Brincadeira é coisa séria



BRINCADEIRA É COISA SÉRIA

Ligeane maran santos

 

Resumo

Este artigo tem como principal objetivo informar a grande importância que tem a brincadeira na educação infantil. E que é muito sério quando se trata de brincadeiras, porque é através delas que a criança começa a se desenvolver suas habilidades.

 

Palavras-chave: Brincadeiras, criança, desenvolvimento

 

Abstract

This article has as main objective to inform the great importance of the play in early childhood education. And that is very serious when it comes to games, because it is through them tha the child begins to develop their skills.

 

 

 

Keywords: Games, child, development.

 

INTRODUÇÃO

Quando se trata de brincadeiras, “todos” acham que é uma perda de tempo, todos aqueles que não têm nenhuma formação no processo da educação infantil, e que não sabe qual é a grande importância que tem as brincadeiras nas escolas. Quando se fala em brincar, parece ser uma palavra muito simples, mas é de grande significado na vida da criança.

É através das brincadeiras que as crianças começam a se desenvolver, desenvolver suas habilidades.  

BETTELHEMIM (1988) A brincadeira é uma ponte para a realidade e que nós, adultos, através de uma brincadeira de criança, podemos compreender como ela vê e constrói o mundo la fora, como ela gostaria que fosse sua vida . Pela brincadeira, ela expressa o que teria dificuldade de colocar em palavras. Ele diz que a criança escolhe a sua brincadeira de acordo com os seus desejos, problemas e ansiedades. Por exemplo, ela vai escolher brincar de ser uma professora, mas de faz de conta, e é isso que ela tem desejo de ser quando ela crescer. Ou seja, brincar é a sua linguagem secreta que devemos respeitar mesmo que não a entendemos.

A criança se empenha durante as atividades do brincar de faz de conta, trabalha bastante com a imaginação, que é uma forma que permite ás crianças relacionarem seus interesses e suas necessidades com a realidade de um mundo que pouco conhecem. A brincadeira é um espaço privilegiado de aprendizagem onde a criança age como se fosse maior do que a realidade. Ela simboliza aquilo que ainda não tem capacidade de fazer. E isso é muito importante para o desenvolvimento dela. Por que quando ela ta brincando ela é criativa abre mais sua mente, e distrai um pouco. Todas as crianças precisam das brincadeiras para crescer e se tornar uma criança saudável.

Através do brincar, a criança pode desenvolver sua coordenação motora, suas habilidades visuais e auditivas, seu raciocínio criativo e inteligência. Está comprovado que a criança que não tem grandes oportunidades de brincar e com quem os pais raramente brincam sofrem bloqueios e rupturas em seus processos mentais.

 Por isso que o brincar na educação infantil é muito sério. E não é só brincar por brincar. E sim desenvolver habilidades.

 Porque brincando, ela começa a entender como as coisas funcionam, o que pode e não pode ser feito, aprende que existem regras que devem ser respeitadas, se quer ter amiguinhos para brincar e, principalmente, aprende a perder e a ver que o mundo não acaba por causa disso. Descobre que, se ela perde um jogo hoje, pode ganhar em outro amanhã.

Uma criança é criança porque brinca.

“É no brincar, e somente brincar, que o individuo, criança ou adulto, pode ser criativo e utilizar sua personalidade integral: e é somente sendo criativo que o individuo descobre o seu eu”. (WINNICOTT, 1975, p.80)

Quando a criança esta brincado ela é criativa, ela solta sua imaginação ela tem prazer de estar brincando, por que realmente ela se sente bem. Ela tenta através das brincadeiras simular o mundo la fora, ela realiza uma coisa que ainda não tem capacidade de fazer; mas ela sabe quando ela crescer ela vai poder realizar o que tem desejo. E isso é muito bom para o desenvolvimento dela.

Através das brincadeiras a criança expressa à forma como uma criança reflete, organiza, desorganiza, constrói, e reconstrói o seu mundo. 

A importância da relação do ser humano com o brinquedo é fundamental para o desenvolvimento de um ser equilibrado em suas relações com o mundo que o cerca.

Uma criança que brincou bastante e o suficiente na sua infância, com certeza ela se desenvolverá muito bem no futuro. Ela irá se interagir bem e terá bom desenvolvimento.

O brincar é fundamental para o desenvolvimento da criança. E também é importante em todas as fases da vida. E a maneira como isto acontece, difere nas idades e nas épocas, mas o prazer e a necessidade são os mesmos. Necessidade de libertar-se, de fantasiar, de criar e divertir. Prazer em explorar, extravasar, relacionar-se consigo e com os outros.

Quando o professor da uma brincadeira na escola, sempre tem o objetivo, que irá desenvolver na criança. Mas a criança não sabe e nem precisa ficar sabendo, para ela é só brincar para se divertir.

“Adultos revestidos de filósofos, pedagogos, psicólogos ou psiquiatras tentaram tratar o brinquedo como uma maneira de intervir na vida da criança”. (SANTIN, 1994, p.47) 

Quando a criança esta brincando ela esta se distraindo, e ao mesmo tempo se desenvolvendo.

Muitas pessoas que não tem nenhuma formação pedagógica, e que não sabe o quanto é importante as brincadeiras para as crianças, fala que é uma perda de tempo os professores brincar com as crianças na escola. Mas elas não têm idéia do quanto é importante a criança brincar; correr, pular.

Brincar é tão importante para a criança como trabalhar é para o adulto. É o que a torna ativa, criativa, e lhe dá oportunidade de relacionar-se com os outros; também a faz feliz e, por isso, mais propensa a ser bondosa, a amar o próximo, a ser solidária. Brincando, a criança desenvolve potencialidades; ela compara, analisa, nomeia, mede, associa, calcula, classifica, compõe, conceitua, cria, deduz etc.

Brincar em grupo evita que a criança se desestimule, mesmo quando ainda não sabe brincar junto. Ela aprende a esperar sua vez e a interagir de forma mais organizada, respeitando regras e cumprindo normas. Com os grupos ela aprende que, se não encontrarmos uma forma eficiente de cooperar uns com os outros, seremos todos prejudicados. A vitória depende de todos. Aprende-se a ganhar e a perder.
A atividade lúdica produz entusiasmo. A criança fica alegre, vence obstáculos, desafia seus limites, despende energia, desenvolve a coordenação motora e o raciocínio lógico, adquirindo mais confiança em si e aprimorando seus conhecimentos.

Desde o nascimento, as crianças são mergulhadas num contexto social. Os adultos que convivem com elas, quando se transformam em parceiros de seus jogos e brincadeiras, muitas vezes não se dão conta da importância de cada gesto, de cada palavra, de cada movimento. Alguns desses adultos cantam, transmitem conhecimentos e ensinam brincadeiras. Outros pensam que as crianças não entendem nada e que só é preciso cuidar para que não fiquem doentes, não passem fome, frio ou sede. A brincadeira é uma forma privilegiada de aprendizagem. Na medida em que vão crescendo, as crianças trazem para suas brincadeiras o que vêem, escutam, observam e experimentam. As brincadeiras ficam mais interessantes quando as crianças podem combinar os diversos conhecimentos a que tiveram acesso. Nessas combinações, muitas vezes inusitadas aos olhos dos adultos, as crianças revelam suas visões de mundo, suas descobertas. As crianças precisam de tempo, espaço, companhia e material para brincar. A escola pode e deve reunir todos esses fatores e o papel do professor nesse processo é fundamental. Porque às vezes as crianças passam mais tempo na escola do que na casa dela. E por isso o professor fica mais encarregado em passar essas brincadeiras para o desenvolvimento delas, do que os próprios pais, que às vezes trabalha fora e nem tem tempo para cuidar e educar direito seus filhos. E como ela passa a maior parte de sua vida na escola, o professor tem que cuidar bem dela aplicando seus métodos de ensino para o desenvolvimento da criança. Os professores são o segundo pais da criança. A escola é a segunda família da criança.

Wajskop (1995) Partindo-se de uma perspectiva histórica, desde a Antiguidade as crianças participavam de diversas brincadeiras como forma de diversão e recreação.

Jogos de demolir e construir, rolar aros, cirandas, pular obstáculos são exemplos de

brincadeiras existentes desde a Antiguidade. Por outro lado, vale à pena ressaltar que apenas na era do Romantismo que a brincadeira passou a ser vista como expressão da criança e a infância a ser compreendida como um período de desenvolvimento específico e com características próprias.

Então, antes da era do Romantismo as crianças, brincavam por brincar, ninguém sabia que brincar era parte do desenvolvimento da criança.   

Vygotsky (1984), A criança, ao brincar de faz de conta, cria uma situação imaginária podendo assumir diferentes papéis, como o papel de um adulto. A criança passa a se comportar como se ela fosse realmente mais velha, seguindo as regras que esta situação propõe. Nesse sentido, a brincadeira pode ser considerada um recurso utilizado pela criança, podendo favorecer tanto os processos, que estão em formação ou que serão completados. A brincadeira é muito importante e toda a criança deveria poder brincar. A brincadeira contribui para o processo de socialização das crianças, oferecendo-lhes oportunidades de realizar atividades coletivas livremente, além de ter efeitos positivos para o processo de aprendizagem e estimular o desenvolvimento de habilidades básicas e aquisição de novos conhecimentos. Então o professor tem que oferecer possibilidades e situações de jogos e brincadeiras, para que acriança tenha a oportunidade de provar a sua superioridade, de expressar-se, de evadir-se do mundo real. "O jogo é, portanto, sob as suas duas formas essenciais de exercício sensório-motor e de simbolismo, uma assimilação da real à atividade própria, fornecendo a esta seu alimento necessário e transformando o real em função das necessidades múltiplas do eu. Por isso, os métodos ativos de educação das crianças exigem todos que se forneça às crianças um material conveniente, a fim de que, jogando, elas cheguem a assimilar as realidades intelectuais que, sem isso, permanecem exteriores à inteligência infantil". (Piaget 1976, p.160).

Portanto brincar é o trabalho da criança, um ato sério, e por meio de suas conquistas no jogo, ela afirma seu ser, proclama seu poder e sua autonomia, explora o mundo, faz pequenos ensaios, compreende e assimila gradativamente suas regras e padrões, absorve esse mundo em doses pequenas e toleráveis.

Finalmente, o brincar pode funcionar como um espaço através do qual a criança deixa sair sua angústia, aprende a lidar com a separação, o crescer, a autonomia, os limites.

Brincar é mais do que uma atividade sem conseqüência para a criança. Brincando, ela não apenas de diverte, mas recria e interpreta o mundo em que vive se relaciona com este mundo. Brincando, a criança aprende. Por isso, cada vez mais os educadores recomendam que os jogos e brincadeiras ocupem um lugar de destaque no programa escolar desde a Educação Infantil.

 

 

 

 

 

 

 

REFERÊNCIAS

SEBASTIANI, Márcia Teixeira. Fundamentos Teóricos e metodológicos da Educação Infantil.  – Curitiba: IESDE Brasil, 2003.

HAETINGER, Max Gunther. HAETING, Daniela, II. Título Jogos, recreação e lazer. – Curitiba: ISDE, 2004.

 

 


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