Água e pedra



Água na pedra espuma grossa,

mergulho frio nas profundezas,

olhos ariscos velocidade,

rasgo certeiro vai para a mesa.

 

A flexa vara a firme escama,

momentos rápidos e o olhar,

aquele tempo, a eternidade,

a vida sai, já vai faltar.

 

Subida lenta, a nadadeira,

a luz do sol que se aproxima,

a corda estica a resistência,

uma puxada e vai pra cima.

 

O mar espelha  a minha calma,

a névoa vem como um lençol,

cobrindo milhas o horizonte,

a vida é peixe e não anzol.

 

O tempo vem devagarinho,

subindo linhas na minha face,

a ilha, o mar por entre os dedos,

olhos cansados de respirar.

 

Posso ver para onde vou,

não entendo como cheguei,

estou presente alheio às horas,

um dia sou por onde andei.

 

Sérgio Luis Almeida Lisboa

Ubatuba, 06-01-2012

 

 

 


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