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EMPREGOS FANTASMAS
O vereador não precisa de passagens turísticas pelo estado ou pelo país, porque seu curral eleitoral fica no seu município. Não precisa de auxílio combustível ou carro oficial, no máximo vale transporte para conhecer a realidade dos seus munícipes. Deveria receber por hora trabalhada, já que trabalha apenas dois dias na semana e poucas horas por dia, que somados não chegam a uma semana no mês. Não precisam de auxílio educação ou plano de saúde, afinal os orçamentos votados pelas câmaras deveriam ser suficientes para atender todos os vereadores na rede pública. Não precisa de verbas de gabinete que vive vazio, afinal, para que assessores para quem não faz nada. Não precisam necessariamente dividir os desfalques dos executivos, eles deveriam fiscalizar. Se o legislativo municipal é o representante constituído do povo e não o representa em nenhum momento sem outro interesse em troca, e se o executivo pode perfeitamente discutir o orçamento participativo com as comunidades, isso indica que o cargo de vereador é inexpressivo, ineficiente, inútil e acima de tudo infiel ao seu eleitor. A equação é simples, cargos + salários – trabalho = vereador.