Quem fala demais da bom dia a cavalo



Creumir Guerra QUEM FALA DEMAIS DA BOM DIA A CAVALO Quem fala demais dá bom dia a cavalo. Este é um ditado popular usado para as pessoas que falam além do necessário. É evidente que é educado cumprimentar as pessoas que estão ao nosso redor, seja conhecido ou não. Dirigir a palavra a um animal já é sinal de fraqueza mental. Quem é que nunca abriu a boca quando deveria ter ficado calado? Nestas ocasiões o melhor é mudar de assunto. A explicação ou justificação pode piorar ainda mais o vexame. É o caso, por exemplo, do cara que viu uma mulher com a barriguinha um tanto avantajada e lhe parabenizou pela gravidez. A dona respondeu que não estava gravida. O sujeito ao invés de ficar calado ou mudar de assunto, insiste e faz um elogio àquela mulher: Puxa! Para quem teve bebê recentemente, a senhora esta muito bem. Com cara de poucos amigos a gordinha replica dizendo que a criança no colo havia sido adotada. Em uma reunião de amigos, após o casamento de um de nossos chegados, eu fui imprudente e afirmei como poderia um homem casar com uma mulher tão feia sem que houvesse algum outro interesse. No grupo estava uma irmã da noiva. O constrangimento foi enorme quando alguém me lembrou de que a moça ali presente era irmã da novel esposa. Me diga, fazer o que? Eu tentei sair da situação da seguinte maneira: Desculpe-me por ter dito isto na sua presença. Com todo respeito, você é linda, mas a natureza não foi prodiga com a sua irmã. Em outro episodio um amigo nosso havia recebido um apelido. Na cidade havia um senhor que mancava. Como o amigo também mancava nós atribuímos a ele o nome do dito senhor. O tal amigo e eu trabalhávamos juntos e ele era sempre chamado pelo apelido recebido e nunca pelo seu nome. O problema é que houve um dia em que o verdadeiro dono do nome compareceu no nosso local de trabalho para solicitar uma prestação de serviços. O atendimento foi feito por mim. Era preciso colher a assinatura do referido senhor e eu não possuía nenhuma caneta próximo de mim. Virei para o amigo para pedir a caneta emprestada e o chamei pelo apelido, ou seja, pelo nome do homem que estava à minha frente. Gente! Eu estou ficando doido. Estou chamando o colega de trabalho pelo nome do senhor Fulano. Faça-me o favor de relevar senhor fulano, foi apenas um ato falho. Assim que o homem foi embora todo mundo caiu na gargalhada pela forma em que a coisa aconteceu. Duas pessoas distintas, que tinha em comum uma pequena dificuldade para deambular, sendo tratada pelo mesmo nome. Por fim, em Conceição da Barra, na areia da praia, uma mulher me pergunta se eu era parente de um conhecido delegado de policia, condenado por diversos crimes, que também possuía o sobre nome GUERRA. Você é parente do delegado Ciclano Guerra? Deus me livre! Vira essa boca para lá. Na minha família não tem bandido. A dona me contou que o afamado delegado era pai de seu genro. A senhora sabe que o pessoal não anda falando muito bem dele. Não se preocupe, eu também não vou com a cara do sujeito. Hoje em dia eu sempre olho do lado e pergunto se o interlocutor não é parente da pessoa para quem eu desejo pedir uma oração.
Autor: Creumir Guerra


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