Criando o monstro



 

CRIANDO O MONSTRO
Enquanto a sociedade estiver de olhos vendados para alguns sinais básicos de civilidade, continuará transformando o mundo em que vive numa selva e os selvagens ora ricos ora pobres, ora cultos ou ignorantes sentirão prazeres em atos dominantes. O mundo vai sendo dividido em grupos e classes, em bandos e bondes. As pessoas mal se cumprimentam e restringem seus poucos momentos de diálogos aos seus iguais e não percebem que o mundo também é feito de diferenças. O rico ignora o pobre, o branco subestima o negro, os cultos se distanciam dos ignorantes e tantas outras subdivisões são feitas de forma invisível, cruel e sem rótulo, da forma mais perigosa e sem nomes, apenas segregando a sociedade em partes. Seguindo uma cultura individualista forjada no calor de uma demagógica democracia que insiste em tentar vender a imagem de que todos são iguais perante a lei e que comanda com governos do povo, pelo povo e para o povo. Faz sentido porque aqui nem mesmo os povos são iguais. Somos a prova viva que a miscigenação pode trazer os benefícios extraindo o melhor de cada um e também o cuidado de lembrar que Deus não escolheu sua raça, sua cor ou sua capacidade de multiplicar riquezas. As pessoas da sociedade são como os animais territorialistas, selvagens, dominadores como os bárbaros, inteligentes apenas como humanos e mesquinhos como nenhum outro ser. Passamos pelas ruas e não percebemos sequer a outra vida que ali se manifesta passando tão perto, assim não seria se estivéssemos dependendo de uma única vida humana, para nos servir no que quer que fosse. Por incrível que pareça às poucas vezes que percebemos outras vidas que supomos serem inferiores, são apenas para apelidar, criar rótulos, rir a custa do semelhante que mesmo diferente do seu grupo é nosso semelhante. Com tudo isso a patente tão almejada de ser superior vai criando o monstro, fruto da sociedade selvagem. Na família onde todos somos filhos de Deus, os irmãos cometem as maiores barbaridades uns contra os outros e todos contra pai, no final todos precisam de mudança, todos somos culpados, nem mesmo os arrebatadores de rebanhos são santos. Procure um único dia pelo menos enxergar além do seu grupo, pensar além de você e além das críticas enxergarem o que cada um tem de melhor. Tomara que consigamos nos arrepender a tempo e que Deus nos perdoe por destruirmos tudo que encontramos pronto. O homem não é capaz de destruir o amor de Deus pelos seus filhos, mas é capaz de destruir o amor de muitos filhos por Deus, tudo tomado pelo poder da revolta e da ira pela discriminação, menosprezo e humilhação.

Autor: Cesar Gonçalves


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