Editora AB, 2005.

 

FRANÇA, A .C .L.; RODRIGUES, A .L. Stress e trabalho. São Paulo, Ed Atlas, 2002.

 

LIMONGI, F.; RODRIGUES, A. C.; AVELINO, L. Stress e trabalho: Uma abordagem Psicossomática. 3ª edição. São Paulo. Atlas, 2002.

 

MURORUSE, N. T. ; ABRANCHES, S.S.; NAPOLEÃO, A.A. Reflexões sobre estresse e Burnout e a relação com a Enfermagem. São Paulo. Revista Latino-AM Enfermagem, vol. 13, nº 2, 2005.

 

TAFNER, M. A.; TAFNER, J.; FICHER, J. Metodologia do Trabalho Acadêmico. Curitiba. Juruá, 1999.

 

URURAHY, G.; ALBERT, E. Como tornar-se um bom estressado. Rio de Janeiro. Salamandra, 1997.

 

WAGNER, J. A.; HOLLEN, B. J. R. Comportamento Organizacional. São Paulo, ed. Saraiva, 2003.

 

Prevenção do estresse. Endereço:.

Acesso em Ago,2011.

 

PRETO, V. A.; PEDRAO, L. J.. O estresse entre enfermeiros que atuam em Unidade de Terapia Intensiva. Rev. esc. enferm. USP,  São Paulo,  v. 43,  n. 4, Dec.  2009 .  

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


[1]Acadêmicos do curso de bacharelado em Enfermagem pela Faculdade São Francisco de Barreiras - FASB


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