Discurso da dor



Discurso da dor

 

Eu sou a dor! Por que todos acham que sou verdadeiramente algo tão ruim? A culpa será realmente minha? Só sei que sou dor, só isso!

O bom disso é ser comentada, mas não sentida, é o que dizem. Percebo que por onde ando sempre deixo um rastro de reflexão sem igual, pensamentos que se transformam em literatura verdadeira, arte e não somente relatórios médicos de pacientes diversos.

Sim, sou a dor! Mas mesmo sendo quem sou, sei que sou responsável em transformar algo. Mudo pessoas e me torno outras coisas, por vezes outras palavras... Metamorfose! Essa já até se transformou em poesia, música!

Você, com quem falo agora, compreenda. Sou necessária para o seu crescimento; o seu reconhecimento de ser o que é e não somente mais uma cefaleia. Se não respeitar seus limites eu chego leve, às vezes com força, outras sem avisar, mas eu sempre chego. Sou o efeito, mas não a causa maior! Se desejar encontrar o culpado, é fácil, olhe-se no espelho, nascemos juntos meu amigo. Ação e reação, meu parceiro, tudo interligado! Posso até não ser vigente, mas não pense que serei de todo ausente em sua vida, eu sempre estou, faço parte dela, mas não da morte. Nessa eu não estarei contigo, antes que ela chegue, eu me vou...

Comento isso para lhe deixar mais tranquilo, pois sempre estarei contigo e de diversas formas. Posso até me transformar em várias, mas nunca deixarei de ser quem sou, sou sua verdade, verdadeiramente só sua.

 

 

Mário Sérgio dos Santos


Autor: Mário Sérgio Dos Santos


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