Parto "a"normal



 

PARTO "A"NORMAL 

Vamos falar de parto normal.

Aquele idealizado por toda celebridade politicamente correta e de toda mãe romântica e sonhadora.

Aquele que de "normal" não tem nada .

Falo do assunto com propriedade, pois tive duas boas experiências nesse assunto que deram o direito de publicar a minha opinião.

Naquele tempo não dava para eu idealizar muito, só sabia que de alguma forma o bebê teria que nascer e o meio mais econômico seria "parto normal."

BINGO!!

Na primeira gestação dei sorte, trabalhava com vendas,caminhava o dia todo, estava com o corpo em forma, o bebê não era tão grande, tive uma excelente dilatação e foi brincando que “dei à luz” um menino de 2.720 kg, mas sem deixar de prometer que seria a última vez, pois as dores tinham sido horríveis.

Mas, passados seis anos, estas celebres frases já haviam caído no esquecimento e eu tive outra gestação.

Decidi então, que faria uma cesária com laqueadura e encerraria a história.

Ok! Aplausos!

Então comecei o pré-natal, com um médico contrário a essa prática. E durante os tantos meses de consulta, ele foi me convencendo que o melhor seria novamente o parto normal, que tinha menos impacto para a criança. Se eu já tinha tido um parto tão “fácil”, porquê expor minha filha a uma anestesia desnecessária que retardaria seus reflexos.

Me convenci, então, que o parto normal era o melhor.

MELHOR PARA QUEM?

Para o órgão público que pagaria a conta da cesária?

Ou para a consciência do marido que não podia pagar particular, ou para o raio que o parta, por etc. E tal.

E lá fui eu para a maternidade, ganhar “normal”, a minha menina de 3.550 kg.

Preciso contar quanto tempo durou o parto? Quantas “forças” tive que fazer? Quantos gritos dar? Quantos “pontos” tive que levar? Quantos metros de intestino saíram junto com a placenta?

Ainda bem que não precisa responder.

Gostaria de ter lido minha crônica naquela época, teria mais consciência dessa opção.

Adoro romantismo, conto de fadas, mas vamos usá-los em outros assuntos que não seja para falar de parto. Porque sabemos que depois da primeira contração, a maioria dos românticos partos normais acabam em cesária.

 

 

 

 



 


 

 

 

 





Autor: Aida Susete Pietzarka


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