Eleições 2012 em Dianópolis-TO, tudo depende de boas escolhas!



Lá se foi o ano de 2011 e já estamos adentrando no ano de 2012, um ano que promete ser bastante polêmico, pois já temos entre outras coisas, previsões Maias para o fim do mundo, a primeira Olimpíada sem o monopólio da Rede Globo, mais um Big Brother Brasil, mais dinheiro pro bolsa família, aumento de 70 reais no salário mínimo, contrastando com a recente elevação financeira de Eike Batista e etc... Teremos ainda, as eleições presidenciais nos E.U.A e aqui no Brasil, as tão esperadas “eleições municipais”... E é por conta dessa última, que peço sua licença para começar o ano falando um pouco sobre ela (a eleição municipal), que para nós dianopolinos, sempre será o assunto mais polêmico de todos. Longe de mim querer saber mais do que quem está à frente de uma Prefeitura como a de Dianópolis ou até mesmo de quem já passou por uma... Mas eu vejo que dá para melhorar muita coisa na nossa terrinha ainda... Nós podemos muito mais e vejo que a coisa tem funcionado da seguinte forma: Geralmente, quem entra pela primeira vez ou retorna depois de um período, inicia o mandato com todo gás e empolgação. Tudo é maravilhoso, muitas promessas para cumprir e as mudanças iniciais, mesmo que sem efeito prático, acabam ganhando muita notoriedade na cidade. Isso tudo ocorre, porque há nesse período, uma “vontade” muito grande por parte do governante em ver as coisas aconteceram no menor prazo possível e a população, diante do “novo”, fica cheia de expectativas.

 Com o passar do tempo, o gás vai acabando, alguns problemas vão aparecendo e a energia que era gasta para “criar” e “reagir” diante dos problemas, passa então a se reverter em “justificavas” e “desculpas”. Um exemplo clássico disso está ocorrendo aqui em Palmas, com a gestão do Prefeito Raul Filho, que foi “amplamente” vaiado durante as festas de final de ano na Praia da Graciosa. Perante isso, eu devo dizer, que um bom candidato, em hipótese alguma, deve temer as críticas, muito menos odiá-las, pois o filósofo Lúcio Sêneca já nos dizia: “Quem tem muito medo de ser odiado não sabe governar. Mais que isto: jamais deveria ocupar a posição de governante.” Ser um bom governante não significa necessariamente ser um bom político e nem todo bom político é um bom governante. Mas a pessoa que se dispões a disputar um cargo eletivo, no meu entendimento, deveria se preocupar mais em conhecer sobre “Gestão Pública”. Quando digo “pública”, é porque tem muito gestor que acabam achando que uma Prefeitura é sua privada. O grande Napoleão Bonaparte escreveu que a Arte de Governar: “Consiste em não deixar envelhecer os homens nos seus postos”. A palavra “envelhecer” aí, deve ser entendida além do contexto cronológico, pois há pessoas que logo nos primeiros dias que ocupam um cargo já se mostram velhas de mais. Quem tem uma mente “caduca” não serve mais para governar nem a si mesmo e a alternância do poder entra como uma boa e produtiva opção. A renovação estimula e motiva as pessoas. Basta observar as reações otimistas das pessoas durante a passagem de um ano velho para um ano novo.

 Diante dos tão conceituados princípios de uma boa governabilidade, não costumo concordar muito com o que Maquiavel escreveu, mas há algo que ele nos alerta com muita propriedade: “O primeiro método para estimar a inteligência de um governante é olhar para os homens que tem à sua volta”. Ou seja, um candidato não tem motivo algum para evitar companhia de pessoas inteligentes, principalmente ter em seu elenco pessoas inteligentes e capacitadas, pelo contrário, ele deve saber que são essas pessoas que, se bem intencionadas, poderão assessorá-lo na melhor condução de seu governo. Aqueles que procuram sempre a companhia de ignorantes, pessoas mal instruídas, bajuladoras e incompetentes, acabam por denotar que não possuem luz própria, e por isso tem medo de ser ofuscado por assessores mais inteligentes que ele.  Tanto é que Tito Lívio também já asseverava dizendo: “Com leis ruins e funcionários bons ainda é possível governar. Mas com funcionários ruins as melhores leis não servem para nada”.

 Um bom candidato deve fazer, antes de tudo, uma boa dupla com o seu “parceiro”, o Vice. Deve haver entre eles, total integração e confiança, pois um Prefeito pode e “deve” fazer uso do seu vice durante todo o seu mandato. Sua função é simples e está clara na lei: Substituir o prefeito no caso de vacância ou outros impedimentos e auxiliá-lo sempre que for por ele convocado para missões especiais. Um Vice não pode ser simplesmente um “objeto de aliança política”, como todo mundo trata em período eleitoral, até porque, fazendo isso, o candidato pode estar dando um tiro no próprio pé. O que quero dizer, é que o prefeito deve estar tranquilamente “livre” (disponível) para conhecer os problemas de sua cidade, buscar investimentos, encontrar e receber pessoas, procurar novas ferramentas de gestão ou até mesmo, copiar projetos que deram certos em outros lugares, por que não? A função de um prefeito está muito além do seu Gabinete e ele não pode se apegar a ele como se fosse “sua empresa”, sua casa. Por isso eleitor, é preciso observar bem, se o seu candidato terá condições e vai se permitir sair batendo de porta em porta sim, buscando investimentos para sua cidade, nem que seja com um pires não, por que não? 

 Um bom candidato a prefeito, deve também trazer para sua chapa, os “melhores” candidatos a vereador. E quando digo os melhores, não é só em ter os mais bem votados, os melhores bajuladores da cidade, mas sim aqueles que tenham uma visão mais moderna de gestão pública. Que tenham além da vocação e do conhecimento de rua, o conhecimento técnico e teórico, pois aliando os dois conhecimentos, poderemos esperar grandes projetos. Eles devem conhecer profundamente as causas que irão defender. Devem ser “soldados” do seu partido, mas antes de tudo, devem ter em mente que são cidadãos e a maior causa que está em jogo é o futuro da cidade e do povo, não o futuro de um partido. Os vereadores ligados a seu candidato, devem ser pessoas bem quistas e reconhecidas na cidade, se possível, até pelos próprios adversários, para poderem trabalhar com o menor número de inimigos dentro ou fora de uma Câmara. Procure separar o joio do trigo, identificando os vereadores que estão a fim mesmo de trabalhar, mostrar serviço, que tenham realmente “idéias”, daqueles que estão alí apenas representando uma família, querendo tirar voto de alguém, buscando uma melhor remuneração ou apenas manter um padrão dentro da sociedade. Em resumo, separe o político do politiqueiro que você já estará fazendo a melhor escolha.  

  Portanto minha gente, é visitando a nossa terrinha, ouvindo os comentários pelas ruas, conversando com quem está dentro ou fora do negócio, olhando os pré-candidatos que temos, que percebo que não está faltando candidato. Está faltado mesmo é mais “vontade” política e “criatividade” para administratar. Quando falo dessa vontade, falo de um compromisso incondicional, de correr atrás até mesmo dos inimigos partidários, na intenção de trazer o melhor para a cidade. Não adianta o povo ficar aqui de fora morrendo de amores pela cidade, se lá dentro da prefeitura termos alguém que coloca a cidade em segundo plano para satisfazer seus egos pessoais, suas vinganças, ou até pior que isso, satisfazer a vontade de qualquer outro partido político que seja. É preciso que o povo execre quem ainda usa uma prefeitura para praticar “politicagem”, perseguições baratas, que só reduzem a boa imagem política do município. Sei bem, que por parte dos pretensos candidatos, há muita “vontade”, mas é preciso que eles se liguem, desde já, que o problema também está na “falta de vontade” de seus aliados, que geralmente serão os futuros assessores, secretários, coordenadores e gerentes. Se não tiver agora como será então a sua futura administração? É preciso que todos que estão trabalhando em uma prefeitura se sintam “motivados”, valorizados, se sintam importantes dentro daquilo que fazem. Para tanto, como já dito, o Prefeito deve ser a pessoa mais “otimista” dentro de uma prefeitura, para poder contagiar a todos, todos os dias.

 É preciso expurgar do emprego público os comissionados que não possuem vontade e punir os efetivos acomodados, mas para isso, devemos ter um prefeito que seja bastante inquieto para movimentar todo mundo. Um bom gestor descentraliza suas ações, distribui responsabilidades aos seus secretários, claro, com muito critério. Por fim, assim como deve ser qualquer gestor deste planeta, ele deve ser muitíssimo receptivo, alegre, e espontâneo, para receber bem o povo, empresários, políticos e a imprensa, “independentemente de cor, raça, credo, patente ou partido político”. Até porque, a prefeitura não pertence a nenhum partido e/ou a nenhum governante, ela deve ser o centro administrativo da cidade, onde devem estar, se possível, os melhores de cada área da cidade trabalhando. As escolhas de um prefeito devem primar pela “qualidade técnica” e não pelo parentesco mais próximo de um aliado. Por isso, tudo depende das escolhas que o governante faz. Quando se escolhe aquele que faz a mesma coisa que outro fazia, sem pensar na potencialidade individual do indivíduo, o governante explicita que sua administração não pretende passar do feijão com arroz.

 

Por fim minha gente, só espero que o povo e os candidatos possam fazer somente boas escolhas em 2012!

 

Mário Sérgio Melo Xavier


Autor: Envergaduramoral Com.Br


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