Auto estima no contexto escolar



INSTITUTO DE PESQUISAS EDUCACIONAIS

FACULDADE DE EDUCAÇÃO DA SERRA

PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU EM EM ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO

 

 

 

 

 

 

 

 

PAULA GONÇALVES AFONSO SANCHES MATOS

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

ARTIGO CIENTÍFICO: A AUTO ESTIMA NO CONTEXTO ESCOLAR

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

ALEGRE

2010

 

 

PAULA GONÇALVES AFONSO SANCHES MATOS

 

 

 

 

 

 

 

 

ARTIGO CIENTÍFICO: A AUTO ESTIMA NO CONTEXTO ESCOLAR

 

 

 

 

   

Artigo científico apresentado a Faculdade de Educação da Serra – FASE, como requisito parcial para a conclusão do curso de Pós Graduação Lato Sensu em Alfabetização e Letramento, orientado pela Professora Msc. Marinete Assis Cazelli Tom.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


ALEGRE

2010

 

 

INSTITUTO DE PESQUISAS EDUCACIONAIS

FACULDADE DE EDUCAÇÃO DA SERRA

PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU EM EM ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO

 

 

A AUTO ESTIMA NO CONTEXTO ESCOLAR

 

Paula Gonçalves Afonso Sanches Matos¹

 

1Instituto de Pesquisas Educacionais/Faculdade de Educação da Serra, Rua Misael Barcelos

nº 261,  Alegre/ES, [email protected]

 

 

 

Resumo - O objetivo deste artigo é refletir e discutir a importância da motivação nda auto estima na escola e quão se faz necessário o empenho dos profissionais em educação em busca da qualidade institucional bem como a afetiva na apropriação do saber. O estudo do autoconceito e da auto-estima é  de grande interesse no seio da Psicologia da Educação. Grande parte desse interesse está na associação comprovada entre essas representações pessoais e indicadores de ajustamento escolar. Deste modo, o presente estudo centra-se em torno das relações entre auto-estima, autoconceito e resultados escolares. Analisaremos o modo como a escola diferencia individualmente os alunos quanto à auto-estima, autoconceito, relacionamento com o grupo de pares, com a família e a escola como um todo.

 

Palavras-chave: Interação, mediação, aprendizado , docente, discente.

 

Área de conhecimento: Educação.

 

 

Introdução

 


              O ato de educar deve ser objeto de paixão para que você se entregue, canalize seu potencial e possa ter resultados positivos na construção de seres humanos melhores. Criar homens que sejam capazes de fazer coisas novas, não simplesmente de repetir o que outras gerações já tenham feito. Que sejam criativos e descobridores; capazes de formar mentes que possam ser críticas e verificar não apenas aceitando tudo que lhes seja oferecido: é assim que Piaget descreve os principais objetivos da educação (PIAGET, 2001, p.20)      Para que isso aconteça, é fundamental que a auto-estima dos educadores esteja fortalecida; é preciso refletir se eles estão tratando-se com respeito, carinho e admiração. É necessário compreender como esses educadores foram tratados durante a infância e adolescência. Funciona como um ciclo. Pode alguém estimular o crescimento e desenvolvimento de outro ser humano se seu desenvolvimento está comprometido? É o que se faz é que serve como referência para uma criança ou um jovem, e não apenas palavras. Pensando assim, ao se relacionar com o outro, cada ser humano passa a ser um educador em potencial (MACHADO, 2007, p.15) .                           Sabe-se que a atenção dada pelo professor ao aluno é fundamental para que o rendimento escolar e a própria auto-estima do estudante sejam melhoradas. Há muitas histórias de crianças, adolescentes ou jovens que se sentiam incompreendidos pelos pais ou até mesmo pela própria sociedade que tiveram na figura do professor um alento para suas vidas e futuros. A simples preocupação demonstrada por parte dos patrões em relação aos funcionários de suas empresas pode redundar em ganhos de produtividade, melhorar os relacionamentos dentro da firma e promover um ganho real no quesito lucratividade (MACHADO, 2007, p. 26 ).

                                                                       Quando se busca uma vida equilibrada em vários aspectos, é preciso estar aberto às mudanças; aliás, esse também é um dos papéis dos educadores: estar aberto à velocidade da mudança e da informação, aprendendo a utilizar aquilo que mais lhe interessa de acordo com seus propósitos e objetivos de vida. E é importante que eles saibam qual é sua missão ao estimular o outro a encontrar caminhos para a realização de projetos (ANTUNES, 2006, p.25) .                     Sabemos que o papel da escola na sociedade é criar, produzir ou reproduzir um saber específico que provém da confrontação entre os conhecimentos sistematizados e os saberes menos elaborados, característicos da cultura geral, os quais identificamos por conhecimentos prévios dos alunos (ANTUNES, 2006, p.27)     É  partindo desta visão, que o presente artigo se objetiva a refletir sobre as necessidades da valorização da auto estima nas escola em busca de um saber de qualidade e de uma educação humanizada.

Metodologia

            Através de pesquisas bibliográficas com renomados estudiosos e pesquisadores da área educacional que refletimos e ressaltamos a importância da auto estima no cotidiano escolar,  fizemos analogias quanto a interação entre professor e aluno, a aprendizagem como um todo. A discussão e a reflexão que se perdura ao longo deste artigo, nos remete a analisar o quanto nossa mediação se faz necessária para a garantia de um educação ética e harmoniosa. Voltada para ensinar moralmente o que é certo ou errado, deixando que o aluno tenha liberdade de se mostrar como realmente é, depois das observações o professor sabe exatamente com que aluno está trabalhando e quis conceitos devem ser lapidados em sua formação.

Resultados

            Na relação entre os saberes sistematizados e cultural, o professor faz a mediação para a produção deste “saber escolar”, entretanto, nessa mediação as finalidades educacionais e metodologias pedagógicas são elementos constituintes da ação profissional docente (ANTUNES, 2006, p.29)  .                                                               No exercício da profissão, as relações de ensino e aprendizagem entre professor e aluno é determinante na representação social/profissional/pessoal do professor. Essa representação compreende-se, numa abordagem psicológica, enquanto possuírem valores e significados culturais e de aspectos profissionais com a realidade (MOISÉS, 2005, p.34).                                                          O posicionamento profissional docente, são reflexo de como nós temos atuado profissionalmente e eticamente. Essa imagem que demonstramos para nosso aluno e que definirá o sucesso dele.    O avanço e as mudanças nas relações de interesse no plano individual e coletivo são de grande importância para o educador, que fará de maneira homogênea essa interação para que em sua sala de aula a harmonia entre seres humanos e saberes possam se propagar para um mesmo fim (SODRÉ, 2006, p.38).                           Quando nos propomos a retomarmos a prática de valores essenciais como respeito, companheirismo a bondade e tantos outros valores, que nos asseguram a concepção de que ser educado não é apenas preocupar-se com a formação educacional do aluno, mas a formação social humana. Esse processo de relação entre professor e aluno é muito abrangente e de imprescindível conotação pela escola, pois essa estima de relações que moldará todo o processo epistemológico (MACHADO, 2007, p.39)                                                                                          Para termos a noção da importância da afetividade no espaço escolar, devemos levar em conta o valor da vida do ser humano, desde o seu nascimento até sua morte. O ser humano é um ser inacabado e a todo instante renova seus potenciais, em busca de algo que o objetiva, isso ele faz desde criança. Ao entrar para escola esse processo se amplia e ele tem que dividir emoções, conhecimentos e experiências variadas com muitos indivíduos que ele nem ao menos conhece e cabe ao professor mediar todo esse processo de maneira agradável e que não assuste e nem melindre esse inicio escolar (PIAGET, 2001, p.52). Na escola, o docente deve estar atento a questões voltadas para o comportamento do deiscente em sala, visto que o mesmo pode estar sendo afetado por desestruturas de cunho afetivo, tanto nomeio social quanto no familiar. No transcurso do desenvolvimento, a conexões ligadas a afetividade vão se estendendo, e a figura do educador brota com intensa estima na relação ensino e aprendizagem, porém dependerá da atuação do mesmo, e um vinculo que se estabelece entre ambos (ANTUNES, 2006, p.49) .                                                                Os novos estudos focalizam sempre a qualidade dos conteúdos e a forma com que eles são apresentados é de competência do profissional que rege a sala de aula, mas os professores continuam valorizando mais os métodos pedagógicos do que a interação em sala de aula entre ele e aluno, como prática educacional. As possibilidades e limites de mudar um relacionamento entre professor-aluno, mesmo sendo os professores educados e formados através de um sistema de ensino autoritário e repressor. Por isso, o relacionamento que o professor desenvolve em sala de aula para o processo de ensino/ aprendizagem e de tanta importância e um tema com infindáveis questionamentos entre pesquisadores e estudiosos (FERNANDÉZ, 2001, p.48).                                                     O conceito de interação, adquiridos na formação do professor e/ ou em suas experiências profissionais, além das práticas de interação entre professor e aluno (autoritarismo e o falso discurso crítico), o papel da interação na cultura escolar e a construção da cidadania ativa através das interações. Quando discutimos sobre as influências do processo de escolarização do docente na sua prática em sala de aula, desenvolvendo no professor um senso crítico entre os discursos e possibilidade dos métodos e a prática, repensando assim, as interações em sala de aula (SODRÉ, 2006, p.55) .

Discussão

            A interação em sala de aula é um dos aspectos que contam para o bom desenvolvimento do fenômeno "aprendizagem". Quando se estabelece uma interação verdadeira, que entendo por toda e qualquer ação visando a uma relação entre duas partes com um objetivo determinado ou não, abrem-se as portas de acesso ao interesse do aluno, facilitando a exposição do conteúdo, possibilitando a aprendizagem do aluno, objetivo do processo ensino-aprendizagem (RIBEIRO, 2000, p.42) .                                                    A influência dos papéis sociais no fenômeno interação tem sido bastante discutida atualmente. A escola como instituição social, e como representação da sociedade tende a impor comportamentos pré-determinados aos professores e alunos, denominados papéis sociais: um padrão coerente de comportamentos comuns a todas as pessoas que assumem a mesma posição ou lugar em uma sociedade e um padrão de comportamentos esperados por outros membros da sociedade (FERNANDÉZ, 2001, p.50).                                                     A aprendizagem do estudante será significativa quando esse for um sujeito ativo. Isso se dará quando a criança receber informações relativas ao objeto de estudo para organizar suas atividades e agir sobre elas. Geralmente os professores “jogam” somente os símbolos falados e escritos para os alunos, alegando a falta de tempo. Segundo Piaget esse tempo utilizado apenas para a verbalização do professor é um tempo perdido, e se gastá-lo permitindo que os alunos usem a abordagem tentativa e erro, esse tempo gasto a mais, será na verdade um ganho(PIAGET, 2000, p. 39) .                          O modelo tradicional de intervenção do professor consiste em explicar como resolver os problemas e dizer “está certo” ou “está errado”. Isso está contra a teoria da psicologia genética, que coloca a importância da observação do professor sobre o aluno. Uma observação criteriosa, para ver o momento de desenvolvimento que a criança está vivendo, assim saber que atividade cognitiva aquele aluno estará apto a investigar. O professor será o incentivador, o encorajador para a iniciativa própria do estudante (PIAGET, 2000, p.40).                            Ainda a respeito da relação professor-aluno, vemos que essa relação tem que ser baseada no diálogo mais fecundo, onde os “erros” dos estudantes passam a ser vistos como integrantes do processo de aprendizagem. Isso se dá porque à medida que o aluno “erra” o professor consegue ver o que já se está sabendo e o que ainda deve ser ensinado. Esses “erros construtivos” que podem diferir das respostas corretas, mas não impedem que as crianças cheguem a ela (PIAGET, 2000, p.43) .                                        O aprender não se reduz à memorização, mas sim ao raciocínio lógico, compreensão e reflexão.  Será construído na cabeça do sujeito a partir das estruturas mentais que ele possui. Voltando a relação professor-aluno, essa interação deve ser baseada na cooperação de ambos. Assim, será através do debate e discussão entre iguais que o processo do desenvolvimento cognitivo se dará; e o professor assumindo o papel apenas de instigador e provocador, mantendo o clima de cooperação. As conseqüências serão à descentralização, à socialização, à construção de um conhecimento racional e dinâmico dos alunos. Dessa forma, a produção das crianças passa a fazer parte do processo de ensino e aprendizagem, buscando compreender o significado do processo e não só o produto (FERNANDÉZ, 2001, p.55).

Conclusão

            A ausência de afetividade, é um agravante,porque se o aluno não se sente importante, logo sua auto estima é afetada, e cabe ao professor estar atento a essa questão, pois além de mediador de, ele deve reconhecer que uma relevância conhecimento no aspecto afetivo na subjetividade das inter-relações em muitos segmentos da sociedade , desde os primeiros dias    de existência do individuo, até no decorrer de seu desenvolvimento integral no contexto social. Numa sociedade cada vez mais competitiva, o ser humano, deve reconhecer-se como sujeito sociável, que depende do outro como coadjuvante do seu desenvolvimento e crescimento.                                                     A interação professor-aluno ultrapassa os limites profissionais, escolares, do ano letivo e de semestres. É, na verdade, uma relação que deixa marcas, e que deve sempre buscar a afetividade e o diálogo como forma de construção do espaço escolar, trazendo à tona algumas questões norteadoras que já foram mencionadas no presente artigo de como se estabelece esse convívio em sala de aula.                                                        Ao podemos concluir que o Professor deve estar atendo a detalhes partindo  do  ambiente em sala de aula; a que maneira de como sua  relação com o aluno interfere no processo ensino aprendizagem; buscar meios que tornem seus relacionamentos em sala de aula um alicerce para a construção do conhecimento; tabalhar essa relação de afetividade e diálogo para a formação de um cidadão mais crítico, consciente e participativo, entre outros aspectos que afetam diretamente ao resultado final da aprendizagem.             Objetivamente, busca-se desvelar o cerne da relação professor-aluno diante dos problemas educacionais, buscando com isso lançar uma reflexão acerca do processo de construção do conhecimento.   Especificamente, a intenção é de identificar os fatores que dificultam o relacionamento entre professor e aluno, compreender como uma boa relação entre estes atores contribui para o processo de ensino-aprendizagem e, ao final, propor alternativas que possam contribuir para a melhoria do relacionamento trabalhado, numa perspectiva de aprendizagem significativa e satisfatória.                                 Portanto ser professor não constitui uma tarefa simples, ao contrário, é uma tarefa que requer amor e habilidade. O papel do educador é bem mais amplo, ultrapassando esta mera transmissão de conhecimentos.  

            O professor, em seu relacionamento com o alunado de diálogo e afeto, auxilia o educando a ir reconhecendo que sua vida é diferenciada, tanto em coisas intransformáveis quanto em coisas que podem e devem ser modificadas.               O educador deve considerar que a única maneira de ajudar o homem em sua vocação, a inserir-se na construção da sociedade e na direção da mudança social.

Referências

ANTUNES, Celso . Auto-estima na Educação.
São Paulo: Ciranda Cultural, 2006..

FERNANDÉZ, Alicia. A Inteligência Aprisionada . Porto Alegre: Artes Médicas, 2001.

MACHADO. João Luís. A auto estima do professor . São Paulo: Àtica. 2007.

MÓISES,          Lúcia. Auto-estima se Constrói Passo a Passo. São Paulo: Editora Papiros .6ª. ed.. 2005.

PIAGET,Jean. Inteligência e Afetividade. São Paulo: Artes Médicas .34ª ed. 20001.

RIBEIRO, Luís Carlos. A interação em sala de aula. Belo Horizonte: Editora Lê, 2000.

SODRÉ, Mário. A diversidade cultural e Educação. Rio de Janeiro: Ática, 2006.

 

 

 

 

 


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