Plano de recuperação de desastres



Plano de Recuperação de Desastres

Biecio de Brito, Elison Frasson

Introdução

Imaginemos uma situação onde determinada organização sofra algum tipo de desastre que possa ser caracterizado como natural, acidental ou intencional, algo que realmente faça com que o principal serviço dessa organização pare de trabalhar. Por exemplo, uma empresa de tecnologia que possui vários servidores, cada um destinado a uma tarefa diferente, mas que é vital para a lucratividade da mesma. Em determinado momento acaba a energia, ou acontece algum incidente que venha a parar completamente os serviços de cada um dos servidores, fazendo assim com que a empresa perca o andamento de seus serviços e lucratividade, consequentemente afetando sua imagem no mercado.

É neste momento que o Plano de Recuperação de Desastres entra em ação e mostra sua importância, pois tem por finalidade justamente, em casos deste patamar, auxiliar nas ações para a normatização dos serviços de uma organização com o mínimo tempo e impacto possível.

Motivos de se ter um Plano de Recuperação de Desastres

Algumas empresas subestimam os riscos de ocorrência de desastres e não investem em um PRD (Plano de Recuperação de Desastres), pois muitas vezes imaginam que por ter algo que garanta que os dados mais importantes não se percam, como por exemplo, uma sala de Backup, nobreaks, dentre outros, nunca irá ocorrer algo tão catastrófico que venha a interromper sua funcionalidade.

Apesar de em alguns casos as organizações terem equipamentos reservas, salas de backup, o que aparenta assegurar que os dados não se percam, há um problema, ficam em um mesmo ambiente físico. Desta forma não se pode garantir a segurança total da continuidade do serviço, pois pensando em uma enchente, terremoto, sabotagem, ou seja, algo que se defina como um desastre, toda a informação será perdida.

Felizmente esse cenário está mudando graças a exemplos de empresas como o provedor de internet Terra que teve seu serviço de e-mail paralisado durante dois dias por problemas no sistema de armazenamento de dados e foi obrigada a abonar dois dias de mensalidade de seus 800 mil assinantes, tendo assim um prejuízo de mais de R$400.000,00. Ou até mesmo o caso das Torres Gêmeas (Word Trade Center) nos EUA no dia 11 de Setembro de 2001, onde a sala de backup de uma das empresas ficava na outra torre, nos mostrando que não é exagero pensar em um PRD, tendo em vista que não imaginaríamos que as duas torres seriam atacadas.

Com exemplos como estes que as empresas estão percebendo a necessidade de elaborar seu próprio Plano de Recuperação de Desastres de acordo com suas necessidades.

Planejamento de PRD

Imaginar que um desastre já esteja ocorrendo, e que a partir desse momento de tensão deveremos agir para poder restabelecer as atividades normais de uma organização fora do antigo ambiente, já é um primeiro passo para a recuperação do desastre.

Descreveremos agora alguns passos de modo abrangente para a elaboração de um Plano de Recuperação de Desastres.

O investimento é o primeiro passo a ser feito. Adquirir um ambiente seguro e equipamentos redundantes e alternativos são ações essenciais para a organização, pois a possibilidade de que equipamentos comecem a falhar ou que até mesmo sejam destruídos é grande. Seriam exemplos destes: equipamentos das áreas de voz e comunicação de dados, processamento de dados, de geração de energia, etc. Adquirir também um centro de emergência para ser utilizado caso as instalações originais estejam sendo restabelecidas.

Após serem feitos os investimentos, o próximo passo é a criação de uma equipe de recuperação, formada por profissionais experientes e competentes, que serão estes, escolhidos pela gerência.

Estes profissionais serão preparados e treinados para agir caso ocorra algum desastre, e deverão estar comprometidos às manutenções e testes do PRD de forma contínua.

Listar recursos e aplicações críticas e ativas que necessitarão de suporte na ocorrência de um desastre é o próximo passo. É importante também manter uma lista conjunta dos hardwares que trabalham junto com a aplicação.

Aplicar um procedimento de cópias de segurança, informar datas e horários em que devem ser feitas. Informar também os locais e cofres onde serão armazenadas estas cópias. É importante que este local seja fora da empresa.

Possuir ao alcance ferramentas para respostas emergenciais que vise diminuir danos e salvar vidas, assim como kit de primeiros socorros e extintores de incêndio.

 

Considerações Finais

Como descrito acima, atualmente, com todo o desenvolvimento da tecnologia e de sua essencial importância, podemos observar a necessidade de se ter um plano de recuperação de desastres. Tal necessidade se deve, pois o homem cada vez mais depende da “máquina” para fazer seu trabalho e está percebendo só agora a importância da informação digital para o desenvolvimento de seu negócio.

Referências

FAGUNDES, Eduardo. Disaster Recovery Plan. Disponível em:

. Acesso em: 20/08/2011.

Red Hat. Enterprise Linux 4: Introdução à Administração de Sistemas. Disponível em:

<http://web.mit.edu/rhel-doc/4/RH-DOCS/rhel-isa-pt_br-4/s1-disaster-recovery.html>. Acesso em: 20/08/2011.

IBM. Plano de Recuperação de Desastres. Disponível em :

<http://publib.boulder.ibm.com/html/as400/v5r1/ic2922/index.htm?info/rzaj1/rzaj1disastr.htm?notoc>. Acesso em: 20/08/2011.


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