Efêmero, porém não esquecido



Ao longo deste ano de 2011, que chega ao final neste dia 31 de dezembro, os caros leitores acompanharam dezenas de Crônicas das Copas, com histórias alegres, tristes, comoventes e justas homenagens a jogadores que honraram a camisa da Seleção Brasileira. Na última Crônica do ano que finda, me ocorreu a idéia de lembrar do zagueiro José de Anchieta  Fontana, um capixaba nascido em Santa Teresa (ES), em 31 de dezembro de 1940.

Conhecido simplesmente como Fontana, o zagueiro faleceu cedo, aos 39 anos, em 9 de setembro de 1980, de ataque cardíaco, e fazendo o que mais gostava, jogando futebol, numa partida entre amigos.  Fontana não chegou a ser nenhum mágico das zagas do futebol mundial, mas sua passagem efêmera no mundo do futebol e na vida também contribui para esta simples homenagem contra o esquecimento do atleta.

Entre outros méritos, ele estava no grupo tricampeão de 70, era reserva dos zagueiros Brito e Piazza, naquela Seleção maravilhosa que tinha Pelé, Rivellino e tantos outros craques. Aliás, na estréia do Brasil em 70, na vitória de 4x1 sobre a Tchecoslováquia, Fontana jogou dois minutos, entrando no lugar do Piazza e foi titular na zaga no jogo contra a Romênia, com vitória brasileira de 3x2.

Segundo o refresco de memória chamado wikipédia, Fontana iniciou sua carreira no Vitória Futebol Clube, em 1958, mas só foi ser campeão capixaba de 1959 e 1962 no maior rival da equipe, o Rio Branco Atlético Clube. Foi para o Vasco da Gama onde formou dupla defensiva com Brito e em 1969, quando deixou o Vasco para defender o Cruzeiro, a dupla foi desfeita, mas não por muito tempo.

Em 1970, Brito foi contratado pelo Cruzeiro e os dois voltaram a jogar juntos. No mesmo ano, ambos foram convocados para a disputa da Copa do Mundo de 1970, sagrando-se tricampeões do mundo pelo Brasil. O detalhe interessante na Copa de 70 é que Fontana era reserva de Brito com quem jogara no Vasco e no Cruzeiro e de Piazza também do Cruzeiro.

Entre 8 de junho 1966 e 10 de junho de 70, Fontana fez 11 jogos pela Seleção, não marcou nenhum gol, encerrou a carreira profissional de futebol em 1972 e por ironia do destino morreria oito anos depois, disputando uma partida de futebol entre amigos. Ficam aqui nossas homenagens, respeito e admiração pela paixão que o zagueiro Fontana tinha por sua profissão, que acabou coroada com título na Copa do México, em 70.


Autor: Edson Terto Da Silva


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