O ensino superior como formador de idéias e transformador de atitudes.



Autor: Demétrius Augustus Gonçalves

RESUMO: 

Este trabalho visa abordar a importância da educação na dimensão cultural da sociedade.

 A estrutura social tem importância capital para a educação. Fato é que a escola acaba sofrendo interferências do cenário econômico, político e cultural. Contudo, atua sobre as mesmas, agindo com viés libertador, expansivo e potencializador das qualidades do cidadão.

A Universidade, como ambiente de inúmeros embates entre forças sociais conservadoras e transformadoras, tem necessidade de se posicionar de forma clara diante destas, o que não quer dizer que o faça. Infelizmente, não são poucos os casos em que a universidade se refugia em discursos e afirmativas incompatíveis com a realidade

A educação priorizada e valorizada são formas concretas de ascensão profissional-econômica gerando crescimento social.

 

Palavras-chaves: ensino superior, aprendizado e informação.

 

 

1. Introdução

 

O acesso à informação e o seu processamento constitui num bem imaterial, mas de relevante e determinante importância na vida de quaisquer cidadãos, já que os tira de um “universo nebuloso” e os coloca em condições que os capacita a exercerem, com consciência, direitos e deveres.

 

2. Desenvolvimento:

 

É realidade que quem sabe pensar pode ter projeto próprio. Se quem sabe pensar pode ter seu próprio projeto, os papéis do ensino superior e da avaliação da aprendizagem são alicerces indispensáveis na construção e direcionamento deste projeto.

A sociedade deposita uma grande expectativa em relação ao papel da universidade. Este anseio se pauta no recebimento de profissionais qualificados na sua área, capazes de buscar o auto-aperfeiçoamento e de manejarem suas competências com critério, responsabilidade social e ética.

Urge então a necessidade de pensar, incrementar e analisar a formação universitária de forma mais ampla, visando ao atendimento deste grau de ensino no seu papel de formador de cidadãos conscientes de suas responsabilidades. Assim, no processo de aprendizagem, as instituições de ensino superior devem permitir e possibilitar aos seus alunos o exercício ativo da busca do conhecimento. Ou seja, o discente ocupando o papel de protagonista na valorosa e magnânima arte de construção do saber. Para tal, Pontes Neto (2001) chama a atenção para a importância e necessidade do domínio das estratégias delineadas, que serão suporte a uma aprendizagem mais efetiva e proveitosa. Estas estratégias também chamadas de técnicas de estudo, por alguns estudiosos como Noguerol  (1999), constituem procedimentos que facilitarão a aquisição e consolidação da aprendizagem.

O homem e o meio em que está inserido evoluem de forma ininterrupta. O surgimento de novas tecnologias, a multiplicidade de informações e a velocidade com que são disseminadas caracterizam a época atual onde todos somos partes integrantes e colaboradoras.

O uso dos benefícios tecnológicos no processo ensino-aprendizagem de certo que muito contribuem para a consecução dos objetivos previamente delineados, a medida que se torna um meio e um instrumento que possibilita um ensino mais atrativo, e por conseguinte uma aprendizagem mais proveitosa. Contudo, este arcabouço tecnológico é de pouca valia se não for garantida a todos os cidadãos a possibilidade de ingresso no processo de escolarização de forma democrática. Este ingresso não se trata apenas de instituições de ensino superior, mas também de todas aquelas envolvidas na educação infantil, fundamental e médio.

O papel do ensino superior é de fundamental importância visto que proporciona a todo o seu corpo discente o acesso e a apropriação de conteúdos que contribuirão o cidadão a elevar o seu estágio de entendimento, compreensão e análise da realidade que o rodeia. Daí a necessária reflexão dos objetivos das instituições de nível superior posto que um processo ensino-aprendizagem de qualidade duvidosa não possibilitará aos discentes a sua necessária emancipação.

Tradicionalmente um instrumento utilizado para aferir o desempenho do aluno é a avaliação. Trata-se de um mecanismo por meio do qual o docente solicita dos alunos condutas esperadas onde estejam expressos os entendimentos e compreensões dos conteúdos apresentados. Entretanto, a avaliação não pode ser confundida e deturpada, pois constitui um meio e não num fim em si mesma.

A realização da avaliação está intrinsecamente associada ao processo pedagógico em curso. No entanto, jamais poderá substituir a idéia que alterando unicamente a avaliação poder-se-á atingir a desejada e almejada qualidade da educação. Enfim, este instrumento não pode se tornar num mecanismo de tirania, de controle, de coação e “assédio intelectual”. A avaliação deve ser um procedimento, forma ou informal, de caráter contínuo cuja finalidade deva permitir não só a aferição do entendimento do aluno ante os conteúdos apresentados, como também das práticas planejadas e escolhidas pelos docentes para o atendimento satisfatório do ensino e da aprendizagem.

Deve-se desmistificar o caráter de meritocracia e discriminatório que a avaliação acaba se revestindo, possibilitando que ela seja capaz de mobilizar alunos e professores no sentido dos primeiros se engajarem no processo ao tomarem consciência da real dimensão e patamar de conhecimento que possuem; e os segundos reflitam o seu desempenho como incrementador na medida em que apliquem suas habilidades cognitivas e afetivas para, de forma precoce, diagnosticar as carências, descontinuidades e rupturas neste processo tão complexo, que é o de ensinar e aprender. Ambos, alunos e professores devem ter a nítida noção que os erros não caracterizam insucessos e sim oportunidades de melhoria rumo ao aperfeiçoamento de toda conjuntura e contexto do ciclo ensinar-aprender, proporcionando o seu avanço e crescimento.

 

3. Conclusão

 

Por fim, os objetivos do ensino não devem constituir um fim, mas sim um meio através do qual possibilite o alcance do fim a qual se planejou e que deve ser a autonomia, independência, capacidade de análise, síntese e construção de conhecimentos face às diferentes e variadas situações e circunstâncias que surgem diante dos cidadãos

 

Referências bibliográficas

 

 

FENOMENOLOGIA da aferição dos resultados da aprendizagem escolar. [S.l.: s.n.].

 

LUCKESI. Cipriano C. A atual prática da avaliação e democratização do ensino. In: ______. Avaliação da aprendizagem escolar. 9ª ed. São Paulo: Cortez, 1999. p. 66-


LUCKESI, Cipriano. Avaliação do aluno: a favor ou contra a democratização do ensino? In: ______. Avaliação da aprendizagem escolar. São Paulo: Cortez, 1999. p. 60-66

 

MURAD, Maria Ceres Rodrigues. Avaliação da aprendizagem - aferição ou troca? Gestão Universitária.[S.l.], v., n.94.

 

NOGUEROL, A. Aprender na escola : técnicas de estudo e aprendizagem. Tradução Jussara Haubert Rodrigues. Porto Alegre : Artes Médicas, 1999. 168 p. Título original: Técnicas de aprendizaje y estudio : aprender en la escuela

 

PERRENOUD, Philippe. Não Mexam na Minha Avaliação! Para uma abordagem sistêmica da mudança pedagógica. In: ESTRELA, A. e NÓVOA, A. (org). Avaliação emEducação: novas perspectivas. Porto, Port.: Editora Porto, 1993

 

PONTES NETO, J. A. da S. Sobre a aprendizagem significativa na escola. In: MARTINS, E. J. S.et. al. Diferentes faces da educação. São Paulo : Arte & Ciência Villipress, 2001. 134 p. p. 13-37

 

SAUL, Ana Maria Avela. A avaliação educacional. Disponível em: . Acesso em: 16 out. 2011.

 

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